quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

"E quando vejo o mar existe algo que diz que a vida continua e se entregar é uma bobagem..." (Renato Russo)

Sinto-me de férias. É verdade que nunca tirei férias, de fato, mas os últimos dias têm sido de descanso e sossego. Hoje fiquei a manhã inteira na praia. Estou toda rosadinha... ihihhihih E amanhã, se Deus quiser, tem mais. Só que o fato de ir à praia me trouxe uma reflexão. Moro em Piatã há mais de 17 anos e, só agora, o mar que consigo ver da minha janela do quarto começou a fazer sentido. Sempre passava por ele, admirava o seu valor, mas não tinha coragem de visitá-lo com tanta intensidade e amor como tenho feito nos dias anteriores. Normalmente, ia aos sábados bem rapidinho. Mas nesta estação meu compromisso com ele foi firmado. Digo isso, porque, muitas vezes, valorizamos o que não está ao nosso alcance. É como se o que temos pertinho de nós não fosse tão precioso como aquele que desejamos. É a velha história que santo de casa não faz milagre.

Quantas vezes parei um trabalho e pensei: "queria tanto estar em Boipeba agora... no meio daquele mar, sem pensar em nada..." E hoje, enquanto mergulhava, cheguei a conclusão de que Boipeba também é aqui, porque, na verdade, não me interessa o lugar, mas a paz e o momento de desapego que aquela ilha me proporciona. Também senti isso com o que tenho aqui bem próximo a mim. Além de um mar verde-azul, ele possui um temperamento totalmente atraente: ora calmo, ora com ondas.  A simplicidade da vida está ao nosso redor. Mas a "cegueira da alma" ou a nossa vaidade exacerbada nos leva a escolher o que está mais longe, o que nos representa o impossível naquele momento. A sabedoria popular diz que "só percebemos o valor da água depois que a fonte seca".  

Por isso, vamos valorizar o que nos cerca. Perdemos muito tempo valorizando o vizinho e esquecemos que bem perto de nós também existem tesouros. Isso vale não apenas para a natureza, mas também para as nossas relações sociais. Por que para alguns é melhor reconhecer o potencial de quem está fora do seu meio do que aquele que está dentro? Acredito que seja a síndrome do sucesso alheio. Quando o sucesso do outro faz parte dos seus planos e você não o tem deixa de ser reconhecimento e passa a ser inveja. É como dizia Salvador Dali: "o termômetro do sucesso é apenas  a inveja dos descontentes". Isso merece outro post. (rsrsrs)

terça-feira, 15 de dezembro de 2009

"Mude, mas comece devagar, porque a direção é mais importante do que a velocidade" (Clarice Lispector)

Ano novo, vida nova! Não é assim que dizemos neste período? É interessante como fechamos determinados ciclos de acordo com o calendário. E como bem ressaltou Carlos Drummond de Andrade, "quem teve a ideia de cortar o tempo em fatias, a quem se deu o nome de ano, foi um indivíduo genial".  Isso porque a cada ano renovamos a esperança em algo. Costuramos novas histórias e novos caminhos. Desejamos o novo sem medo de deixar de lado o que passou.

O que fazer, então, para dar um novo rumo à vida? Afinal, parafraseando Camões, "jamais haverá ano novo se continuar a copiar erros velhos".

Acredito que o primeiro passo é identificar o que nos incomoda e, a partir daí, montar uma estratégia para superar tais desafios.  Não adianta só querer mudar é preciso ter atitude para seguir em frente. O mais interessante nessa época é que nossos corações transbordam tanto de bons sentimentos que tudo em nossa ganha um novo sabor. Vamos apreciar esses momentos, exalar amor e esperança e, claro, reforçar a nossa fé.

Escrevendo esse post, lembrei da música Do It, de Lenine. Tem tudo a ver com a dinâmica da vida e a beleza da mudança! Sejamos práticos também, né? Remoer o que nos faz mal é pedir para sofrer. Mude !

Do It
Lenine

Tá cansada, senta

Se acredita, tenta
Se tá frio, esquenta
Se tá fora, entra
Se pediu, agüenta
Se pediu, agüenta...


Se sujou, cai fora
Se dá pé, namora
Tá doendo, chora
Tá caindo, escora
Não tá bom, melhora
Não tá bom, melhora...


Se aperta, grite
Se tá chato, agite
Se não tem, credite
Se foi falta, apite
Se não é, imite...


Se é do mato, amanse
Trabalhou, descanse
Se tem festa, dance
Se tá longe, alcance
Use sua chance
Use sua chance...


Hê Hô, Hum! Nanananã!
Hê Hô, Hum! Nanananã!
Hê Hô, Hum! Nanananã!
Hê Hô!, Hum!...


Se tá puto, quebre
Ta feliz, requebre
Se venceu, celebre
Se tá velho, alquebre
Corra atrás da lebre
Corra atrás da lebre...


Se perdeu, procure
Se é seu, segure
Se tá mal, se cure
Se é verdade, jure
Quer saber, apure
Quer saber, apure...


Se sobrou, congele
Se não vai, cancele
Se é inocente, apele
Escravo, se rebele
Nunca se atropele...


Se escreveu, remeta
Engrossou, se meta
E quer dever, prometa
Prá moldar, derreta
Não se submeta
Não se submeta...

segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

"Não tenho medo de sofrer, eu não me importo em chorar. Tudo que quero é viver um sonho lindo" (Léo Maia)

Depois de pesquisar muito na Internet, encontrei a letra de uma das canções mais lindas que ouvi nos últimos dias na Nova Brasil FM e, claro, gostaria de compartilhar aqui no Bendizer. A letra é muito interessante e, apesar de falar de um amor não correpondido e do sofrimento do amor platônico, traz uma mensagem linda para a nossa vida.  É como se pudéssemos atribuir um novo sentido à letra, não limitando-a ao universo amoroso. Afinal, precisamos enfrentar nossos medos. Precisamos redesenhar novas histórias e abrir novos ciclos. Precisamos observar as pistas que a vida nos dá diariamente para sermos felizes. "Se caiu levanta desse chão. Viver é se arriscar..."


Revanche
Léo Maia


Não tenho medo de sofrer
Eu não me importo em chorar
Tudo que eu quero é viver
Um sonho lindo


Com tanta gente nesse mundo
Alguém será meu bem querer
Porque não vou envelhecer
Triste e sozinho


Se a dor marcou seu coração
Outro amor vai te curar

Sai da solidão
Tem medo não
De novamente se entregar


Se caiu levanta desse chão
Viver é se arriscar
Quando ele chegar
Os sinos vão tocar
Os pés vão flutuar
A boca vai secar
A terra há de tremer
Os pássaros cantar o amor


Pode vir do mar
Da terra ou do ar
Das asas do avião
Da mesa de um bar
Promessas de verão
Nos beijos de um beija-flor

"Se tudo no mundo nos leva para baixo, então a leveza é o ato de dizer não ao peso" (Ítalo Calvino)

Como podem ver, o Bendizer está de cara nova. Já estou me preparando para 2010 e esse espaço reflete o que carrego em mim. Estou numa fase leve. Digamos, assim, que estou projetando a leveza para minha vida como algo fundamental, essencial. Aliás, é, sem dúvida, uma grande meta para o ano que vem. Digo isto, porque quem me conhece sabe que levo (ooops, levava... o poder da mente ajuda... rsrs) tudo muito a sério. Diante dessa triste constatação e de todos os sabores que experimentei no último ano, aprendi que preciso tirar o peso das coisas.

E, engraçado, como revalorizamos algo quando construímos novos sentidos. Essa frase-título do post é de um texto que li na disciplina "Metodologia de Pesquisa", no mestrado, e como estava muito envolvida nos estudos, minha leitura do texto de Ítalo Calvino, intitulado Leveza, naquele momento, se resumiu apenas ao universo acadêmico. "É preciso estar leve para enfrentar o insuportável peso de ser". Naquele contexto, ele foi como um bálsamo para as minhas inquietudes como pesquisadora, mas depois de fazer um balanço sobre minha vida e as minhas perspectivas precisei resgatá-lo.

Comecei a elencar o que queria, de fato, para 2010. Saúde, amor, paz em família, prosperidade. Claro. Isso tudo está no ranking dos meus desejos, sempre, diga-se de passagem. Mas alguma coisa estava faltando. Aí pensei: "preciso não levar tudo tão a sério. Preciso voltar a sorrir mais e me estressar menos. Preciso ter inteligência emocional". E como resumir isso em uma palavra? Leveza. Pimba! Batata-frita... rsrsrs

O que fazer, então, para conseguir essa tal leveza? Bem... não sei, ao certo, mas acredito que a leveza não tem a ver com a camuflagem de sentimentos. Não significa marginalizar os sentimentos com medo de sofrer, nem tampouco ser omisso. A leveza, sem dúvida, está na capacidade de nos reinventarmos, de transformar o feio em algo belo. Em nos proporcionar momentos de paz quando tudo parecer fugir ao nosso controle. É reforçar a fé e semear o amor. Em nós mesmos e também no outro.

Uma semana leve para vocês! :)

sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

Qual o motivo das nossas aflições?

Como qualquer adolescente, era extremamente ansiosa. Fazia tudo correndo e tinha pressa de não sei o quê. E em um belo dia disse em alto e bom som que estava muito ansiosa com as provas escolares. Uma pessoa próxima virou para mim e disse: “Não precisa ficar ansiosa. Ansiedade é sintoma de quem não tem fé em Deus”. Ao ouvir isso, dei risada. Não como um deboche, mas achei que naquele contexto a pessoa que emitiu tal opinião estava sendo extremamente alienada. Afinal, eu jamais iria imaginar que o fato de estar ansiosa estivesse atrelado a algum questionamento religioso. Até porque, desde sempre fui muito ligada à espiritualidade e conversar com Deus sempre foi uma prática contínua em minha vida.

Os tempos passaram e mais amadurecida resgatei aquelas palavras que, naquele momento, não fizeram tanto sentido para mim. Ela queria dizer que quem tem fé em Deus não precisa ficar ansioso ou temer qualquer situação, porque Ele está à frente de tudo e no controle das nossas vidas. Nessa perspectiva, concordo. Acredito, mesmo, que estamos acompanhados e que não precisamos ter medo do amanhã, porque tudo acontecerá de acordo com a vontade de Deus e, também, com as nossas escolhas.

Mas aí eu pergunto. Por que as pessoas sofrem tanto? Por que as aflições as arrebatam de tal ponto que pensam em retirar a própria vida? Por que a angústia permanece em nossos corações por muito tempo? Como um Pai deixaria que seu filho sofresse tanto? Acredito que cada um já tenha pensado sobre isso e que vai de cada religião. O Espiritismo, religião que acredito, diz que o sofrimento faz parte do processo de evolução do espírito. Ressalta, ainda, que muitas aflições de hoje são conseqüências de encarnações passadas, mas que a grande maioria é causada nesta própria vida.

Acredito que a todo o momento nos deparamos com situações que fogem o nosso controle. Mas, cá entre nós, por mais doloroso que seja admitir isso, somos os principais causadores das nossas aflições. Uma escolha errada. Uma teimosia aflorada. Um sentimento de mágoa transbordando a garganta. Seja lá qual for o motivo, estimulamos e criamos a maioria das nossas aflições. Pode ser involuntário. Pode ser, inclusive, inconsciente.


Mas se fizermos uma reflexão do que tem tirado o nosso sono vamos identificar que temos “culpa no cartório”. Culpa aqui nesse contexto é apenas um termo popular, mas não acho que temos culpa de nada. Somos eternos aprendizes. Caminhamos tentando acertar e, nessas tentativas, também erramos. O importante é aprender com os erros e ser humilde para aceitar que não somos os donos da verdade e nem melhores do que ninguém.

Só que pense pelo lado positivo. Também poderemos eliminar as aflições que tanto nos entristecem. Que tanto nos colocam para baixo. Basta identificarmos quais são. Uma vez, dei uma dica aqui no Bendizer de como faço para resolver as minhas angústias. Anoto no papel tudo aquilo que tira o meu sono ou me deixa triste. Identifico ponto por ponto e vou para o ataque. Temos livre-arbítrio para mudar o que nos incomoda. Podemos recomeçar sempre. E, garanto, responsabilizar o outro pelas nossas aflições é dar vazão a um dos principais causadores da guerra: o orgulho.



O importante é seguir em frente, ter força, fé, acreditar em si mesmo e dissipar as aflições. Aprenda com elas, agradeça o aprendizado e se policie para não repetir novos erros. É difícil. Eu luto diariamente para que as mesmas aflições não venham ao meu encontro. Mas estou de olho nelas e, claro, em mim também.

segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

Que venha 2010! :))))

Resolvi reescrever o mesmo questionário que escrevi no final de 2008, fazendo um balanço do ano de 2009. Tudo bem que ainda não terminou, mas como sou ansiosa resolvi postar logo... ihihihihi


1) O que você fez em 2009 que nunca tinha feito antes?

Apresentei trabalhos científicos em congressos e amei essa novidade na minha vida profissional.

2) Você manteve as resoluções de ano novo de 2009 e fará novas para 2010?
Nem tanto. Queria ter emagrecido mais e mudei alguns planos no decorrer do ano, como a gravidez. Se Deus quiser, em 2010 realizarei o sonho de ser mãe. Quanto aos pedidos para 2010, já fiz a minha lista, sim. Não mantive quase nada do ano que passou...

3) Que lugares você visitou?

Este ano viajei para Belo Horizonte e Paraíba para participar de dois congressos. Ano que vem, pretendo viajar mais com o Queridão para relaxar a mente e a alma.

4) O que você gostaria de ter em 2010 que faltou em 2009?
Leveza. Deixei que pequenas situações me tirassem do sério e, em 2010, a leveza estará entre os meus três primeiros desejos, perdendo apenas para Saúde e Paz em Família.
5) Que data de 2010 vai ficar marcada em sua lembrança?

4 de fevereiro. Dia que recebi a ligação dizendo que passei no mestrado. Só em lembrar, fico emocionada. Um sonho concretizado.

6) Qual sua maior realização no ano?

Foram duas realizações: o mestrado e ter voltado à espiritualidade com o Evangelho no Lar.

7) Qual foi o seu maior fracasso?

Não lembrei de nada que pudesse caracterizar como fracasso. Tive momentos difíceis, de tristeza, de reflexão. Mas fracasso, não identifiquei... Tudo que tentei, corri atrás, fui presenteada. Deus existe.

8) Você teve alguma doença?
Graças a Deus, sem problema algum.

9) Qual foi a melhor coisa que você comprou?

Livros. Esse ano passei boa parte do tempo em livrarias. O investimento foi alto e valeu a pena. Amo ler.

10) Que comportamento mereceu comemoração?

Um pedido de desculpas a uma pessoa que foi muito importante para a minha vida profissional e que eu decepcionei. Depois que assumi os meus erros e pedi perdão me senti mais feliz e me reconheci no espelho. Essa é a Gaby Lacerda. :)

11) Que comportamento foi deprimente?

Todas às vezes em que perdi o equilíbrio emocional e alterei o tom de voz. Deprimente e, aos poucos, vou lapidando isso...

12) Pra onde foi a maior parte do seu dinheiro?
Livros e congressos...
13) O que te deixou realmente excitado?

O mestrado. Ingressar na área acadêmica mexe com os meus hormônios!
14) Que canções sempre vão te lembrar de 2010?

Onde Deus Possa me Ouvir (Vander Lee), Lucky e I´m Yours (Jason Mraz)
15) Comparando-se com essa época, no ano passado, você está:
I. mais feliz ou mais triste? Muito mais feliz!
II. mais magro ou mais gordo? Um pouco mais magra...
III. mais rico ou mais pobre? Mais rica... rsrsrs
16) O que você queria ter feito mais?

Queria ter sido mais socialmente responsável. Mas 2010 que me aguarde! rsrs
17) O que você queria ter feito menos?

Ficado nervosa... ihihihiihh Ter sido menos pavio curto...
18) Como vai passar o reveillon?

Sabe que ainda não sei?
19) Você se apaixonou em 2010?

Sou apaixonada pelo meu marido. Já estamos há quase 5 anos juntos, sendo que 3 anos de casados!

20) Qual foi seu programa de TV favorito?

Nossa... foram tantos! Saia Justa, Oprah, Dr. Phill, The Hills, Irritando Fernanda Young, entre outros...

21) Você odeia alguém hoje que não odiava há um ano?

Graças a Deus, não!

22) Qual foi o melhor livro que você leu?

Eu sou viciada em livros da minha área de jornalismo, mas me encantei por jornalismo ambiental. Amei o livro Meio Ambiente no Século XXI. Comecei a enxergar o mundo com outros olhos.

23) Qual foi a sua maior descoberta musical?

Jason Mraz.

24) O que você quis e conseguiu?

Saúde em ordem, ter passado no mestrado e muitas conquistas profissionais, como ter trabalhado na Agecom, emprego que desejei há muito tempo, e job nas assessorias de imprensa do Barra Fashion e na mega turnê do Rei. Ahhhh... parei de roer as unhas também! Uhuuuuu !!!
25) O que você quis e não conseguiu?

Ficar bem magra. Ainda não consegui...

26) O que você fez no seu aniversário?

Fiz uma festa com meu irmão, que também faz niver em fevereiro. Foi super legal !!!

27) O que teria feito o seu ano infinitamente melhor?

Sou muito grata a Deus pelo ano que tive. Foi muito bom do jeito que foi. Não queria que tivesse mudado nada!!! Saúde, paz em família, realização profissional, remuneração, amigos, enfim...
28) Como descreveria seu modo de se vestir em 2010?

Entre o formal, por causa do trabalho e da vida acadêmica, e o jovial. Mas estou pensando em implantar o estilo hippie... hahahaha

29) O que manteve a sua sanidade?
Fé em Deus.

30) Qual episódio da política que te deixou mais puto?

O caso Arruda, além de alguns pontos da política baiana... Prefiro não comentar.

31) De quem sentiu falta?

Sou saudosista por natureza. Senti falta de pessoas que já não estão mais aqui entre nós e falta da infância, do meu pai morando em Salvador, dos momentos com minhas amigas na faculdade...

32) Quem foi a pessoa mais legal que você conheceu?

Eunice, uma colega do mestrado que tem um coração enorme. Além disso, adorei conhecer os novos amigos de Thi da faculdade.
33) Diga uma lição valorosa que aprendeu em 2010:

Aprendi que precisamos dar leveza a nossa vida, nos preocuparmos menos e agradecermos mais. Além disso, deixar os preconceitos de lado, aprender a pedir perdão e reforçar a fé em Deus diariamente.

domingo, 6 de dezembro de 2009

“O importante é que emoções eu vivi...”

Demorei, mas cheguei ! rsrsrs Sim, tudo bem que fiquei ausente do Bendizer por longos dias, mas estou de volta e trago boas notícias.


Em 18 de julho deste ano, escrevi um post sobre um sonho que tive:

"... gostaria de contar um sonho que tive essa noite. Sonhei que estava dentro de um mar calmo e ao lado de um tinha uma ponte enorme de madeira. Eu estava ao lado dessa ponte e, sozinha, cantava, como se fosse um mantra, versos da música Emoções de Roberto Carlos. Entre lágrimas, sentia a energia positiva de cada palavra. "Em paz com a vida e o que ela me traz. Na fé que me faz otimista demais".

Num primeiro momento, pensei que fosse apenas um sonho recheado de esperança, mas cinco meses depois recebi a ligação que comprovaria toda a minha fé: “Gaby, você está a fim de fazer a assessoria de imprensa do show do Rei em Salvador? Confio em você, em seu texto e em sua competência”.

Na mesma hora, disse: “Claro!”. Ao desligar o telefone chorei. Fiquei extremamente feliz. Primeiro, por ter sido lembrada e reconhecida profissionalmente, segundo por assessorar um mega show como este, ainda mais, de um ícone brasileiro.

Deus, de fato, reconhece as nossas necessidades. Esse trabalho que realizei durante os últimos 10 dias e que se encerrou ontem com um show de arrepiar e emocionar me trouxe muitas coisas boas.

A cada dia, Deus prova que está o tempo todo nos guiando e nos levantando. Durante o trabalho, conheci um colega que dizia não ter fé. E eu disse para ele: “Você já desejou algo que queria muito, que achava impossível e o milagre aconteceu?” Ele me respondeu: “Não. Não sou de pedir. Sigo de acordo com a vida”. E eu disse: “Talvez, você precise desejar algo e, ao ser concretizado, você vai perceber que não está sozinho. Além disso, observe as pistas que Deus envia. Os sinais nos levam a realizar sonhos quase impossíveis”, disse a ele.

Não consigo me enxergar neste mundo sem a fé em Deus. Não consigo receber uma notícia dessas sem estabelecer uma relação de benção. Digo isso, porque estava num momento estático, estudando muito, e três semanas antes, em minhas orações pedi que Deus me enviasse algo dinâmico para a minha vida profissional. E não é que Ele mandou?

E tenho percebido que estou mudando. Aos poucos, mas estou. Antigamente, era muito vaidosa, imatura. Precisava me autoafirmar (é junto mesmo, agora com a nova regra... fica estranho, né? Rsrsrs) e por isso saía contando para todo mundo as minhas alegrias. Hoje, sei que quanto mais barulho faz a carroça, mas vazia ela é.

Quando recebi a ligação para fazer essa assessoria compartilhei com meus pais e meu marido. Não queria que esse trabalho representasse status, porque sei que todo mundo me diria: “Que chique, Gaby!”

Percebi que o bom da vida é a simplicidade. Quando alardeamos nossa participação em situações que simbolizam, no imaginário coletivo, poder e ostentação, no fundo, buscamos reforçar para o outro como somos importantes. E, cá entre nós, nos limitamos à superficialidade desses momentos, que não nos tornam pessoas melhores do que o nosso próximo.

Executar um trabalho desse porte, para mim, é um sonho, uma grande conquista e uma grande benção. É a certeza de que lá em cima Deus acompanha o nosso íntimo. O nosso coração.

Se quiser muito algo, peça. Peça com vontade. Quando faço meus pedidos sempre ressalto que “se for do meu merecimento” que Deus realize a minha vontade. E lá de cima Ele sinaliza. Por isso, não deixe que a fragmentação da contemporaneidade, as práticas desumanas e a perversidade alheia retirem a sua fé. Não desista e abra seu coração.

quinta-feira, 19 de novembro de 2009

"Open up your plans and damn you're free..."

Distante do blog. Distante do mundo. Talvez, até, distante de mim mesma. Infelizmente, com tantos afazeres e tantas obrigações não pude vivenciar um período sabático daqueles: com direito a lágrimas, risos e lembranças.Os dias em que estive longe do blog não significam q estive longe do computador. Fim de semestre já viu, né? Muitos trabalhos, muitas leituras... O mestrado está me exigindo muito, porque preciso ler, ler, ler e estou vendo a hora de explodir. Mas, se tudo der certo, terei direito a cinco dias de silêncio em Boipeba com direito a muito mar, suco de mangaba, moreré, trilha e natureza. Estou precisando me isolar um pouco dessa "civilização"... Estou precisando reabastecer as energias antes do reveillon, porque todas as festas de fim de ano cansam mais do que tudo... rsrsrs
Já me vejo em Boipeba com bundona para cima, sem pensar em nada, ouvindo Bob Marley (lá só toca isso... adoro) e, se pudesse, levaria também Jason Mraz. Estou numa fase de amor com esse cantor. Gente, esse rapaz é o cara. Que música, que voz, que estilo... O estilo roots me dá uma paz de espírio... Nossa... Passaria horas e horas ouvindo suas canções com um lindo mar em minha frente, meu marido do lado e o sol lá em cima... rsrsrs
Estou numa fase de poucas perguntas e mais respostas. E, por favor, silêncio. Ambientes muito barulhentos tenho rejeitado.
No mais é isso mesmo...
Vamos seguir, vamos caminhar. Vamos em frente!

sábado, 24 de outubro de 2009

"Não posso escolher como me sinto, mas posso escolher o que fazer a respeito" (William Shakespeare)

Ufa! A viagem foi cansativa, mas deu tudo certo! :))) Cheguei ontem à noite e estou muito feliz por estar em casa. Conhecer outros lugares é bom, mas nossa casa... é nossa casa, né não!? rsrs
E nesses três dias de isolamento aumentei as doses de devaneios... hahahaha É verdade. Apreciar a solidão tem lá seus pontos positivos. Fiquei horas e horas pensando sobre o que tenho feito da vida e o que gostaria de fazer. Mas sabe o que descobri? Para sermos felizes precisamos combater a superficialidade. É verdade. Se pensamos em abrir um negócio, temos que fugir do óbvio. Se queremos arranjar um emprego "bom", precisamos sair do "senso comum" e investir no estudo. Se desejamos juntar dinheiro para fazer aquela viagem dos sonhos, precisamos deixar de comprar objetos supérfluos. Se resolvemos investir emocionalmente em alguém, precisamos apresentar os nossos diferenciais... Mas, depois de ir e vir nesses pensamentos que terminam beirando a vida material, cheguei a uma conclusão dolorosa. Será que nossas angústias e tristezas não decorrem dos nossos desejos tão efêmeros e superficiais? Digo isso porque, muitas vezes, o nosso supérfluo é a necessidade do outro...
******
Para refletir, um texto de Chico Xavier.
Uns queriam um emprego melhor; outros, só um emprego.Uns queriam uma refeição mais farta; outros, só uma refeição.Uns queriam uma vida mais amena; outros, apenas viver.Uns queriam pais mais esclarecidos; outros, ter pais.
Uns queriam ter olhos claros; outros, enxergar.
Uns queriam ter voz bonita; outros, falar.
Uns queriam silêncio; outros, ouvir.
Uns queriam sapato novo; outros, ter pés.
Uns queriam um carro; outros, andar.
Uns queriam o supérfluo; outros, apenas o necessário.

terça-feira, 20 de outubro de 2009

"Passei a vida tentando corrigir os erros que cometi na minha ânsia de acertar..." (Clarice Lispector)

Já estou de malas prontas para Campina Grande. Frio na barriga! Sozinha. No avião. No hotel. Vou beber um pouco de mim mesma. Espero voltar melhor... Rezem e orem por mim, viu? rsrsrs Se Deus quiser, sábado eu volto contando novidades.
Ah... e não deixem para amanhã o que se pode fazer hoje. Quando erramos, admitimos e voltamos atrás conseguimos neutralizar algumas situações. Mas quando deixamos para lá e colocamos a poeira debaixo do nosso orgulho, reforçamos as nossas deformidades morais e espirituais. Essa semana fiz algo que queria ter feito há muito tempo. Obrigada, Senhor, por essa oportunidade. Hoje me sinto mais feliz e mais eu também. Muitas vezes agimos de forma equivocada e demoramos um longo tempo para pedir desculpas ou reconhecer tal atitude. Pior ainda é quando reconhecemos nossos erros e temos medo de nos expor. Vamos nos libertar do medo. O medo inibe o que temos de melhor: a humildade.
Se você vacilou e sabe que precisa pedir perdão não espere o Natal. Talvez até lá o tempo seja longo demais...
Boa semana para vcs!!!

domingo, 18 de outubro de 2009

"Se tens fé, acharás que o caminho da virtude e da felicidade é muito curto" (Quintiliano)

Muitas vezes escolhemos o caminho mais difícil, mais longo, mais trabalhoso e também mais doloroso. Isso para corresponder as nossas expectativas e reafirmar para nós mesmos que somos capazes de alcançar o que parece ser impossível. Nos dois últimos anos, passei boa parte do tempo agindo assim. Tracei os planos mais mirabolantes e que, ao mesmo tempo, me trariam realização em alguns setores da vida e tristeza em outros. Achava que seria importante para mim conseguir tais objetivos e que, apesar da solidão, da dor da saudade e a ausência, teria mais benefícios do que malefícios.
Já tinha praticamente definido dentro de mim que seria assim. Mas, de uma hora para outra, parei tudo e repensei. Foi quando me questionei: por que tenho que escolher o caminho mais longo, mais tortuoso? Por que preciso correr tantos riscos quando posso realizar muitos sonhos sem precisar abrir mão de tanta coisa? E por tudo redesenhei novas metas. Quero o caminho mais fácil, não por ser acomodada. Mas porque a vida é muito efêmera para projetar algo tão inquietante. Existem planos nossos que são planos de todos. Já percebeu isso? A depender da sua escolha, afetará a vida de outras pessoas, inclusive, as que mais amam você.
Como diz o título do post, "o caminho da felicidade é muito curto". É simples. É prático. É possível. Primeiro porque a felicidade tem que estar dentro de nós sempre. Precisamos buscá-la seja qual for a situação. Está difícil? Facilite. Está desesperada? Resolva o problema. Está sem dinheiro? Economize e corra atrás de novos trabalhos. Está se sentindo sozinha? Sinta a presença de Deus. Está com medo? Tenha fé e esperança. Está sem saúde? Busque ajuda médica e confie na força divina.
O que não dá é para desistirmos da vida, do outro e da felicidade. Vamos encurtar os caminhos e realizar sonhos grandiosos em qualquer lugar que estivermos. Fiquei feliz com a decisão que cheguei, porque ao invés de viver de futuro resolvi viver "de presente", literalmente... rsrsrs

sábado, 17 de outubro de 2009

O sofrimento alheio e a compaixão

Acabei de chegar de uma viagem a Belo Horizonte. Fui apresentar trabalho num congresso de jornalismo científico. Gostei muito da experiência, dos colegas que conheci e de poder vivenciar de forma intensa esse meu processo no mestrado. O difícil foi ter ido sozinha. Desde andar de avião até ficar num quarto de hotel olhando para as paredes. O bom foi que pude escutar mais meu silêncio e cheguei a um monte de conclusão... Coisas de Gaby Lacerda... hahahaha
A viagem valeu a pena. Pude conversar com estudiosos na área que pretendo seguir, comprei livros, fiz amizade. O bom de ser aquariana e falar pelos cotovelos é isso. Acredita que quando estava saindo do quarto para comer sozinha em algum lugar por perto, na mesma hora uma outra garota do congresso saía do quarto do lado para almoçar? Coisas de Deus. Pronto. Ficamos amigas e pude ficar três dias em companhia pelo menos nos momentos de isolamento - café, almoço e jantar.
A parte mais tensa da viagem foi o avião, claro. O voo, em si, foi bem tranquilo. Sem turbulência ou qualquer anormalidade. Mas, para mim, aquilo foi uma grande tortura. Fiz questão de pegar um voo direto, sem escala, para chegar logo. Ficar dentro daquele tubo branco com pedacinhos de vidro e avistar aquela paisagem panorâmica me dão náuseas. Tomei um calmante antes de embarcar e levei três revistas femininas. Minha salvação! Quando o comandante disse que iríamos passar por uma área de turbulência, me apeguei a entrevista de Taís Araújo na Marie Clarie e ali fiquei. Deu certo. Nem vi a turbulência. rsrsrs... Além disso, dei uma de "bonita" e, apesar do medo, fiz como aqueles passageiros que parecem adorar viajar de avião. Você está ali, tremendo, e ele está andando no avião, lendo um livro e até dormindo... Deu certo... pensamento positivo! rsrs
E eu nunca tive muita sorte para fazer amizade em aeroporto. As pessoas estão sempre correndo e introspectivas. Mas, dessa vez, foi diferente. Descobri que nos aeroportos existem histórias que nos fazem refletir e repensar o nosso propósito aqui na Terra. No check in de volta a Salvador uma jovem de 26 anos começou a puxar conversa comigo. Vejam o diálogo:
ELA: - Oi, você tá indo para onde?
EU: - Salvador e você?
ELA: - João Pessoa, Paraíba.
EU: - Que legal. Semana que vem vou para Campina Grande, João Pessoa. Você é de lá?
ELA: - Não, sou daqui de MG. É porque eu acabei de ficar viúva e estou indo recomeçar a vida lá na casa de uma amiga...
EU: (segundo de silêncio)
EU: - Nossa... que triste. Foi acidente?
ELA: - Não, foi câncer no intestino. Casamos em abril deste ano e ele faleceu tem um mês, foi muito sofrimento...
E nesse diálogo ficamos 40 minutos, enquanto aguardávamos o atendimento. Conversei muito com ela. Que vida sofrida, meu Deus! Os dois iam se formar em direito no final deste ano, cheios de sonhos, queriam ter filhos... Ela vendeu tudo que eles tinham do casamento e foi para Paraíba recomeçar. Disse a ela que, sem dúvida, era uma dor grande e que iria demorar passar, mas que ela confiasse em Deus, porque Ele tem um propósito. Que não deixasse a tristeza tomar conta. E ela me disse que era evangélica e sabia que não era um castigo e que confiava no Senhor. Trocamos orkut e email. Espero que a vida dê novas alegrias para ela.
Ao sair do check in, desejei a ela boa viagem, força, fé e resignação. Sugeri que buscasse nos sites, blogs, fóruns e comunidades no orkut histórias de jovens garotas que ficaram viúvas cedo. Acredito que essa troca poderá ajudá-la a superar essa dor. Superar sim, acabar não. Histórias como esta marcam para sempre a vida de qualquer pessoa. Ela falava com amor nos olhos, com saudade. E tem dor pior do que a saudade de uma pessoa que nunca mais encontrará aqui na Terra? Nossa... fiquei anestesiada com isso. Além disso, ela estava morrendo de medo de andar de avião sozinha. A solidão é muito cruel. Nos despedimos e fui para um cantinho do aeroporto chorar. Chorei tanto e pedi tanto a Deus que a ajudasse e acalmasse seu coração que precisei de um bom tempo para me recompor. Aquela história me deixou em pedaços.
Moral da história: vamos viver os dias com a certeza que estamos de passagem. Vamos amar ao próximo, vamos deixar as pequenas coisas de lado, vamos ser tolerantes e compreensivos com o outro. Vamos fazer o bem, acima de tudo. Vamos nos dedicar a vida e aproveitar ao máximo. Vamos caminhar juntos, porque a separação é certa...
Que Deus abeçoe a todos nós e quem puder, faça uma oração para a Bruna e para o Guilherme.

quinta-feira, 8 de outubro de 2009

"Eu preciso de Ti Senhor..."

Deus é tão maravilhoso e absoluto na minha vida que, às vezes, acho não merecer tanto. Ele me ouve, Ele me atende, Ele, de fato, sabe as minhs necessidades e, a todo momento, dá pistas de que anda comigo lado a lado. Não existe nada melhor e nada mais tranquilizante do que sentir essa presença divina diariamente. Sempre fui muito ligada a Deus e meu pai até conta que ao nascer me carregou nos braços e me colocou em direção ao céu como se entregasse a minha vida ao Senhor. E deu certo.
Quando começo a ficar inquieta com algo, Ele vai lá e pimba. Manda o que desejo. E não é só isso não. Eu também reconheço quando erro e quando preciso melhorar. O sofrimento vem e aceito como forma de aprendizado mesmo. Sei, entretanto, que somos os causadores dele. Agimos de forma impensada ou pensamos de forma muito pequena quando comparamos com o todo.
Esse post é só para registrar a minha gratidão a Deus pela vida. Por ter me permitido viver aqui na Terra.
Que Deus esteja sempre ao lado de vcs. E que ele acalme, sempre, os nossos corações inquietos.
PAZ.

quinta-feira, 1 de outubro de 2009

"O importante é ser você, mesmo que seja estranho..."

"Estou de volta pro meu aconchego, trazendo na mala bastante saudade..." É assim que inicio meu post saudoso!!! Quanto tempo sem visitar o Bendizer... Como assim, né? kkkkk Os motivos já registrei aqui: tive que me dedicar às leituras e também à escrita. Mas ufa! Agora posso parar tudo ao meu redor para matar as saudades do meu blog. Uhu!
E, durante essa ausência, refleti sobre a necessidade de sermos aceitos socialmente. Vocês já pararam para pensar o que fazemos, diariamente, para vivermos em sociedade? Primeiro que nos editamos o tempo inteiro: para o outro e para nós mesmos. Deixamos de falar o que pensamos (para não magoar ou nos inserirmos num determinado contexto), de comer o que queremos (para emagrecermos e ficarmos no padrão de beleza da contemporaneidade), de frequentarmos lugares que não gostamos para agradar o outro (os eventos sociais), de demonstrar felicidade (quando estamos tristes... tem algo pior?) e de fazermos piadas imbecis para chamarmos a atenção dos amigos (às vezes somos tão palhaços que assumimos o papel do Bobo da Corte), entre outros...
É ou não é duro tentar ser o que não é para ser aceito?
O pior é que quando você não entra nesse "esquema" vem os rótulos: "nossa, como você é mal-humorado", "vocês estão falando de quem? da gordinha?", "você viu como fulano é grosso? fala o que pensa e pronto?", "acho que aquele seu colega está numa depressão pronfunda, só anda reclamando da vida, não sorrir..."
O que fazer, então?
Como encontrar o equilíbrio?
Eu, confesso, estou numa fase "cansei de me editar"... rsrsrs É muito chato!!! Mas também sei que existem algumas convenções sociais que não têm como escapar. E, além disso, precisamos preservar o respeito e o amor ao próximo. O argumento religioso faz parte de mim... kkkk E acho válido tudo isso, porque também como seria o mundo se não tivéssemos o interesse em nos adequarmos a ele? Acredito que seria ainda mais violento.
As respostas para estes questionamentos não tenho, de fato, só sei que nenhuma edição fará de você uma pessoa essencialmente melhor. A edição está atrelada ao superficial. Aquilo que um dia acabará. Ou você acha que conseguirá renegar seus sentimentos e desejos a vida inteira em troca de relações sociais?
Sei não, mas qualquer dia desses chuto o pau da barraca!!! ihihiihihih

terça-feira, 15 de setembro de 2009

Palavra de ordem: FOCO !

Precisei dar uma pausa aqui no Bendizer para, definitivamente, me envolver no universo acadêmico e, com isso, costurar o meu lado pesquisadora. Estou super feliz. Vou participar de dois eventos muito importantes para a minha formação: um na semana que vem em Porto Seguro e outro no mês seguinte em Belo Horizonte. É tempo de plantar a sementinha profissional e colher os meus desejos.
O mais importante em qualquer momento da vida é ter foco. É identificar, de fato, o que nos interessa, o que nos preenche e nos motiva. Se não tiver nada em mente, não se desespere. Deus é tão soberano, que lhe enviará pistas e dicas para que você possa se reinventar.
Dia desses estava sem direção. Queria tudo e nada ao mesmo tempo. Mas deixei o sol nascer, coloquei a mão na massa e me reencontrei.
Que alegria. Que dia abençoado!
Fiquem em paz, tranqüilos e confiantes no amor divino.
P.s: adoro os comentários de vcs!!! É muito bom saber que vale a pena manter esse espaço.

segunda-feira, 31 de agosto de 2009

"A maior parte dos homens é como a pedra do ímã. Tem um lado que atrai e outro que repele" (Voltaire)

Com meu jeito falastrão, sempre tive facilidade em fazer amigos e inimigos. É verdade. A mesma habilidade que tinha para atrair pessoas que simpatizavam com o meu jeito, também tinha com aquelas que me rotulavam. Acredito que muita gente também passou por isso na infância, na adolescência, na juventude e também na fase adulta. Acontece nas melhores famílias.
Talvez por isso na escola terminava me "juntando" àquelas pessoas que tinha afinidade. Os famosos "grupinhos". Na faculdade, foi o local que firmei alguns dos grupinhos, que me renderam boas e verdadeiras amizades: as cyberamigas e a diretoria. Apesar dessa introdução, não vou me ater a falar sobre a importância deles para mim - porque isso é fato -, mas sim para ser o gancho de um outro assunto que quero abordar adiante.
Acredito que a sintonia com um determinado grupo de pessoas é salutar quando não rejeitamos os demais que estão ao nosso redor. O que não significa dizer que precisamos inseri-los na intimidade das pessoas pertencentes ao grupo ou que sejam convidados para encontros confidenciais. Hoje, me permito não fazer parte de nenhum grupo nos ambientes que freqüento, porque, nesse momento, reconheço que cada pessoa tem algo a me acrescentar e que me unindo a um, estarei desperdiçando o saber do outro.
É meio que automático. Quando você forma aquele grupinho em sala, você só faz trabalho com ele, só sai com ele nas aulas vagas, só telefona para os membros dele, enfim. Com isso, a vida vai seguindo esse ciclo. Mas, ao mesmo tempo, você exclui os outros. E hoje, pensando friamente, vi quantas pessoas deixei de conhecer, realmente, porque me fechei num mundinho um tanto quanto egoísta. O pior de tudo, para mim, foi constatar o quão inconseqüente fui em ter marginalizado alguns colegas, mesmo que inconscientemente.
O mais triste é que ali dentro, daquela sala, daquele espaço, alguém se sentiu rejeitado. Excluído. Lesado. Depois que consegui criar um distanciamento, vejo como os grupos se estruturam, como se articulam e como causam intrigas desnecessárias. Além disso, observo como essas pessoas são intolerantes com as outras. Basta uma falar, para outra retrucar ou virar a cara. É. Talvez não tenhamos consciência do quanto somos cruéis.
Precisamos nos policiar e, acima de tudo, nos conscientizar de que somos todos seres humanos. Meu olhar mudou. E, se pudesse, faria tudo diferente no meu período escolar. Sem dúvida, fiz alguém infeliz e, aproveito o Bendizer para pedir perdão. Peço desculpas sinceras para todos aqueles que fui indiferente, mesmo que inconscientemente, e causei algum sentimento de rejeição. Foi mal ! :(

sexta-feira, 28 de agosto de 2009

Honrai o vosso pai e vossa mãe...

Todas as segundas-feiras, às 19 horas, faço o Evangelho Segundo o Espiritismo em casa, sozinha. Aproveito que Thi está na faculdade para me conectar - de forma mais intensa - à espiritualidade. Essas leituras têm me feito um bem danado, porque retomo às passagens bíblicas na perspectiva que acredito e, com isso, vou aproximando os ensinamentos para a minha realidade. Na última segunda-feira, abri numa página que não caía há muito tempo: Honrai o vosso pai e vossa mãe. Como não acredito em coincidências, li pacientemente cada parágrafo, cada palavra, mesmo já sabendo de "cor e salteado". E aquilo me tocou profundamente.
O texto traz, de forma clara e assertiva, que devemos cuidar dos nossos pais de forma desinteressada, com o coração aberto, ciente de que não estamos fazendo um favor. É a nossa obrigação de filho. Não importa se seus pais não agem como você gostaria, não sabem, muitas vezes, demonstrar o amor que sentem, nem o quanto você é especial, mas, entenda, eles são os responsáveis por você nesta vida. O que percebi nesta passagem é que precisamos reforçar o quão são valiosos e precisamos respeitá-los e compreendê-los mesmo quando não nos compreendem.
Tem um discurso de meu pai que acho interessante e, por isso, vou me apropriá-lo neste momento para abrir um outro questionamento. Vez por outra, meu pai diz que todo mundo é bom da porta de casa para fora. O que ele quer dizer com isso? Que nas nossas relações de trabalho, de amizade, de faculdade e escola buscamos ser agradáveis com o próximo, pacientes, tolerantes, gentis, educados e solícitos. Mas, da porta de dentro, não nos preocupamos em manter as relações familiares. Será que achamos que o amor entre as pessoas com o mesmo sangue não merece ser cultivado? Ou que nossos pais vão ter que nos aceitar de qualquer jeito a ponto de não tentarmos demonstrar o quanto são especiais? Será que eles também não merecem um bom dia, por favor, posso lhe ajudar e ouvir palavras de amor desinteressadas, como amo você e ainda bem que você é minha mãe/pai?
Meus pais são as pessoas mais importantes da minha vida. E, por isso, faço questão de cuidar dessa relação. Já errei, claro, principalmente, na minha fase rebelde, onde o não é torturante. Mas sempre tive na mente e no meu coração que eles são os meus alicerces, a minha força maior materializada aqui na Terra. Agradeço dia após dia por Deus ter me dado essa oportunidade de ter pais tão maravilhosos, tão queridos e tão presentes. E, por isso, sou um grude. Ligo todo dia. Faça chuva ou faça sol.
Diante disso, vamos honrar nossos pais e nossas mães dia após dia. Eles são o nosso escudo, os nossos reflexos, a nossa morada. Não importa o quanto eles lhe magoaram. Eles também são como nós, passíveis de erros e acertos. Dê uma chance. Limpe seu coração. Aceite-os.
E, para finalizar, gostaria de fazer uma alusão a esse tema, trazendo o que Dona Canô disse quando perguntaram a ela por que ela gostava mais de Maria Bethânia do que dos outros filhos. E ela respondeu: "eu gosto de todos os filhos igualmente, mas Maria Bethânia é quem mais me dá atenção. E, por isso, é quem mais recebe a minha atenção também".
Antes de ficar com ciúmes de seus irmãos, pense nisso. :)

segunda-feira, 24 de agosto de 2009

"É triste falhar na vida, porém mais triste ainda é não tentar vencer."

Estou numa fase "tentando ser feliz". Acho que na vida precisamos ter iniciativa. Prefiro tentar a viver numa verdadeira inércia. Estou tentando ser mais tolerante, estou tentando voltar ao peso ideal, estou tentando defender a minha dissertação antes do prazo, estou tentando gastar menos com futilidades, estou tentando viver em paz, estou tentando me libertar do que me faz mal, estou tentando mostrar para o outro que sou feita de carne e osso, estou tentando resgatar a minha inocência perdida pelas trapaças da sorte, enfim, estou tentando...

Essa tentativa que me faz dá sentido à vida. Claro que não quero ficar apenas almejando algo e que preciso, sim, colocar em prática. Mas sei, entretanto, que é preciso paciência, cautela e sabedoria para que tudo ocorra conforme o planejado. O triste, mesmo, é quando a gente não tem ânimo, se quer, para tentar mudar aquilo que nos incomoda intimamente. O importante é dar o primeiro passo e não desistir. Persistência. Força. Fé e Coragem.

Não vamos ter medo de tentar mudar o destino. Reaja!

Esse post me lembrou a música de Kid Abelha...
Boa semana! :)


Eu Tou Tentando

Eu tô tentando largar o cigarro
Eu tô tentando remar meu barco
Eu tô tentando armar um barraco
Eu tô tentando
Não cair no buraco...

Eu tô tentando tirar o atraso
Eu tô tentando te dar um abraço
Eu tô penando
Prá driblar o fracasso
Eu tô brigando
Prá enfrentar o cagaço...

Eu tô tentando ser brasileiro
Eu tô tentando
Saber o que é isso
Eu tô tentando ficar com Deus
Eu tô tentando
Que Ele fique comigo...

Eu tô fincando meus pés no chão
Eu tô tentando ganhar um milhão
Eu tô tentando ter mais culhão
Eu tô treinando prá ser campeão...

Eu tô tentando
Ser feliz (Ser Feliz!)
Eu tô tentando
Te fazer feliz...(2x)

Eu tô tentando entrar em forma
Eu tô tentando enganar a morte
Eu tô tentando ser atuante
Eu tô tentando ser boa amante...

Eu tô tentando criar meu filho
Eu tô tentando fazer meu filme
Eu tô chutando prá marcar um gol
Eu tô vivendo de Rock'n Roll...

Eu tô tentando
Ser feliz (Ser Feliz!)
Eu tô tentando
Te fazer feliz...(4x)

sexta-feira, 21 de agosto de 2009

"Pouca sinceridade é uma coisa perigosa, e muita sinceridade é absolutamente fatal" Oscar Wilde

Estou precisando de novas emoções. Sabe quando tudo está calmo demais, sem novidades? É assim que me sinto. Preciso agilizar os meus sonhos. Claro que eu sei que tudo tem seu tempo e que estou vivendo uma fase de estudos e estudos, mas sou adepta às novidades. Esses dias sem postar aqui no Bendizer estão diretamente relacionados com os meus dias de dedicação ao mestrado. Ainda não acabei de estudar tudo o que preciso, aliás acho que é sempre uma ação de vir a ser, ou seja, não existe término nesse processo, mas também quero fazer isso e outras coisitas más.
Tenho pensado muito sobre a forma que condicionamos a nossa vida e as interferências que deixamos tomar conta da nossa rotina. E elenquei um monte de itens que preciso dizer tchau o quanto antes. Não podemos deixar que certas situações se repitam, porque o hábito tende a naturalizar o que é extremamente surreal. Mas como fazer isso sem sofrer?
E ainda nesse processo de autoconhecimento que me encontro cheguei a conclusão de que mudei. Antigamente, sempre dizia muito o que pensava, na lata, e não me preocupava com a forma de me expressar. O famoso sincericídio que Bial falou no Big Brother. Matar os outros com palavras, sabe? E por receber sempre um feedback sobre isso: "Gaby, vc é mt estourada. Fala o que vem na cabeça e as pessoas terminam tendo medo de você. Não precisa falar tudo o que pensa, assim". De tanto ouvir isso, meio que, involuntariamente, resolvi mudar isso. Mas não foi uma mudança equilibriada. Hoje, tenho consciência disso. Ao invés de falar o que penso, permiti engolir sapos. Sabe aquela história de você não concordar e de não aceitar o que o outro fala, mas você não revida para não criar problemas? Pois bem. Enquanto isso, ouço os sapos gritando internamente como se pedissem liberdade.
Não sei ainda como fazer para aliviar isso, porque não dá para somatizar tudo. A infelicidade meio que consegue se alojar nesses espaços demarcados pelos desafetos não verbalizados e vai me martirizando com mágoa, dúvidas e desamor. Vou trabalhar isso na terapia, porque sozinha é difícil, viu? rsrsrs Mas estou confiante de que podemos superar nossas imperfeições com fé em Deus, é claro, e também fazendo a nossa parte. Não sou orgulhosa a ponto de me achar a grande maravilha do mundo. rsrsrs
No mais é isso...
Vamos mudar sempre. Vamos fortalecer o que temos de melhor e lapidar aquilo que nos faz infeliz.

quarta-feira, 19 de agosto de 2009

...

Estou no meio de um artigo científico e sem cabeça para pensar em mais nada. É verdade. Não sou mais tão multi quanto pensava. rsrsrs...
Espero que estejam todos bem. Em paz com você e com o mundo!!! :)
Acredito que a partir de segunda-feira consiga a retomar minha vida blogueira... Saudades fortes!!! :))

quarta-feira, 12 de agosto de 2009

Estou de volta pro meu aconchego...

Não morri não, meus queridos leitores do Bendizer! ahahahha A verdade é que o "bicho está pegando". As aulas se quer começaram direito e lá vem o calendário, prazos e correria. Pense que preciso escrever muito, muito mesmo que o não domino e é novo para mim? Nossa... fico tensa só em pensar. Mas ainda bem que tudo passa, né? Até uva! :)
Mudando de assunto, sábado passado foi o niver de meu maridão. Fizemos uma festinha aqui, recebemos amigos queridos, papeamos e festejamos por mais um ano de vida de quem está aqui ao meu lado sempre. Agora, ele está na faculdade de novo e já avisei: " se tiver alguma sem noção com conversinha fiada para o seu lado é só falar que vou lá tirar satisfação" ahahhahaa Barraqueeeeeira!!! Brincadeirinha... eu até sou brava, confesso, mas não sou ciumenta com essa intensidade, porque nossa relação é de muito respeito. ;)
Também queria registrar aqui que mereço parabéns. Sim, sim! Hoje estou agindo mais com a razão e de forma menos impulsiva. Não é o máximo!? Pra mim, que sempre sofri com as minhas atitudes impensadas, hoje já percebo que sei contornar melhor as situações que enfrento diariamente. Além disso, cada dia que passa estou mais envolvida com a terapia. Acho que encontrei a psicóloga certa e estou quase pedindo a ela para ser minha amiga de verdade! ahahahahah É vero... não há nada melhor do que você abrir seu coração com uma pessoa que não tem vínculo com você, de fato, e que possui uma visão diferenciada, longe de sentimentos. Quando sento naquele sofá, sou eu mesma. Ela disse que adora meu humor e como sou divertida, mas Queridão andou reclamando disso uns dias aí. Disse que eu estava mal-humorada demais. Respondi tendo palas de riso: "claro, você só me vem com problemas para resolver" hahahahahaha
Não vou mentir, né? Mas quem me conhece sabe que sou brincalhona, divertida, "boca suja"... só quando me sinto pressionada demais é que sou grossinha... aahahahahah Fazer o quê, né? Quem não tem defeito?
No mais é isso...
Hoje escrevi besteirinhas sobre minha vida, mas amanhã quero refletir um outro tema aqui: orgulho! :)
Fiquem em paz e deixem comentário...
Estou carente. :P

terça-feira, 4 de agosto de 2009

"Esqueça tudo, que tudo sobrevive" (Wilson Simoninha)

Estou light internamente. Nada de grandes emoções, nem revoltas, nem questionamentos. Na verdade, a terapia tem me ajudado, viu? São tantas emoções... rsrsrs Mas sinto que começo a colocar cada qual em seu cada qual. Vale a pena cuidar da mente. Vale a pena cuidar da gente. Hoje aproveitei para fazer uma faxina aqui nos meus livros. Aproveitei para separá-los por tema e por prioridade de uso. Separei exatamente os livros especializados e que me ajudam a refletir sobre o meu projeto no mestrado. Já os livros literários, resolvi guardá-los numa caixa. É verdade. Nessa altura do campeonato, não tenho como retomar e iniciar leituras que fujam do meu objeto de estudo. Isso é chato, eu sei, mas faz parte da minha escolha, né? O que mais queria, cá entre nós, era ler uma Marie Clarie e uma revista Nova sem culpa. Estou até pensando em ir ao salão de beleza o quanto antes para realizar esse desejo sem me pressionar demais. kkkkkk Parece brincadeira, mas a responsabilidade de ter que defender uma dissertação é muito grande e como sou extremamente exigente comigo, a situação chega a ser pior. rsrsrs
Amanhã começam as aulas de novo. Mais um semestre que me avisa: lá vem o exame de qualificação. Frio na barriga. Medo. Pavor! rsrs Por tudo isso, estou precisando seguir os "conselhos" do cantor Wilson Simoninha em sua canção É bom andar a pé e viver as coisas simples e boas da vida. Relax! "É bom andar a pé sem dinheiro, sem documento à favor do vento".
Vejam que canção emocionante:


É bom andar a pé


É bom andar a pé
sem sapato, sem direção a toa
na cabeça o sol
um boné
É bom andar a pé
devagar para aguentar o calor
e olhar a vista pro mar
melhor

É bom andar a pé
sem dinheiro, sem documento
a favor do vento
semi nu
É bom andar a pé
devagar para aguentar o calor
e olhar a vista pro mar
melhor

esqueça tudo
que tudo sobrevive
isto é tempo livre pra viver
é bom saber
andar acompanhado de ti
faz meu coração se sentir
melhor

É bom andar a pé
sem sapato, sem direção a toa
na cabeça o sol
um boné
É bom andar a pé
devagar para aguentar o calor
e olhar a vista pro mar
melhor

esqueça tudo
que tudo sobrevive
isto é tempo livre pra viver
é bom saber
saber não ocupa lugar
andar acompanhado de ti
faz meu coração se sentir
melhor

laralaralarará...
uh uh uh uh uh...
melhor




sexta-feira, 31 de julho de 2009

"Cuide-se como se você fosse de ouro, ponha-se você mesmo de vez em quando numa redoma e poupe-se." (Clarice Lispector)

Sabe aquela máxima popular que virou até música "quem gosta de mim sou eu?". Pois bem. É exatamente isso que tenho pensado nesses dias. Sua mãe pode lhe amar, seu pai com certeza, seu marido idem e seus amigos também. Mas, sem dúvida, quem gosta de você, potencialmente, é você mesma. E gostar de si mesma requer, acima de tudo, aceitação. É preciso aceitar quem somos. É preciso respeitar as nossas vontades e ideias. Tenho vivido boas experiências comigo mesma e por me conhecer tanto já consigo priorizar o que me faz bem e descartar o que vem apenas "sugar" a minha energia.
E por gostar de mim mesma, busquei ajuda médica para reduzir as minhas preocupações patológicas - o que está me fazendo um bem danado - e, ao mesmo tempo, voltei a me preocupar com a materialização do meu eu: meu corpo. Passei uns quatro anos focada em trabalho, estabilidade financeira e realização profissional. Depois de experimentar longas tentativas, percebi que trabalho é sempre trabalho, realização profissional não é se especializar apenas em algo e estabilidade financeira é um mito que tentarei alcançar, ainda, nos próximos anos. O que trago comigo dessa experiência é que não posso atingir tudo isso ao mesmo tempo agora se o mais importante - a minha paz - for colocada em xeque. Se o meu interior foi revirado pelo avesso, rasurando a minha estética.
Depois de sofrer um pouquinho - o pouquinho aqui é eufêmico, viu? kkk - concluí que preciso me reconhecer. Preciso gostar de mim, preciso me enxergar como aquela que foi construída por sua história sem descartar os meus sonhos e ideais. Por tudo isso, redobrei a minha atenção de dentro para fora e de fora para dentro. De dentro para fora busco trabalhar a minha espiritualidade, respeitar o meu silêncio, refletir mais sobre mim mesma, mudar hábitos e me reformar intimamente. O trabalho é longo e árduo, mas sou persistente. De fora para dentro, tento aliar a minha aparência com os meus sentimentos. Estou firme e forte na academia e já começo a perceber mudanças físicas, parei de roer as unhas (anran.. eca, né? kkk eu adorava!), minha alimentação evoluiu bastante e priorizo alimentos integrais (vou agora buscar os orgânicos), agendei médicos especializados para me acompanhar nesse processo, dermatologista, endocrinologista e fisioterapeuta,entre outros. Queridão disse que não sabe para quê tanto médico e eu respondi: "quem gosta de mim?" kkkkk Ele mesmo completou a frase! Por que não interessa o que o outro quer que você faça. Você precisa fazer o que você quer realizar. É você quem sabe como preenche as suas lacunas e as suas necessidades. Hoje, estou muito mais aberta para a vida, porque, neste momento, percebi que viver é melhor que sonhar.

quinta-feira, 30 de julho de 2009

"E quando vejo o mar existe algo que diz que a vida continua e se entregar é uma bobagem..."

Engraçado como somos, de fato, os donos das nossas próprias escolhas. Ontem, cheguei cedo ao congresso que aconteceu no Hotel Pestana e, ao invés de ficar sentada numa daquelas cadeiras solitárias, resolvi dar uma volta pelo local, mesmo sozinha. De reprente, encontrei uma porta aberta e um barulho forte. Resolvi entrar para ver o que era. E lá encontro: um mar revolto, verde-azul com pedras ao seu redor. O visual era tão interessante e simbólico que resolvi sentar ali mesmo, no chão. Fiquei totalmente hipnotizada com o balanço das ondas. Nossa.. fui até a infância e voltei. Senti uma paz interior que me trouxe à tona um monte de questionamentos que tenho me feito nesses 26 anos de vida. Obtive algumas respostas, outras se dissiparam naquele silêncio. Foram 40 minutos de contemplação. Parecia que estava fora da Terra e em outra atmosfera. A sensação mais marcante que tive foi a liberdade. Como é bom ser livre. Como é bom agir com o coração. E nesse resgate de memória lembrei de Boipeba, uma viagem que fiz com uma grande amiga minha Paty. Nossa... no auge da faculdade. Sem compromisso, sem responsabilidade. O mar de Boipeba para mim será sempre inesquecível. Tomamos banho de mar à noite e a lua parecia querer falar com a gente. Recomendo a todos. Vale a pena.
A imagem do mar também me fez lembrar dos meus medos. Dos meus receios. Das minhas dores. E com aquele turbilhão de paz consegui pontuar e fazer uma faxina interna. Coloquei cada item na prateleira certa. A vontade que tive foi de tomar um banho daqueles. Ficar horas e horas boiando naquelas águas. Resgatei, ainda, que aqui perto de casa também há um mar lindo e atraente, que pouco vou visitá-lo. Preciso ir mais vezes às areias de Piatã. O que senti ontem quero sentir mais vezes. Flutuei em meus pensamentos. Naveguei pelas minhas lembranças e senti saudade. Foi então que chorei. Afinal, as lágrimas são a materialização dos nossos sentimentos. O Congresso, sem dúvida, teve um novo sabor para mim. Muito mais do que lingüística, esse evento trouxe para a minha realidade a importância de valorizar a natureza. O infinito do mar me fez enxergar, ainda, que podemos ser o que quisermos. A nossa essência não é limitada. Não é mensurável e pontual. Hoje acordei mais leve e desejando que chegue logo sábado. Quero me esbaldar naquelas águas salgadas.

terça-feira, 28 de julho de 2009

"Vivemos esperando dias melhores"

Não escrevi ontem e nem hoje mais cedo, porque estou participando de um congresso aqui em Salvador. Daí, não deu! :( Mas fico com o coração apertado quando não escrevo, porque durante todo o dia percebo empiricamente quantas coisas ainda precisam ser registradas neste blog com a finalidade de compartilhar algumas opiniões e vivências. Além disso, esse espaço me permite, de forma didática, assimilar idéias que existem em meu pensamento mas que, muitas vezes, somem na imensidão dos fatos.
E hoje quero abordar um tema que, certamente, todo mundo já teve ou se ainda não teve terá. Desculpa, não é praga. Mas é natural. Tudo vai depender da sua perspectiva. Quem aqui nunca teve problemas? Quem aqui nunca ficou uma noite sem dormir preocupado? Quem aqui nunca chorou com dor na alma? Pois bem. Eu já tive e tenho problemas diariamente. Uns aparecem do nada. Outros parecem que não vão desaparecer nunca. Já alguns chegam com prazo de validade. O bom em ter problemas é saber que eles tendem a ser dissipados. Alguns, insistem em deixar resquícios e sua "cura" não é imedita. Mas o tempo, a força de vontade, a fé, o pensamento positivo e a atitude são grandes desatadores de nós. Ainda bem, viu? rsrsrs
O bom mesmo é a certeza de que dias melhores sempre aterrissam em novas vidas. Esses dias nos mostram, ainda, que vale a pena viver. As últimas vinte e quatro horas são passado.


Dias Melhores
Jota Quest
Composição: Rogério Flausino

Vivemos esperando
Dias melhores
Dias de paz, dias a mais
Dias que não deixaremos
Para trás
Oh! Oh! Oh! Oh!...

Vivemos esperando
O dia em que
Seremos melhores
(Melhores! Melhores!)
Melhores no amor
Melhores na dor
Melhores em tudo
Oh! Oh! Oh!...

Vivemos esperando
O dia em que seremos
Para sempre
Vivemos esperando
Oh! Oh! Oh!
Dias melhores prá sempre
Dias melhores prá sempre
(Prá sempre!)...

Vivemos esperando
Dias melhores
(Melhores! Melhores!)
Dias de paz
Dias a mais
Dias que não deixaremos
Para trás
Oh! Oh! Oh!...

Vivemos esperando
O dia em que
Seremos melhores
(Melhores! Melhores!)
Melhores no amor
Melhores na dor
Melhores em tudo
Oh! Oh! Oh!...

Vivemos esperando
O dia em que seremos
Para sempre
Vivemos esperando
Oh! Oh! Oh!...

Dias melhores
Prá sempre...(4x)

Uh! Uh! Uh! Oh! Oh!
Prá sempre!
Sempre! Sempre! Sempre!...


sábado, 25 de julho de 2009

"O meu Deus é o Deus do impossível..."

Não, não sou evangélica. Por falar sempre em Deus, muitas pessoas acham isso. Não vou aos cultos, não leio a bíblia deles e também não acho que vivo num mundo especial. O que não significa dizer que não fique tocada e sensibilizada quando ouço a "palavra" de Jesus ou que não choro ao ouvir as canções de Aline Barros. Também não sou católica, apesar de ter sido batizada com toda a tradição da Igreja Católica. Também não vou à missa aos domingos e nem em outros dias da semana. Aliás, aquele ritual me angustia muito. Não consigo decorar aquelas palavras e termino me sentindo uma grande artista em busca da melhor performance. A bíblia católica também não faz parte das minhas leituras. O que também não significa dizer que não me emocione quando vejo pela televisão a missa de Marcelo Rossi ou ouço alguma de suas canções.

Para mim, o que vale mais, de fato, é o Deus que carrego no coração. O meu Deus é tão grandioso, é tão soberano, é tão bom e especial, que ele ultrapassa qualquer convenção estabelecida pelos homens. O meu Deus não castiga. O meu Deus não exige o que não posso dar, porque Ele sabe as minhas reais necessidades. O meu Deus é o Deus dos milagres. É fiel. É bondoso. Não é um Deus vinculado a nenhuma instituição dessas. Entretanto, acho bonito e válido todas essas religiões, porque conseguem levar alegria, fé, esperança e amor aos lares. Através delas é possível acreditar mais na vida e em Deus. Todas às vezes que vou a uma igreja choro muito. Choro mais por perceber que ali dentro as pessoas estão precisando de conforto, paz, amor e esperança. A fé alheia me comove e muito. É a fé que muda o nosso destino. É a fé que nos permite a nossa melhora interna.

As minhas tentativas aqui na Terra giram em torno dos ensinamentos do Evangelho Segundo o Espiritismo de Allan Kardec. Digo isso, porque ser espírita, para mim, é uma grande tentativa. Requer paciência, requer força, requer, acima de tudo, amor ao próximo. Afinal, é fácil e prazeroso gostar de quem gosta da gente. O difícil é amar aquele que nos quer mal, que não gosta da gente. É ter caridade no coração quando sua vida vai as mil maravilhas. Quando você não precisa de ajuda. É olhar o outro como quem vê um irmão. Isso, para mim, é ter Deus no coração. E, confesso, que não consigo realizar parte dessas ações com tanta naturalidade. E é aí que preciso evoluir. É aqui que se localiza a minha tentativa em ser melhor.

Acredito na reencarnação, acredito que do outro lado há vida sim e que poderei reencontrar as pessoas que conheci aqui. Se deixar de acreditar nisso, acho que minha vida perde o sentido. Preciso dessa afirmação para me tranqüilizar. Para motivar a minha esperança na vida e no outro. Entretato, gostaria de ressaltar que não importa qual seja a sua religião ou a sua filosofia de vida, o relevante é ser bom. É colocar em prática os ensinamentos de Deus que são universais, como "fora da caridade não há salvação", "amai ao próximo como a ti mesmo", "perdoe setenta vezes sete...", entre outros.

Vamos celebrar o amor de Deus. Do seu jeito. Do nosso jeito. Do jeito que toque o seu coração e mude a sua vida.

Bom fim de semana a todos! :))


Deus do Impossível - Aline Barros