quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009

"Quando a gente fica em frente ao mar, a gente se sente melhor" (Nando Reis)

É com o verso de Nando Reis, que inicio meu post pós-carnavalesco. O mar, sem dúvida, tem o poder de nos renovar. Por isso, preciso ir à praia urgente. Pena que o tempo não está colaborando... :(((

Hoje, não estou muito inspirada para escrever, porque ainda estou extremamente cansada. Trabalhei seis dias consecutivos e dormi pouco. Mas no próximo post quero escrever sobre a capacidade do ser humano em ser dissimulado para conseguir benefícios próprios. É impressionante como as relações, principalmente no Carnaval, são recheadas de interesses. 

Assim que puder, vou relatar a experiência que tive durante o Carnaval...

Por enquanto, é isso...

terça-feira, 17 de fevereiro de 2009

"Tanta gente e eu me sinto tão só..." (Paolo)

A caminho do trabalho, hoje pela manhã, ouvi no carro uma canção que, diariamente, mentalizava para que tocasse novamente. Não sabia o nome da música e quem era o cantor, mas um de seus versos me tocou profundamente. "Tanta gente e eu me sinto tão só". Bastaram essas palavrinhas para observar a melodia, a rima, o sentido, a voz e, é claro, fuçar de quem é a autoria. 

A canção Tanta Coisa, de Paolo, demonstra, como nas músicas românticas, o maldito amor platônico ou, talvez, os dolorosos amores mal-resolvidos. Apesar da letra inteira ser linda, me apeguei aos versos que trazem à tona a solidão de quem vive cercado de pessoas, mas que, boa parte do tempo, se questiona sobre a legitimidade dessas relações. 

Fiquei ouvindo a música. Pedaço por pedaço. Por pouco não passei no sinal vermelho. Me entreguei aquela canção. Senti uma leve dor no peito de quem precisa, de fato, prestar mais atenção em si mesma. Aos seus próprios sentimentos e aos seus desejos. E por falar em desejos, estamos sempre querendo mais. Não basta um amigo é preciso ter um amigo-irmão; não basta ter um amor é preciso ter paixão; não basta só sexo é preciso uma ligação; não basta só carinho é preciso compaixão; não basta só beijinhos é preciso fechar os olhos... 

"Tanta coisa que eu não soube dizer. Tanta coisa que eu não soube querer..." 


Tanta Coisa

Esse olhar de lua crescente
                      
Sorriso inocente do sim
                 
Sei que eu quero você para mim

Se o sol não incendeia a gente
                      
Deixa carente o lado ruim
            
De quando você não está em mim

É tanta coisa pra te falar

Ou simplesmente poder te olhar

Poder te sonhar

Tanta gente e eu me sinto tão só

Tanta gente e eu me sinto tão seu

Será porque
          
Meu sonho me esqueceu

Tanta coisa que eu não soube dizer

Tanta coisa que eu não soube querer
          
Porque viver é amar você

segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009

"O homem bomba se esconde como um terrorista" (O Rappa)

O tema do post de hoje foi inspirado no programa Saia Justa, da GNT. Sim, eu assisto e adoro, principalmente, as pontuações de Mônica Waldvogel e da filósofa, Márcia Tiburi. E, nesta semana, a Márcia levou para a roda - sim, eu também sou feminista - como identificar um homem-bomba. Confesso, que estava arrumando o guarda-roupa e o quarto, e parei tudo para interagir - mesmo que por pensamento - com a atração. Cada uma opiniou quais características possuem o tal "terrorista do amor". Concordei com todas, mas preciso fazer as minhas ressalvas. 

Acredito que homem-bomba é aquele homem que possui mais problemas do que soluções. Sim, porque problemas todos nós temos, mas uns têm mais outros menos. Quer dizer, uns interpretam de uma forma, outros de "outras". Mas, de fato, existem alguns detalhes que não mudarão nunca e que vão lhe incomodar sempre, em qualquer lugar e a qualquer dia. E com o passar do tempo, parece que ficamos mais intolerantes com tudo e com o parceiro então... kkkkkkk

Para mim, um homem-bomba possui as seguintes características: 

- ser grudento;
- ser dissimulado;
- ser mentiroso;
- ser desonesto;
- ser pão-duro;
- ter o rei na barriga;
- mal-educado. 

( O resto são as diferenças totalmente válidas para a nossa formação e a nossa troca de conhecimento)

Pronto. Basta uma respiração para identificar. Engraçado que sempre dizia isso para minhas amigas. "Esse cara tem cheiro de problema"... ahahaha Na verdade, ouvia o reloginho dele prestes a explodir. Mas antes que isso acontecesse, já tinha partido "a milhão". Sempre tive uma intuição aguçada, apesar de não respeitá-la em algumas situações, principalmente, quando a paixão parecia não ter fim. Às vezes, vale a pena chegar ao limite. É nessa hora que temos a certeza de que somos feitos de escolhas. 

Coração tem dessas coisas, né? kkkk E, para você, o que é um homem-bomba? Cuidado. Ele pode explodir a qualquer momento!

quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009

A palavra da vez é... ENCANTO!

De acordo com o Houaiss, a palavra encanto significa "palavra, frase ou qualquer outro recurso que supostamente possui poderes mágicos de enfeitiçar; encantamento". E, para mim, essa é a palavra da vez. Quando perdemos o encanto por nós mesmos, pelo outro ou pela vida, deixamos escapar o sentido da nossa existência aqui. 

Analise com calma. Imagine olhar para o mar e achar que ele é, apenas, uma água salgada com possíveis ondas? Ou imagine aquela bela floresta como um monte de árvore funcional? Ou, quem sabem, olhar para seu marido/namorado como uma pessoa que está ali compondo um cenário? Ou, talvez, pensar nos seus amigos sem sorrir ou chorar lembrando de alguma cena cômica ou emocionante? Ou, ir para o trabalho reclamando desde a hora de chegada até a hora da saída?

Pois é. Se você se identificou com uma das situações acima, cautela: falta encanto na sua vida. Mas se você se identificou com duas ou mais, alerta: você está deprimido! Bom, gente. Isso tudo, na verdade, é uma brincadeira, porque não tem nenhum cunho científico, apenas comportamental. O que quero dizer com tudo isso é que já me identifiquei com algumas situações pontuadas acima e hoje - com o distanciamento - vejo que estava, de fato, doente. 

Isso porque, estou novamente encatada por mim, por Deus, pela minha vida, pelos meus amigos, pelo meu trabalho, pelas pessoas novas que conheço. E estar encatado é muito bom! É a sensação de que cheguei ao topo. É a certeza de que você pode rir de uma situação quando ela parece perdida. É você rir de você mesmo. É você se olhar no espelho de frente.

Estou encatada, mesmo. E, a partir de agora, vou estimular esse encanto dia após dia. Afinal, precisamos, sempre, fazer a nossa parte. Encante-se. Cuide-se. Valorize-se. 

Dar vazão ao encantamento é dar sentido à vida. Por isso, encante-se! Vamos lá. 

Estou enfeitiçada. A mágica deu certo. Que mágica? A fé. Tinha certeza que voltaria a ser eu mesma. 

segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009

Eu desejo...

Que você tenha uma linda terça-feira; 
Que Deus toque seu coração diariamente;
Que você se ame mais;
Que você não desista dos seus sonhos;
Que você receba seu amor-próprio dia após dia;
Que você consiga realizar seus desejos;
Que seus amigos permaneçam em sua vida;
Que seus inimigos tirem você de vista;
Que seus amores sejam correspondidos;
Que você tenha sabedoria para usar o seu livre-arbítrio;
Que sua família viva em paz;
Que você tenha, acima de tudo, saúde;
Que nada impeça você de tentar;
Que você não fique apenas no quase;
Que você seja inteira. 

É o que lhe desejo...

domingo, 8 de fevereiro de 2009

"Não existe um caminho para a felicidade. A felicidade é o caminho" (Mahatma Gandhi)

Felicidade. Palavra gostosa de falar e, mais ainda, de sentir. Mas o que é essa tal felicidade? Não tenho embasamento científico para poder abordar essa temática, mas, para mim, felicidade é você ser inteira. É você se entregar a você sem culpa, sem medos, sem receio. É você fazer absolutamente tudo o que você quer respeitando o seu limite e o do outro. Talvez, por isso, seja tão esporádico receber a felicidade em nossa porta. A todo tempo, estamos preocupados com o que vão falar e pensar sobre nós. Nesse processo, esquecemos de quem somos e do que gostamos. Aí já era. É agradar o outro e dar vazão a baixa auto-estima. É ficar deprimida sem motivo, é chorar sem esperança, é pensar em desistir da vida. 

Por perceber tudo isso e identificar o que me deixa exatamente com esses sintomas de infelicidade, hoje busco novas possibilidades de viver. Custe o que custar. Doe em quem doer. Não dá. Não dá para agradar o marido e ficar sem dormir à noite. Não dá para agradar minha família e me sentir rejeitada. Literalmente, não dá! 

Por isso, na virada do ano olhei para as estrelas e pensei: "esse ano será meu!". Mas, como assim? Não vou deixar o tempo passar em ritmo depressivo e, muito menos, chorar o leite derramado. "Valeu, foi bom, adeus!" Estimularei meu lado pragmático sem perder a essência do amor. Vou dançar músicas novas e criar um novo repertório de laços. Não quero mais esperar o que não vem ou acordar assustada. 

Hoje, sou dona de mim e do meu nariz. Hoje, sou mais seletiva e exigente. Hoje, sei diagnosticar a felicidade sem precisar burlar a receita da vida. Hoje, sei ser feliz e respeitar o meu momento. Hoje, não quero mais prolongar a tristeza e nem encurtar a felicidade. Hoje, só quero ser apenas eu. E isso me basta. 

quinta-feira, 5 de fevereiro de 2009

Escolhas...

Tenho pensado muito sobre as escolhas que tenho feito. Algumas, preciso voltar atrás - URGENTE. Outras, chego a me orgulhar. O livre-arbítrio é tão maravilhoso e, ao mesmo tempo, tão imediatista, que me causa uma leve gastrite. Evito pensar muito, porque como sou extremamente dinâmica tenho vontade de mudar tudo a todo instante. É fato. Aprendi, no auge dos meus 25 anos, ops, 26 anos, que podemos jogar fora sim tudo o que nos faz mal. Exatamente tudo. E exatamente como diz aquele texto de Charles Chaplin, Amor Próprio. E tenho pressa disso. Pressa de fazer aquela faxina geral aqui dentro e também lá fora. Pegar todo o aparato da limpeza, reunir tudo e "mandar partir" sem dó e piedade. Tenho trabalhado dia após dia o desapego. Comecei com uma roupa, passei por um objeto de infância, dei uma foto inesquecível... Tudo isso ainda está na esfera material, mas a minha meta é atingir o espiritual. O que não posso pegar, mas apenas sentir. 

Esse post é apenas um parênteses para abordar outro tema num outro momento - FELICIDADE. 

A partir de segunda-feira, volto a escrever mais. Enquanto isso, deixa eu curtir meu niver, meu sábado e meu domingo... Tenho muito trabalho pela frente... GRAÇAS A DEUS!!!

segunda-feira, 2 de fevereiro de 2009

"Uma única palavra posta fora do lugar estraga o pensamento mais bonito." (Voltaire)

Desde adolescente ouço uma frase da minha mãe que tem tudo a ver com esse post: "o mal é o que sai da boca do homem". Vez por outra, ela dizia isso e, muitas vezes, não sabia ao certo o que ela queria falar, porque não entendia com exatidão o contexto da sua fala e nem o que lhe motivava a verbalizar tal expressão. Os anos se passaram e comecei a reproduzir também essa frase. A palavra é tão importante quanto o ar que respiramos. Sim. É através dela - além das diversas outras linguagens - que conseguimos dialogar e materializar nosso pensamento. Até aí, tudo bem. Só que, muitas pessoas, têm o dom de utilizar a palavra como instrumento de discórdia. Será que você já conheceu alguém que não consegue se encaixar num papo e ser agradável? Ou aquela pessoa que fala absolutamente tudo o que você não quer ouvir? E mais, fala achando que está abafando? Tenho atraído pessoas assim e começo a ficar preocupada, angustiada e com vontade de sumir. 

Reconheço, ainda, que não é só a palavra que nos revela. A Análise do Discurso traz o conceito de que a língua é a materialização do discurso que, por sua vez, é formado pelo sujeito, ideologia e historicidade. Ou seja: revelamos, de várias formas, quem somos, porque a nossa língua tem como pano de fundo as nossas idéias e, as nossas idéias, são formadas a partir da nossa história. Bom, que papo de maluco, né? Não. É isso que me faz dissipar a má impressão que tenho de algumas pessoas que abrem a boca para "causar". Penso: "coitado, deve ter sofrido muito nessa vida". "Tadinho, é falta de amor". Toda essa introdução é para dizer que devemos ter cuidado com o que dizemos e, mais ainda, com o que pensamos e sentimos. 

Eu, por exemplo, não preciso apenas da palavra para demonstrar que não gostei de algo. Meu corpo inteiro fala. Meus olhos me entregam. Preciso redobrar a atenção com os sinais que entrego ao interlocutor. É sério. E, quase sempre, fico constrangida com isso. Não consigo disfarçar e, muitas vezes, termino machucando o próximo. Sempre fui explosiva, não sei como tratar isso (alguém, sabe????) e, confesso, que para mim é difícil ouvir certas coisas sem soltar o meu verbo. Só que, em alguns casos, prefiro engolir e fazer uma sopa de letrinhas no estômago. Por quê? Caridade. A caridade também ocorre dessa forma. Para que responder se aquela opinião é intrínseca àquela pessoa? E para que buscar novas palavras se aquele repertório é tão pouco abastecido? 

"A palavra é o espelho da alma: tal o homem, tal a palavra".