quinta-feira, 29 de janeiro de 2009

"Felicidade é pouco. O que sinto ainda não tem nome"

Tudo bem que eu disse que não postaria até segunda-feira por causa do Festival de Verão, mas ontem recebi uma notícia que me levou às nuvens. Lembram do Mestrado que não tinha passado apesar da boa pontuação? Pois bem! Houve uma desistência e eu fui convocada! Oeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeee Sou Mestranda e estou muuuuuito feliz!!! Agora inicio uma nova jornada em minha vida. Que alegria, viu? Deus é fiel !!! 

Engraçado que a novidade que iria postar em breve mudou completamente com essa notícia. E como eu digo sempre: nada acontece por acaso!

Acredite no seu sonho. Tenha fé e disciplina!!! :)

terça-feira, 27 de janeiro de 2009

PAUSA

Gente,

Ficarei sem postar até o dia 1 de fevereiro! Já estou no Clima do Festival de Verão e como vou ficar noites sem dormir, preciso descansar e muito... 

Na próxima segunda-feira, estarei de volta, se Deus quiser! 

Para refletir: 


Depois de algum tempo 

Depois de algum tempo, você aprende a diferença, a sutil diferença entre dar a mão e acorrentar uma alma. 

E você aprende que amar não significa apoiar-se, e que companhia nem sempre significa segurança. 

E começa a aprender que beijos não são contratos e presentes não são promessas. 

E começa a aceitar suas derrotas com a cabeça erguida e os olhos adiante com a graça de um adulto, e não com a tristeza de uma criança. 

E aprende a construir todas as suas estradas hoje, porque o terreno do amanhã é incerto demais para os planos, e o futuro tem o costume de cair em meio ao vôo. 

Depois de um tempo, você aprende que até o sol queima se você ficar exposto por muito tempo.

Portanto, plante seu jardim e decore sua alma, em vez de esperar que alguém lhe traga flores. 

E você aprende que realmente pode suportar... 

Que realmente é forte e que realmente tem valor..." 

(William Shakespeare) 

segunda-feira, 26 de janeiro de 2009

"Devia ter me importado menos com problemas pequenos"

Eu sempre me preocupei demais, com tudo. Meu semblante me denuncia diariamente e sei que preciso rever isso, senão vou viver pouco. A preocupação é uma constante em minha cabeça, porque levo tudo muito a sério. E sempre foi assim: a escola, a faculdade, a profissão, o namoro, o casamento, a família, os amigos, o blog, as inimizades e até um jogo. Dia desses, uma amiga minha disse que uma pessoa do nosso grupo não queria mais jogar Imagem & Ação comigo, porque sou muito competidora. Entendi isso como um defeito, afinal, o discurso da pessoa envolvida - que eu até conheço pouco, mas conheço o contexto - reforçou um tom de brigas e desavenças durante o jogo. Só que, na verdade, sou competidora sim, mas não porque tenho sede de vencer. O que me levar a discordar no jogo é quando percebo que algumas pessoas precisam burlar regras para fazer pontos e, assim, ganhar na brincadeira. Quando jogo, por exemplo, eu e Queridão sempre brincamos muito e brigamos também, quando achamos que estamos sendo injustiçados. Entretanto, tudo isso fica naquele momento, naquele local. Graças a Deus, somos, além de marido e mulher, amigos, companheiros e cúmplices. Temos maturidade para entender que aquilo é apenas um jogo, mas que é preciso respeitar as regras. É natural, não? 

Toda essa citação é para mostrar como levo mesmo TUDO a sério e sei que, muitas vezes, sou mal interpretada. Mas levo a sério, porque sou séria apesar de risonha e falar mais do que a nega do leite. Não gosto de atitudes duvidosas. A questão toda é essa. Entretanto, sei que a preocupação excessiva é ruim para a nossa saúde mental e física. Ela interfere diretamente em nossa paz, por isso, estou me trabalhando internamente para, aos poucos, amenizá-la. Mas isso ocorre, porque tenho um senso de responsabilidade alucinador. Às vezes, vejo como Queridão vive melhor do que eu, porque o mundo pode estar desabando que ele nem tchum... Que me dera, viu? rs 

Mas também preciso ressaltar que melhorei um pouquinho. Antes sofria muito mais por antecipação. Hoje, percebi que o mundo não acaba quando as coisas não ocorrem do jeito que gostaria. Tudo tem uma explicação e acredito, de fato, que nada acontece por acaso. A música Epitáfio, de Titãs, mostra que, realmente, não precisamos nos angustiar tanto. "Devia ter me preocupado menos, com problemas pequenos". E é assim que quero seguir agora. Nada de me descabelar porque alguma coista deu errado. Isso ocorrerá sempre. Só preciso aceitar os fatos e o que depender de mim, aí sim, correrei atrás. 

Hoje busco a serenidade que um dia eu tive e a sabedoria que ainda preciso ter. Depois disso, é só cuidar de mim e ser feliz. 


Titãs - Epitáfio

Devia ter amado mais, ter chorado mais
Ter visto o sol nascer
Devia ter arriscado mais e até errado mais
Ter feito o que eu queria fazer
Queria ter aceitado as pessoas como elas são
Cada um sabe a alegria e a dor que traz no coração

O acaso vai me proteger
Enquanto eu andar distraído
O acaso vai me proteger
Enquanto eu andar

Devia ter complicado menos, trabalhado menos
Ter visto o sol se pôr
Devia ter me importado menos com problemas pequenos
Ter morrido de amor
Queria ter aceitado a vida como ela é
A cada um cabe alegrias e a tristeza que vier

O acaso vai me proteger
Enquanto eu andar distraído
O acaso vai me proteger
Enquanto eu andar...

Devia ter complicado menos
Trabalhado menos

domingo, 25 de janeiro de 2009

"Quando me amei de verdade, comecei a me livrar de tudo que não fosse saudável"

Não consigo imaginar a felicidade sem o amor-próprio. Eles andam juntos. Para sermos felizes, a meu ver, é preciso respeitar a nós mesmos e as nossas vontades. O texto de Charles Chaplin, que postarei logo abaixo, consegue detalhar meus pensamentos de forma singular e pragmática. É exatamente isso que penso sobre esse tema. E depois que aprendi a dizer não e a aceitar as minhas inquietudes comecei a enxergar a vida sob uma nova ótica. Quantas vezes, deixei de ser eu mesma para agradar fulano, cicrano e beltrano? E para quê? Para integrar uma convenção social cheia de falso moralismo? Por tudo isso, hoje posso dizer que sou eu mesma e quando me sinto coagida e não sigo com a minha verdade, fico de mau-humor e meu corpo inteiro fala. Demonstro com facilidade o que gosto e não gosto. O que quero e não quero. Confesso que, ao mesmo tempo, atraio olhares desagradáveis. Sei que muitos criaram uma opinião formada a meu respeito, mas é o preço que pago para ser feliz, comigo mesma. Depois que você aprende que não vale a pena agir de forma contrária aos seus princípios para agradar outrem, você consegue assumir as conseqüências dos seus atos sem um recheio de culpa. Essa, por sua vez, para mim é a grande vilã da mente humana. O sentimento de culpa é que estimula a nossa covardia. "Não, não vou respeitar meu amor-próprio, porque talvez me arrependa, talvez o outro não entenda, sabe? E daí prefiro agradar a ele do que a mim mesma". Parece que tudo isso que estou escrevendo é egoísmo extremo. E, assim como Chaplin, "minha razão chamou isso de egoísmo, mas hoje eu sei que é amor-próprio". 

E amor-próprio consiste no simples fato de você não deixar ninguém lhe colocar para baixo ou subestimar a sua capacidade. É você amar, sem integrar o grupo das Mulheres que Amam Demais. Aquelas que amam muito o parceiro a ponto de jogarem pela janela seu amor-próprio. Aquelas que amam tanto o companheiro a ponto de aceitar qualquer atitude dele sem, se quer, preservar a sua moral e o seu valor. Não. Não dá. Amor-próprio não se vende e nem se compra. Ele está aqui dentro de nós. Por isso, basta olhar para si mesmo e enxergar o quanto você é importante e especial. Clarice Lispector também aborda isso. "O que é verdadeiramente imoral é ter desistido de si mesmo". E quando desistimos de nós mesmos é sinal de que não temos amor-próprio. Precisamos cuidar do nosso jardim diariamente. Somos o que comemos, o que falamos, o que pensamos. 

Cada um tem seu valor e, para mim, cada um é um só. Somos insubstituíveis. Temos valores que nenhuma outra pessoa tem. Isso porque, a experiência individual é sujeita a diversas interpretações e as percepções mudam. Por isso, o amor-próprio é peça fundamental para uma vida feliz e saudável. A ausência desse amor-próprio é bastante comum na sociedade. Não é à toa que aumenta o número de pessoas depressivas e que buscam na morte a solução para sua infelicidade. O amor-próprio deve ser regado dia após dia  e, se alguém insistir em lhe tirar ele, aja. Valorize-se. O texto de Chaplin é um bálsamo para atiçar o próprio amor. Leiam: 


 QUANDO ME AMEI DE VERDADE  

Quando me amei de verdade, pude compreender que em 
qualquer circunstância, eu estava no lugar certo, na 
hora certa. Então pude relaxar. 

Quando me amei de verdade, pude perceber que o 
sofrimento emocional é um sinal de que estou indo contra 
a minha verdade. 

Quando me amei de verdade, parei de desejar que a minha 
vida fosse diferente e comecei a ver que tudo o que 
aconteceu contribuiu para o meu crescimento. 

Quando me amei de verdade, comecei a perceber como é 
ofensivo tentar forçar alguma coisa ou alguém que ainda 
não está preparado, inclusive eu mesmo. 

Quando me amei de verdade, comecei a me livrar de tudo 
que não fosse saudável. Isso quer dizer: pessoas, 
tarefas, crenças e qualquer coisa que me pusesse pra 
baixo. Minha razão chamou isso de egoísmo. 

Mas hoje eu sei que é amor-próprio. 

Quando me amei de verdade, deixei de temer meu tempo 
livre e desisti de fazer planos. Hoje faço o que acho 
certo e no meu próprio ritmo. 

Como isso é bom! 

Quando me amei de verdade, desisti de querer ter sempre 
razão, e com isso errei muito menos vezes. 

Quando me amei de verdade, desisti de ficar revivendo o 
passado e de me preocupar com o futuro. 

Isso me mantém no presente, que é onde a vida acontece. 

Quando me amei de verdade, percebi que a minha mente 
pode me atormentar e me decepcionar. 

Mas quando eu a coloco a serviço do meu coração ela se 
torna uma grande e valiosa aliada.


Indicação de livros sobre o tema: 

Título: Para de Se Maltratar - Uma História Sobre o Amor-próprio
Autor: Melody Beattie

Título: Etica Como Amor-proprio
Autor: Fernando Savater

sábado, 24 de janeiro de 2009

Mudanças...

Há muito tempo gostaria de tomar uma atitude em relação ao Bendizer. Esse blog foi criado com o intuito de abordar temas do cotidiano sempre com palavras de otimismo e superação. Entretanto, terminei misturando o blog com relatos diários e, muitas vezes, deixei de lado a proposta original desse espaço. Por isso, tomei coragem para delimitar o local ideal para abordar sobre a minha vida pessoal e outro para dar continuidade ao que acredito: o poder da mudança. 

Por isso, a partir de hoje vou escrever sobre minha vida, meus hábitos, meu dia-a-dia no blog Gaby Lacerda Bendizer. A palavra bendizer já faz parte do meu repertório, por isso não poderia criar um novo blog sem adicioná-la, né meu bem? 

Já o Bendizer, terá um formato diferente. O formato que eu sempre quis inserir, mas que ainda não tinha tido coragem, de fato, para realizá-lo. O Bendizer não tem a intenção de ser uma página virtual científica sobre o comportamento humano, afinal, sou apenas uma jornalista e um ser humano que acredita no poder da palavra e na caridade com o próximo. Escrever No Bendizer é, acima de tudo, poder ajudar a mim mesma e uma oportunidade de me conhecer melhor. Escrever foi a maneira que encontrei para refletir sobre a minha vida e, de alguma forma, despertar no outro uma reflexão. 

Por isso, o formato do Bendizer será o seguinte: 

- A cada dia (ou sempre que possível)  escolherei um tema para abordar como fazia na versão antiga. 
- Entretanto, vou inserir relatos de outras pessoas e histórias que possam mostrar superação e atitude para que os internautas se espelhem e sejam mais felizes;
- Além disso, no final do post darei dicas de livros que abordam o tema exposto ou links;
- As parábolas e pensamentos também marcarão presença nos posts;
- Por fim, colocarei uma música que também esteja inserida nesse contexto. 

Espero que vocês gostem dessa mudança e que possa ajudar e receber ajuda também, viu? Conto com a interação e colaboração de vocês! 

Observação: estou procurando um template melhorzinho... Aguardem!

No mais é isso...

QUERER É PODER É CONSEGUIR !!!
 

sexta-feira, 23 de janeiro de 2009

"Acontece que na vida a gente tem que ser feliz por ser amado por alguém"

Estou viciada em seriguela. Quem tá de regime inventa é arte, viu? hahahhaha Ainda mais que na minha dieta seriguela é ZERO, ou seja, posso comer sem me preocupar. O melhor de tudo é que como sou ansiosa, essa frutinha ainda me ajuda a reduzir a ansiedade. Infelizmente, não posso comer umbu como gostaria. O aparelho não deixa. Ninguém merece!!! rsrsrs

E hoje é sexta-feira... AINDA BEM! Mesmo feliz com a chegada do findi, amanhã não irei à praia. Vou trabalhar. Mas domingo, com fé em Deus, irei curtir o solzinho de verão em Ipitanga ou Vilas. Quero colocar a perna pra cima e não pensar em nada. Será que posso? rsrs Eu mereçoooooooooooooooooo... kkkkkkk 

Ontem comecei a ler Onde Está Teresa? de Zíbia Gasparetto e estou super envolvida com a história. Adoro os livros da Zíbia e sempre choro. Adoro essas leituras que envolvem espiritismo, romance e suspense. Mexe com meu imaginário, não vou mentir... 

(   .  .  .     ) 


Papo sério agora... Estive aqui pensando como é difícil perdoar alguém que nos fez algum mal. Ainda mais para uma aquariana, que tem sede de justiça. Em minhas orações sempre ressalto esse meu lado "justiceiro", que é, sem dúvida, um dos meus piores defeitos. Ao mesmo tempo que me traz um sentimento de piedade quando vejo alguém sendo injustiçado, me traz também um lado vingativo terrível. É meio que involuntário você querer revidar quando alguém lhe faz algum mal. Mas acho que essa é a grande "sacada" da vida. Você aprender a entender porque o outro agiu daquele jeito e porque sua personalidade ou um certo contexto incomoda tanto o próximo. Difícil, viu? Acredito ser esse o meu maior desafio aqui na Terra, depois de aprender a ser tolerante e calma... 

Toda noite e assim que acordo, converso com Deus e peço a ele, encarecidamente, que me ajude a lidar com tais situações. Existem pessoas e situações que tenho PAVOR. Meu coração aperta, fico inquieta. Não sei se é mágoa, mas é algo que me faz refletir. É algo que preciso resolver, aqui dentro. Apesar de identificar isso, eu sempre rezo pelos meus inimigos. "Continuem longe, por favor" ahahahahha Brincadeira, gente. Quando estou conectada ao divino de forma direta - sim, porque indiretamente estou sempre - consigo abrir meu coração e enviar boas vibrações para todos os amigos, inimigos e desconhecidos. É interessante isso... Mas se você me perguntar agora, com a razão a flor da pele, certamente não conseguirei dizer com tanta serenidade. Doideira, né? rsrsrs 

Mas com fé em Deus, vou evoluir. Estou buscando caminhos para entender mais o outro e me tirar do centro do universo. "Loucura maior, nesse escuro ela achar que é estrela". O ser humano tende, mesmo, a dar vazão ao ego e se fazer vítima. Odeio quem se faz de vítima e quando meu lado vítima aflora dou um jeito de colocá-lo no lugar dele... A vitimologia faz parte das relações humanas, principalmente, para aqueles que não conseguem assumir seus defeitos...

Então é isso... Vou reforçar a minha oração particular e seguir em frente. Resignação. Essa é a minha palavra de ordem!

(   .  .  .     ) 


Preciso fazer uma confissão: adoro o programa Casos de Família do SBT. É sério! Gosto da apresentadora, acho ela humana e não é tão sensacionalista como os programas que abordam o comportamento das pessoas. Ontem, por exemplo, o tema foi "Quero que ela fique mais em casa". Só que uma das histórias trouxe uma senhora que se sente tão sozinha que sai o tempo inteiro para conversar com alguém na rua. É triste, viu? A solidão é o câncer da humanidade. É fato. Porque com ela vem a depressão, a baixa auto-estima, a angústia, o medo... 

E anteontem o tema foi "O que era um sonho se tornou um pesadelo". E daí um menino contou a história de que a mãe dele não gosta dele. Ele chorou tanto, que fiquei emocionada também. Deus ajude a ele a superar isso, porque não é fácil você não ser amado pela própria mãe. Misericórdia, né? 

Mas é isso... 

Vamos fazer a nossa parte na vida e seguir em frente. 

quinta-feira, 22 de janeiro de 2009

Xô, hipocondria!

Dia desses saiu uma matéria imensa no jornal A TARDE sobre hipocondria. E, claro, meu marido muito bem-humorado e cheio de risos disse que queria fazer um teste comigo para saber se sou ou não hipocondríaca. Isso porque, segundo ele (e eu também concordo) de uns quatro anos para cá tenho demonstrado algumas atitudes que convergem com quem sofre com essa patologia. Fizemos o teste e quem fizesse 40 pontos era considerado hipocondríaco. O meu deu 55, acredita? Pronto. Thi, o meu médico (kkkk), diagnosticou a enfermidade. 

O tom deste post parece brincadeira, mas, realmente, vou buscar ajuda especializada para tratar isso. Quando criança não tinha medo de médico e nem medo de ficar doente, me achava forte e segura para combater qualquer adversidade. Com o passar dos anos e com o despertar de alguns traumas, fui percebendo que não sou tão forte assim e tenho medo de doença. Uma certa feita, precisei fazer um exame específico e como estava sem plano de saúde precisei ir para o Hospital Roberto Santos, o hospital público daqui de Salvador. Fiquei horrorizada. O exame que todos diziam que era simples e sem dor se transformou num pesadelo e, desde então, tenho PAVOR a médico. Sempre acho que vão me fazer algum mal e, mesmo perguntando passo-a-passo aos profissionais de saúde, sempre fico com o coração na mão. 

Na verdade, acho que já venho com essa obsessão em não ficar doente desde as aulas de biologia do colégio, quando cursava o ensino médio (antigo segundo grau). Eu e um amigo, Shanon, brincávamos e muitas vezes saíamos da sala quando a professora falava de uma determinada doença, explicando tais sintomas, porque simplesmente começávamos a sentir tudo aquilo. Era o suficiente para achar que estávamos enfermos. Parece loucura, começou com uma brincadeira, mas hoje acho que preciso tratar isso. Na boa! Não posso ler uma matéria no jornal falando sobre um caso específico que pronto: sinto tudo. E a cabeça da gente é muito insana. E o pior: quando vou conversar com Thi sobre tal sintoma ele não leva a sério. E isso me deixa P da vida. Aí ciente de que poderia realmente ter desencadeado a hipocondria, ele começou a respeitar mais. Ainda bem, né? Já tava ficando de mau-humor... haahhaha

Para abrir um exame médico é um processo... Pior do que isso é a noite que antecede o resultado. Fico tensa, angustiada. É um sofrimento danado. Por isso, vou mesmo tratar isso. Daqui a pouco, vai que vira uma síndrome do pânico e eu inicie outro processo? Acordei pensando nisso, porque quero me ver livre dos medos. Eu achava que hipocondríaco era aquela pessoa "fissurada" em remédio, por isso não levei a sério essa minha angústia. Afinal, não ando tomando tanto remédio assim. Mas depois que busquei mais informações sobre a doença vi que não. "Hipocondríaco é um pessoa que se preocupa em demasia, e sem necessidade, com a saúde. É o típico indivíduo que acha que sofre de todas as doenças que conhece". 

E todo esse contexto é para dizer que ontem tive uma crise dessas de hipocondria. Desde sábado, comecei a sentir uma dor do lado esquerdo do rim. Já tinha sentido uma dor similar antes, mas do lado direito, e foi diagnosticado infecção urinária. Mesmo reclamando de dor chata, resolvi dar tempo ao tempo antes de procurar um médico. Comecei a beber bastante água e chá para ver se amenizava. E nada. Domingo, segunda e terça permaneci com essa dor que ia e voltava a depender dos movimentos. Só que ontem, resolvi ir ao médico. Já comecei a ficar preocupada e aí já viu, né? Ainda mais depois que li a matéria de uma modelo que está com quadro grave por causa de uma infecção urinária. Pronto. Foi o que faltava para começar a paranóia de que poderia estar doente e ser algo grave. 

Fomos à emergência do Hospital São Rafael. Chegamos às 5h50 e saímos às 00h20. Pode? Ninguém merece! Fiz os exames que passaram (ultrassonografia e sumário de urina) e acredite: NÃO ERA NADA! Os exames deram todos bons e, com isso, não é que a dor começou a passar?ahahahahhaa É, meu bem. Depois que passa, a gente ri! Aí Queridão brinca: "É psicológico, amor..." E isso me irrita mais ainda (rs!). 

E sexta-feira passada fui fazer um raio-x do pulmão. Tivemos um caso de uma parente que teve pneumonia e daí todo mundo precisou fazer o exame como forma preventiva. Eu tive pouco contato, então, confesso que mesmo com medo, meu coração dizia que a probabilidade seria mínima. Até então, tudo bem. Todo mundo fez, inclusive Thiago. Não deu nada, graças a Deus. Passaram duas semanas e aquilo ficou na minha cabeça: vá fazer o exame. De repente, comecei a sentir uma dor na região do pulmão e comecei a sentir vontade de tossir. Aí prendi a tosse para não acreditar que estivesse com a doença. Resumindo a história: os "sintomas" fictícios eram tão reais que fui fazer o tal exame na sexta-feira passada e, graças a Deus, não deu nada... 

Diante do exposto, o próximo passo mesmo é buscar ajuda psiquiátrica. É verdade. Acho que esse meu medo todo tem a ver com uma certa insegurança que adquiri com alguns fatos que ocorreram em minha vida. Tenho medo de ficar doente e não me sentir protegida. Eu acho que é isso, não sei ao certo. A única certeza que tenho é que sofro toda vez que acho que tenho uma doença grave. O coração fica apertado, a cabeça dói e os pensamentos me angustiam. É. Preciso cuidar disso. Senão vou ficar louca.

quarta-feira, 21 de janeiro de 2009

Corre corre...

Buenos Dias!

Hoje o dia está daquele jeito: extra intenso! Eu e Queridão vamos trabalhar no Festival de Verão. É, meu bem, em tempos de crise precisamos otimizar nosso tempo e não perder os factuais. Agora pela manhã, vamos fazer uma seleção de pessoas para trabalhar conosco. À tarde, tenho reunião com mais um cliente, que deve me levar o turno vespertino inteiro. Já à noite, vou malhar! :))) 

Comecei ontem e estou cheia de gás. Torçam por mim! 

No mais é isso..

Ótima quarta-feira a todos!!!

P.s: E o BBB? Ainda bem que o Max e a Priscila ficaram...

terça-feira, 20 de janeiro de 2009

"Canta forte e canta alto que a vida vai melhorar!"

"Canta, canta, minha gente, deixa a tristeza pra lá, canta forte e canta alto que a vida vai melhorar!" :) É com esse sambinha otimista que inicio meu post de terça-feira. Que felicidade! :) Estou numa vibe super positiva e confiante de que dias melhores estão por vir... SEMPRE! Então, se você estiver de fefe, angustiado, sem esperança e insatisfeito com algo ou alguém, anime-se! Afinal, pra que sofrer se nada é eterno? Nem a felicidade, nem a tristeza!

Sendo assim, curta o sol lá fora que está LINDO !!! Que dia abençoado é esse? Só uma prainha e um acarajé cortado na praia para melhorar meu dia. OPPPSSSSS... Acarajé, não! Acarajé, NÃO PODE! kkkkkkk E aqui estou eu cheia de restrições alimentares e achando tudo isso o máximo. Por enquanto, ainda está tudo do mesmo jeito, mas daqui a 200 dias como estarei? Deus me ajude e me dê forças para continuar nessa batalha, porque COMER é bom demais!!! 

A partir de hoje vou começar a pular na cama elástica que eu e Queridão compramos há alguns meses, mas que tem ficado de escanteio... Imagine? Pular nessa caminha emagrece que é uma beleza... e cansa também, viu? rsrsrs 

Tenho fortalecido a minha determinação com pensamentos ultra positivos. Fiz até um Mural Bem-Viver e coloquei no quarto. Tudo isso para eu dormir e acordar confiante de que não preciso comer muito e besteirinhas para ser feliz. O que tem no centro do Mural? Uma foto minha, na praia, sem barriga, sem gordura e sem celulite há 5 anos atrás... 

No mais é isso... 

Vou almoçar um risoto de camarão light e tomar um chazinho verde após o almoço. Tudo isso para otimizar a digestão! Oeeeeeeeeee :) 

E vamos continuar cantando... 


canta, canta, minha gente

Composição: Martinho da Vila

Canta, canta, minha gente
Deixa a tristeza pra lá
Canta forte, canta alto
Que a vida vai melhorar

Cantem o samba-de-roda
O samba-canção e o samba rasgado
Cantem o samba-de-breque
O samba moderno e o samba quadrado

Cantem ciranda, o frevo
O coco, maxime, baião e xaxado
Mas não cante essa moça bonita
Porque ela está com o marido do lado

Canta, canta, minha gente
Deixa a tristeza pra lá
Canta forte, canta alto
Que a vida vai melhorar

Quem canta seus males espanta
Lá em cima do morro ou sambando no asfalto
Eu canto o samba-enredo
Um sambinha lento e um partido-alto

Há muito tempo não ouço
O tal do samba sincopado
Só não dá pra cantar mesmo 
É vendo o sol nascer quadrado


segunda-feira, 19 de janeiro de 2009

De repente 30...

Há muito tempo queria escrever sobre o filme que tem como nome o título desse post. Fiquei imensamente tocada com o enredo do longa e adorei o elenco, porque sou fã de Jenifer Garner e Mark Rufalo. A história aborda as mudanças que ocorrem na vida de uma pessoa - mais precisamente de uma garota - quando ela completa 30 anos. Não quero aqui fazer um resumo do filme, mas sim abordar o sentimento que ele deixou em mim. 

Quando criança, sempre desejei me tornar logo uma mulher cheia de responsabilidades, graduada, casada, mãe de família e trabalhadora. No meu imaginário infantil tudo ocorria de forma pacífica e animadora. Não ia imaginar que a maturidade tem muitos problemas e que, muitas vezes, iria pensar em retornar para o úterno materno (rsrsrs). E é essa dificuldade, as fases da vida, os questionamentos e o mundo cruel - mercado de trabalho, disputa, inveja, poucos amigos - que o filme aborda de maneira didática e deliciosa. Me vi em muitas cenas do filme e talvez por isso tenha chorado em boa parte das cenas. 

E apesar de ter 25 anos - tudo bem, já estou mais na casa dos 26 -, eu já me sinto incluída no contexto do filme. Prova disso, foi o chá de fraldas que fomos no sábado. Sim, não vou mais pra formatura, nem pra 15 anos... agora só festa de criança e chá de fraldas! hahahahaha De repente 30, meu bem! O povo da minha época está assim: casando, engravidando... É muito estranho falar "o povo da minha época". Quando meus pais dizem isso eu até entendo. Mas eu falando? MEEEEEDO! 

O chá foi de um cliente-amigo nosso e a sobrinha dele, muito meiga e educada, simplesmente começou a me chamar de TIA! Sim, a garotinha tem 11 anos e era um tal de "tia, quer refrigerante?", "tia, você viu o final da novela?" rsrsrs Mesmo achando um doce e relembrando também esse meu jeito - porque chamo todas as amigas da minha mãe e as mãe de minhas amigas de tia - senti uma dor no peito! É chegada a hora de encarar mesmo a idade e as cobranças todas que vêm com ela. Filhos, bons empregos, estabilidade financeira, família. 

De repente 30, mesmo. Passou tudo tão rápido que nem vi direito. Dá para alguém me devolver a casa e jogar as purpurinas???? Só quem assistiu ao filme vai saber. Crescer é bom, mas ser criança é muito melhor!!! 

O que me resta é curtir o tempo de forma mais eficaz e aproveitar as fases dos filhos... 

quinta-feira, 15 de janeiro de 2009

Ihhhh... odeio pisar em ovos!

Odeio pisar em ovos. Sabe aquele lance de você ter que ir bem devagar a ponto de se preocupar se será picado por uma cobra ou não? Pois bem. Ultimamente, tenho pisado muito em ovos. Acho que preciso mudar meu ciclo de convivência porque já não aguento mais me cobrar tanta cautela para me relacionar com o outro. O pior é quando esse ciclo não pode ser alterado, quando as pessoas estão ligadas a gente de forma simbiótica. É algo fixo e que precisarei seguir por toda a vida. A sensação que tenho é a de que estou sempre sendo observada e, há qualquer momento, posso ser engolida. Diante dessa intuição, busco estratégias para sobreviver sem arranhões e sem alimentar traumas. Difícil esse lance de ser gente grande. Bom mesmo é quando achamos que todo mundo é bom e nossos pais são os nossos verdadeiros heróis... 

Enquanto isso ocorre no campo das idéias, no campo da prática estou cheia de trabalho e buscando mais. Aliás, trabalhar me faz um bem danado. Melhora minha auto-estima e a minha esperança. Ainda no lado pragmático da vida, começo a materializar novas possibilidade que ainda estão no campo das idéias... Lá vem bomba! hahahahaha

No mais é isso.

Coração inquieto e ansiedade turbinada.

quarta-feira, 14 de janeiro de 2009

Dieta Nota 10 !

Agora não tem mais desculpa. O Natal já passou, o Reveillon também, niver de casamento idem. É chegada a hora de fechar a boca, voltar a se reconhecer no espelho e ficar em dia com a balança. Chega de protelar esse sofrimento! Acordei virada no mói de coentro e disposta a eliminar todos os quilinhos extras que adquiri nesses últimos 3 anos. Não dá mais, meu bem! Estou de fefe com a gordurinha localizada e revoltada comigo mesma porque comi tanto e de forma tão descontrolada. Coisas da minha cabecinha, fazer o quê? FECHAR A BOCA! 

E diante do caráter emergencial nem vou esperar para segunda-feira. Daí já escrevo com cara de quem tomou iogurte e chupou uva e está esperando uma enxurrada de verduras no almoço. Eu até gosto, viu? Só vou precisar parar de comer besteirinha (chocolate, salgadinho, sorvete, biscoito, doces...). Coisa pouca, né? kkkkk Mas eu vou parar. Sou aquariana, determinada e vou conseguir ! Nenhum problema psicológico vai me levar até a geladeira... 

E como suporte, desta vez vou recorrer a um método de um endocrinologista do Rio de Janeiro, que atende celebridades como Carolina Dieckmann, Daniela Escobar e Fátima Bernardes: Dieta Nota 10. Comprei o livro desse médico justamente porque gostei da dinâmica da dieta. Parece e muito com a do Vigilantes do Peso, método que me dei muito bem em 1998, quando emagreci 12 kg. Cada produto que a gente consome possui um valor, como se fosse um dinheiro mesmo. Eu posso "gastar" 500 notas por dia daí precisarei ajustar as minhas escolhas com a quantidade de calorias e a quantidade de notas. 

Não tenho pressa para emagrecer. Mas tenho necessidade em parar de engordar. Depois eu conto aqui no blog como estou me saindo com essa dieta. A quem interessar possa, o nome do livro é "Dieta Nota 10", escrito por Dr. Guilherme de Azevedo Ribeiro. E vamos que vamos...

segunda-feira, 12 de janeiro de 2009

"Que Deus não permita que eu perca o otimismo..." (Chico Xavier)

Rezo sempre. Desde que acordo até a hora em que vou dormir. No decorrer do dia, também rezo. Mas a minha reza é, na verdade, uma grande e imensa conversa com Deus. Se não fosse esse bate-papo entre mim e ele, não conseguiria costurar meus caminhos com tanta esperança. Nos deparamos diariamente com dificuldades. Algumas de grau 1, outras de grau 50, do tipo: "não vou suportar". E cheguei a um ponto da vida (sim, tudo bem que como diz minha mãe eu "só tenho 25 anos"), a viver de hipóteses. Meus amigos dão risada quando conto isso, mas é a pura verdade. Projeto lá na frente situações que poderiam acontecer comigo para identificar como reagiria. Essas simulações vão desde perdas fatais como ganhar na loteria. Deixo a minha imaginação ir e vir. Choro. Dou risada. E consigo me ver na mais pura realidade naquela situação. 

E, apesar de parecer uma grande loucura, funciona, para mim, como uma terapia. Já tive a possibilidade de vivenciar, de fato, tal hipótese e reagi melhor do que pensara. Acho que foi uma técnica que descobri para amenizar certos sofrimentos e estimular cautela em alguns momentos. Em todas as hipóteses, procuro enxergar com otimismo. Assim como Chico Xavier escreveu, eu também desejo viver dias melhores. Não dá para chegar ao fundo do poço sem cogitar a possibilidade de mudança, né? Seria enlouquecedor... 

E Chico Xavier é um homem que tenho total admiração. Sempre que estou tristinha ou pensativa, costumo ler algumas palavrinhas de Chico. Por isso, separei textos para você também refletir... 

"Uns queriam um emprego melhor; outros, um emprego... 
Uns queriam uma refeição mais farta; outros, apenas uma refeição... 
Uns queriam uma vida mais amena; outros, apenas viver... 
Uns queriam ter pais mais esclarecidos; outros, apenas ter pais... 
Uns queriam ter olhos claros; outros, apenas enxergar... 
Uns queriam ter voz bonita; outros apenas falar... 
Uns queriam o silêncio; outros, ouvir... 
Uns queriam um sapato novo; outros, ter pés... 
Uns queriam um carro; outros, andar... 
Uns queriam o supérfluo... 
Outros, apenas o necessário..."*


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Tudo que criamos para nós, 
de que não temos necessidade, 
se transforma em angústia, em depressão...

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"A desilusão de agora será benção depois." 

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"Lembra-te sempre: cada dia nasce de um novo amanhecer."

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"Viver é sempre dizer aos outros o quanto eles são importantes.Por que um dia eles se vão...
E ficamos com a nítida impressão que não amamos o suficiente".


sábado, 10 de janeiro de 2009

Eu vou dar uma espiadinha...

Quem acessa o blog Bendizer há algum tempo, sabe que adoro Big Brother Brasil. Adoro assistir o programa que traz nada mais do que gente como a gente obrigado a conviver com quem não conhece. A psicologia me fascina, mesmo sabendo que jamais levaria jeito para psicóloga ou psicanalista. Não sei criar um distanciamento de histórias de vida e acho que ficaria abalada com a profissão, sem dúvida. Por tudo isso e respeitando as minhas limitações, prefiro assistir de "camarote" a vida alheia sem nenhum respaldo científico. 

E basta a Globo anunciar que vai começar mais um BBB, que os programas da casa dão uma ajudinha extra na divulgação. Infelizmente, ontem não pude assistir ao Globo Repórter com os grandes vencedores do BBB, mas foi por uma boa causa. Foi niver de minha amiga Michele e daí não deu. Perdi Maysa também, mas já já vou assitir pela net... rsrsrs 

Dia 13 de janeiro, eu e meu maridão estaremos assistindo a estréia do reality. Nesse mesmo dia, comemoramos 2 anos de casados. O festejo ocorrerá em casa, em nosso mundo laranja! :)

quinta-feira, 8 de janeiro de 2009

"Eu só digo o que penso, só faço o que gosto, e aquilo que creio. Se alguém não quiser entender e falar, pois que fale". (Maysa)

Desde ontem estava querendo escrever sobre Maysa, mas a correria do dia-a-dia me fez prolongar até este momento. E, bem agora, vi também que minha amiga querida, Rafa Manzo, escreveu um lindo post sobre a cantora que tanto "chocou" o Brasil com suas atitudes e sonhos. Ao invés de Rafa, não quero me posicionar sobre de quem é aquela Maysa, porque sei que por trás dali existem discursos de todas as pessoas que estiveram presentes na sua história e que cada um editou um pedaço de Maysa a sua maneira. Mas, sei ainda, que é impossível assistir a essa minissérie que eu AMEI desde o primeiro capítulo sem tirar as minhas próprias conclusões e, além disso, confrontar e ressurgir a Maysa que existe em mim. 

Assisto Maysa, muitas vezes, com lágrimas nos olhos. Claro que em muita coisa não me pareço com ela - não fumo, não bebo, não sou cantora famosa, ainda não tive filho, não corto os pulsos e... só! rs Na outra parte Maysa, me pareço e muito. Luto inquietamente pela minha liberdade. Odeio ser rotulada e observada. Odeio seguir regras num mundo totalmente cheio de falsas regras com pessoas que as violam abertamente e "arrotam" bons modos. Sou depressiva em alguns momentos, sim, quando me vejo presa num espaço do outro. Odeio estereótipos. Odeio fazer tipo. Sou grossa sem problemas se me sinto coagida. Já chorei de amor algumas vezes e já tive aquele olhar de quem só precisa de atenção e carinho. Assim como ela, não saberia viver em função de um sobrenome e de uma tradição familiar. Cada um tem seu desejo e cada um sabe o que é bom para você. Ela só queria paz, AMOR e liberdade. 

Tenho uma teoria de que boa parte do sofrimento humano é hereditário, passa de pai para filho. E a infância da Maysa foi bem triste, num internato e repleta de solidão. Aos 17 anos, ela se apaixou e se casou com um homem mais velho e de uma família tradicional da sociedade brasileira. Revoltada, ela resolveu acabar com tudo isso em busca da sua liberdade e pagou caro por isso... A liberdade é o bem mais caro do ser humano. Sei disso. Assim como seus pais, ela repetiu o mesmo erro deles também enviando seu filho Jayme para um internato na Espanha, quando ele tinha 7 anos... E aí está Jayme Monjardim, o renomado diretor de novelas que, certamente, sofre até hoje com a indiferença da sua mãe, a morte de seu pai e a instransigência da sua avó quando era um garoto. 

Não quero julgar essa relação de Maysa, mas sim trazer para o blog uma reflexão minha em torno de sua biografia. Já ouvi suas canções algumas vezes, mas quando nasci ela já tinha morrido. Mas poder entender melhor quem foi Maysa e a sua participação na nossa cultura musical é um estímulo para buscar novas personalidades que costuraram a história do nosso País. Além disso, ela envolve outros personagens fundamentais do nosso cenário musical, como Ronaldo Bôscoli, um galã que "criou" a Bossa Nova e foi casado com Elis Regina, entre outras paixões... 

Maysa é uma minissérie que nem o sono me faz fechar os olhos. Maysa é uma minissérie que me transporta para dentro do coração. Maysa conseguiu mexer em algumas feridas não cicatrizadas de quem também, assim como Maysa, quer ser livre dos olhos de outrem e da língua ferina de quem carrega em si a tristeza de demonstrar ser o que realmente não é. 

P.s: Só para descontrair... Maysa precisava de uma assessora de imprensa, viu? kkkkk Eta mulher com imagem desgastada e com relação conturbada com os veículos de comunicação !!! hahahahahaa 


resposta

maysa

Composição: Maysa

Ninguém pode calar dentro em mim
Essa chama que não vai passar
É mais forte que eu
E não quero dela me afastar
Eu não posso explicar quando foi
E como ela veio
E só digo o que penso
Só faço o que gosto
E aquilo que creio
Se alguém não quiser entender
E falar, pois que fale

Eu não vou me importar com a maldade de quem nada sabe
E se alguém interessa saber
Sou bem feliz assim
Muito mais do que quem já falou ou vai falar de mim

quarta-feira, 7 de janeiro de 2009

"Às vezes eu pressinto e é como uma saudade de um tempo que ainda não passou..."

Estou com a alma silenciosa. Quero falar pouco, dormir mais e ouvir quase nada. Quero silêncio e nenhum relógio. Quero rezar baixinho e cantar. Quero que o tempo passe depressa pelo menos por enquanto. Até chegar lá. Aí sim, vou respirar fundo, seguir novamente e, então, sorrir. 


É o que me interessa

lenine


Daqui desse momento
Do meu olhar pra fora
O mundo é só miragem
A sombra do futuro
A sobra do passado
Assombram a paisagem

Quem vai virar o jogo e transformar a perda
Em nossa recompensa
Quando eu olhar pro lado
Eu quero estar cercado só de quem me interessa


Às vezes é um instante
A tarde faz silêncio
O vento sopra a meu favor
Às vezes eu pressinto e é como uma saudade
De um tempo que ainda não passou
Me traz o teu sossego
Atrasa o meu relógio
Acalma a minha pressa
Me dá sua palavra
Sussurre em meu ouvido
Só o que me interessa

A lógica do vento
O caos do pensamento
A paz na solidão
A órbita do tempo
A pausa do retrato
A voz da intuição
A curva do universo
A fórmula do acaso
O alcance da promessa
O salto do desejo
O agora e o infinito
Só o que me interessa

terça-feira, 6 de janeiro de 2009

Saudade, palavra triste...

Ontem, o tempo fechou aqui em casa. A avó, madrinha e segunda-mãe de Queridão finalizou sua estadia aqui na Terra. Pense num dia saudoso e triste? Foi ontem, 5 de janeiro de 2009. Conheci Dona Nenga há pouco mais de 4 anos e apesar dos encontros casuais - sempre em almoços de família e momentos de imensa felicidade familiar - sabia o quanto ela era uma pessoa boa de coração. Ontem, na sua breve "despedida" carnal, vi o quão Querida e Especial ela era. Enterro sempre é triste, mas ontem observei detalhadamente as lágrimas, a saudade e um dos maiores sentimentos do ser humano: a gratidão de todos os presentes. Dona Nenga foi literalmente ovacionada por todas as pessoas que estavam ali, que reconheceram a sua importância não apenas para si, mas para uma comunidade, muita vezes, esquecida pelas autoridades. Os relatos que ouvi foram tão especiais que, certamente, ficarão guardados aqui em minha memória e meu coração, além de despertar em mim sentimentos nobres de compaixão com o próximo. O ocorrido ontem me fez resgatar um pouco de mim. Um pouco do que aprendi na infância.

Sou suspeita para falar de Dona Nenga, porque apesar dela ter ajudado tantas pessoas que viviam ao seu redor - com comida, dormida, estudos - , ela cuidou de Queridão ensinando a ele como respeitar uma mulher, como ser amoroso, fiel, otimista e de bom coração. Serei eternamente grata por ter feito de meu marido um homem infinitamente especial. Além disso, sentirei saudades também daquela voz suave e até das suas palavras de ciúme, porque o filho cresceu, se casou e seguiu o seu caminho. 

O ano de 2009 começou saudoso. Mas meu Deus é o Deus do impossível e sei que tudo na vida acontece com a sua permissão. Esse Deus tão misericordioso também era de Dona Nenga, que era uma católica fervorosa. Com esse Deus, tenho certeza de que devemos seguir viagem aqui na Terra seguindo bons exemplos, como o de Dona Nenga. No nosso penúltimo encontro pude dizer a ela o quanto gostava dela. Ela sorriu e disse: "também gosto muito de você e de Seu Celso. Você é linda". 

Apesar de ser espírita e acreditar no reencontro espiritual, a saudade é inevitável e a dor desse sentimento do "até logo" é angustiante. Mas confio em Deus e Ele me dá paz. Que meu marido querido também possa desfrutar de bons sentimentos no peito. Ele já foi feliz por tão uma avó que o amava tanto e cuidava dele a todo tempo. Isso, nem a distância, nem a ausência o fará esquecer. 

Saudade. A palavra de ordem do hoje. 

E jamais poderei escutar a canção abaixo, sem lembrar de Dona Nenga ... 

"Olha o flor da laranjeira
ALÔ BAHIA
Uma flor que tanto cheira
ALÔ BAHIA
Todo mundo já conhece
ALÔ BAHIA
O cheirinho da laranjeira
ALÔ BAHIA

Vou mandar tirar,
Vou mandar tirar..."

sexta-feira, 2 de janeiro de 2009

"Neste ano, quero PAZ no meu coração..."

Eis que, finalmente, chegou 2009. A passagem deste ano foi atípica para mim. Tudo bem que sempre fui supersticiosa no dia-a-dia (não passo por debaixo da escada, nem na frente de gato preto, entre outros), mas, pela primeira vez, resolvi, de fato, reforçar o meu desejo de um bom ano utilizando a sabedoria popular. Fiz de tudo: ritual de despedida (escrevi tudo o que foi ruim em 2008, queimei, refiz minha lista com o que quero para 2009 e guardei num cantinho especial); comi três colheres de lentilha antes da ceia e fiz três pedidos; comi uvas verdes na hora da virada; pulei sete ondinhas (essa sempre fiz) e entreguei seis moedas para amigos e familiares sete minutos antes da meia-noite e guardei uma na carteira. Tudo isso para potencializar e materializar a minha vontade em fazer um 2009 ainda mais feliz. Passei o ano com vestido branco e um cintinho vermelho. Segundo a numerologia, a cor do meu ano será vermelho. Daí não consegui me desapegar do branco e reforcei a cor vermelha nos acessórios - sandálias, cintos e brincos.

Desisitimos de viajar para Maceió e ficamos aqui em casa mesmo, em Piatã. Recebemos um casal de amigos - Michele e Mô Bem - e papeamos até a madrugada. Fiz um bolo de chocolate e um pavê para acompanhar o Bacalhau e o Sarapatel preparado por meu pai. Comemos muito e, mais uma vez, prometemos (eu e Queridão) que a partir de agora vamos fechar a boquinha. Emagrecer está no topo da lista, logo abaixo da saúde e das finanças... ahhahahaha É verdade!!! 

No mais, o Reveillon foi tranquilo e sereno como quero que seja a minha vida este ano. Nossos projetos estão cada vez mais grandiosos e, ao mesmo tempo, discretos... Confiantes, devemos trazer boas notícias logo em breve! :) 

E que este ano tanto eu quanto você possamos vivenciar momentos de otimismo e felicidade. E, caso contrário, que tenhamos forças para suportar a adversidade sem lamentações. 

Um beijo e eu fico por aqui. Ainda estou descansando... até domingo, meu nome é relax! ;) ]

P.A.Z !!!