Enquanto tomava um copo de água, entre uma pauta e outra, comecei a ler alguns textos, informes e recados presos nas paredes do trabalho. De tudo o que estava ali - que ia de orações para o chefe, piadas e afins - encontrei um texto que me tocou profundamente. Não consegui anotar o autor, mas amanhã vou pegar os detalhes para postar aqui. O texto fala sobre as perdas e as mudanças que ocorrem em nossas vidas, a partir de um termo que achei fantástico: mini-mortes. Basicamente, o autor aborda a morte como um ciclo que precisa ser encerrado de forma destemida até porque em nossa vida ocorrem mini-mortes sucessivas e que, muitas vezes, são despercebidas para nós mesmos. Só que para essas mini-mortes, damos outro nome: mudança. E é aí que mora o x da questão. Por que também não encaramos a morte como mudança? Porque a morte atua no imaginário coletivo como o fim, o acabado. (não quero abordar o discurso religioso, quero continuar na linha de raciocínio do autor...)
Quando mudamos o destino, ainda na vida terrena, optamos por caminhos e descartamos outros. Estamos, na verdade, matando uma idéia, uma presença, a personificação de um corpo e relações sociais. Mas isso costuma ser tão natural e sempre acreditamos no amanhã que não percebemos que isso também representa uma espécie de morte. Não que as mudanças, ou melhor, as mini-mortes, não sejam dolorosas. Dói e muito.
Essa idéia de mini-morte me fez repensar um bocado. Deixa eu encontrar o texto na net que falo mais sobre isso...
E no mais, tudo bem?
:)))
Um comentário:
Muito Bom!
Gaby, eu sempre tive esse pensamento sobre a maioria das coisas. É pena que sou uma pessoa meio saudosa e o processo de mudança muitas vezes me dá nostalgia.
Pena que você não transcreveu um pouco do texto, eu ajudaria a procurar.
Tá tudo bem comigo, e com você?
Postar um comentário