Viver é um eterno desafio. É aprender a lidar com os próprios erros e acertos. Escolhas bem feitas, outras nem tanto. É aprender a lidar com os próprios medos. É aprender a lidar com as próprias contrariedades e tentar combatê-las para mantermos a coerência. Ser coerente é um passo importante para evoluirmos. Alinhar o que sentimos, com o que dizemos e o que fazemos talvez seja uma das maiores batalhas da vida.
Não é simples, muito menos fácil agir em conformidade com o que, de fato, somos. E aí está um dos motivos do nosso sofrimento. Vamos nos camuflando. Vamos nos tornando aquilo que gostariam que a gente fosse. Vamos nos podando internamente e projetando uma imagem bastante distorcida do que, de fato, somos. Para muitos, um caminho sem volta. Para outros, a volta de um caminho mais feliz. É nesse caminho de volta que me encontro atualmente. (Obrigada, Poliana, por ter feito parte da minha infância! rsrsrs)
Vivi por alguns anos focada em algo que pouco condizia com a minha identidade espiritual. Passei a valorizar o que não tem apreço substancial. Passei a guardar meus sonhos mais profundos e completos por medo de não conseguir mantê-los vivos em mim. Preferi sonhar pisando no chão. E isso é possível? Não dá para viver verdadeiramente sem se arriscar. E eu que sempre fui tão aventureira...
Abrir mão do próprio sonho é um bom escudo para quem tem medo do fracasso. Mas, ao mesmo tempo, uma atitude involuntariamente corajosa, porque abrir mão de ser feliz é tatuar o fracasso naquilo que temos de mais precioso: o nosso coração. Um coração fracassado adoece a alma. Ainda bem que pude acordar há tempo. Ainda bem que Deus nos permite recomeçar. Ainda bem que sempre é possível limpar as prateleiras do coração e reorganizá-las, estabelecendo as devidas prioridades. Ainda bem que para ser feliz basta querer e, acima de tudo, acreditar em si mesmo. Que assim seja!