quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

Nunca é tarde para recomeçar...

Essa ausência do Bendizer reflete um pouco do que sinto aqui dentro: vazio. Muitas vezes, passamos pela vida sem apreciá-la. Deixamos o ponteiro do relógio caminhar sozinho, sem reflexão, sem foco, sem direção. De outubro para cá, algumas coisas novas surgiram. Mudei de trabalho, deixei a unha crescer, comecei a emagrecer. Teoricamente, consegui atingir muitas metas que lancei no ano passado, só que não contava que elas me trariam alguns conflitos internos. Elas me fizeram enxergar o quanto preciso reencontrar aquela Gabriela mais crente no ser humano; aquela Gabriela otimista; aquela Gabriela prestativa; aquela Gabriela mais consciente do seu papel aqui na Terra; aquela Gabriela que odeia injustiça, mas sabe que violência - seja ela física ou verbal - só gera violência e revolta; aquela Gabriela que gosta de chegar chegando, porque faz parte da sua natureza e não para chamar a atenção do outro; aquela Gabriela que por onde passa esbanja alegria e esperança; aquela Gabriela que não se preocupa com o que os outros vão pensar; aquela Gabriela generosa; aquela Gabriela que aceitava o erro do outro; aquela Gabriela que não deixa o lado profissional abalar a sua vida pessoal, enfim, aquela Gabriela que deixou saudades para mim mesma, mas que já começa a desabrochar novamente. 

Confesso que no meio de tanta decepção - o que é totalmente natural na vida - não soube manter o mais valioso que tenho aqui dentro do coração: a minha essência. Fui criando escudos, cavernas, lixos em prateleiras internas, que, posteriormente, se transformaram em mágoas. E tem sentimento mais venenoso do que a mágoa? É ela quem gera a raiva, o ressentimento, a ira e muitas doenças físicas. Hoje sei que preciso entender que aquilo que o outro faz nem sempre tem o sentido que a gente dá aquela tal ação. Às vezes, a pessoa nem tem consciência de que está lhe machucando, mas com as nossas frustrações tendemos a super dimensionar atitudes que, em outras situações, poderiam não ter representatividade alguma. 

Por isso, voltei a fazer terapia. Estou retornando a minha consciência, porque, cá entre nós, estava num outro planeta...  Em 2010, aprendi que o desafio da vida é vivenciar as suas variadas etapas preservando a nossa própria natureza, respeitando os nossos reais sentimentos. Diante disso, em 2011 vou me policiar ao máximo para me melhorar como ser humano. O Bendizer sempre foi uma terapia para mim, porque escrevendo externalizo o que penso e, ao mesmo tempo, assimilo com mais intensidade meus pensamentos. Neste novo ano, voltarei a cuidar do Bendizer, porque muito mais do que um blog virtual ele é um espaço de reflexão sobre a vida. Espero que não somente para mim, mas para você também. Juntos, nesta caminhada, poderemos nos ajudar. Eu topo. E você?

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