segunda-feira, 26 de dezembro de 2011

Estou de volta pro meu aconchego...

A frase-título desse post define bem o que quero declarar aos quatro cantos do mundo: estou, de fato, de volta para o meu aconchego. Retorno para o meu amado Bendizer, blog que desde 2008 escrevo para disseminar boas palavras na rede. Ao escrever assimilo mais. E foi por isso que criei esse espaço virtual, cuja finalidade é compartilhar sentimentos, emoções, felicidades, inquietudes, tristezas... Sempre a partir de uma óptica positiva, é claro. Afinal, no auge dos meus 28 anos percebi o quão vale a pena olhar cada situação numa perspectiva otimista. Não dá para reforçar os maus sentimentos. Não dá para alimentar a maldade. 

E nada melhor do que voltar ao Bendizer após o reencontro com a antiga Gabriela. Se lermos os posts de 2008 para cá, veremos uma Gabriela inquieta, desconfiada do outro e até mesmo da vida, mas sempre movida pela fé e com a certeza de que dias melhores virão. Uma Gabriela ausente dela mesma. Se tivesse que definir os últimos quatro anos em uma única palavra seria DESENCONTRO. Por mais que tentasse me encontrar o desencontro parecia inevitável. Era uma Gabriela em pedaços. Uma Gabriela incompleta. Uma Gabriela que flutuava entre aquela menina cheia de sonhos e uma mulher-adulta cheia de medos. No meio de posts otimistas - sim, era assim que buscava encarar cada situação - havia um pouco de lágrima. Ferida aberta de quem se permitiu se perder em si mesma. Ferida, aquela, que cicatrizou quando resgatei o meu eixo. 

Nessa busca incessante de me autodescobrir percebi que o que queria, mesmo, não era me conhecer mais e nem melhor. Queria, somente, me RECONHECER. A representação que tinha de Gabriela era bem diferente daquela que escrevia. Estava disforme. A imagem refletida no espelho era uma antítese da que projetei durante a minha vida. Observava isso no olhar daqueles que me viam na rua. De fato, alterei toda a forma física achando que sairia ilesa na alma. E fui surpreendida por um tremendo furacão interno. A alma foi atingida de tal maneira que me sentia morta. Drama? Não para quem sabe a dor de não se encontrar no próprio olhar. Estava triste. Sorriso amarelo. 

Quem me via de longe achava que estava somente "gorda". Muitos não sabiam que estava, de fato, morta. Parece exagero, mas no meu íntimo, era assim que me sentia. Literalmente, sem vida. Para alguns a obesidade é uma escolha. Para outros, uma doença. Para mim, um desencontro entre o corpo e a alma. Por isso, reforcei a fé que sempre tive e repeti o mesmo processo que me levou ao descontrole físico: mudei de dentro para fora.  Só que, dessa vez, de forma consciente, costurando cada pedacinho daquela Gabriela. Fui simplesmente bem honesta comigo. Sem sabotagem. Sem camuflagem. Sem medo de ser feliz. 

As etapas que fiz para me reconhecer no espelho e resgatar a antiga Gabriela contarei nos próximos posts com o propósito de inspirar outras pessoas. Por mais tortuoso que tenha sido o trajeto estou muito feliz hoje. Encerro 2011 com a certeza de que QUERER É PODER É CONSEGUIR!!! Sem Ravenna, Herbalife, sibutramina, xenical, dietas milagrosas e outros métodos. A reeducação alimentar foi a minha escolha. A luta é árdua e constante, mas o sabor de vitória é melhor do que qualquer guloseima. O reencontro com o espelho não tem preço. O resgate da antiga Gabriela é a certeza de que viver vale a pena. Acredite em você e agende o seu reencontro!!! :)


Para não esquecer jamais: