A frase-título deste post nos inspira a pensar sobre o nosso papel aqui na Terra. Sempre me peguei pensando o que, de fato, vim fazer nesse lugar. Logo de início percebi que não estava a passeio e que a minha participação aqui não era contemplar o mar, as belezas da natureza em geral ou curtir festas e usufruir de prazeres terrenos como se tudo o que fizesse não tivesse um propósito.
Até aí acho que encontrei uma linha de raciocínio. Será? Continuei e continuo observando o que ocorre ao meu redor. Conheci e conheço diariamente pessoas agradabilíssimas, daquelas que passaria horas conversando e falando desde os assuntos mais simples até aqueles mais complexos. Em contrapartida, também me deparei e me deparo com dissabores. Pessoas das quais não tenho e sinto que não terei afinidade para conversar ou receber em casa, mas que, certamente, não surgiu na minha vida por acaso. E são nessas horas que tenho a plena convicção de que não estamos numa colônia de férias. Como lidar com as situações adversas que surgem em nossa vida? Como gostar de quem não gosta da gente? O que seria esse gostar?
Questionamentos que não tenho resposta e que gostaria de ter. Lá no fundo, sei que o ideal sempre é colocar em prática os ensinamentos de Cristo. Aquele que norteia a sua mensagem, a sua palavra: "Amai ao próximo como a ti mesmo". Mas como é difícil, né? Gostar de quem gosta da gente é simples e gostoso. Adoro receber meus amigos em casa, tenho prazer em preparar uma comidinha, petiscos e arrumar o espaço para ter uma noite em companhia daqueles que me fazem bem. O difícil mesmo é saber como agir com aqueles que não conseguimos identificar nenhuma linha de aproximação. Nada. Zero. Afinidade passou longe.
Por isso, essa frase de Chico Xavier despertou a minha atenção. Ora, se "ninguém é bom por acaso e a virtude deve ser aprendida", segnifica dizer que ser bom é um exercício diário. Reconhecer as próprias limitações e frustrações ciente de que podemos nos lapidar e sermos pessoas melhores parece ser um ótimo começo. Parafraseando Aristóteles, ao afirmar que "somos o que repetidamente fazemos. A excelência, portanto, não é um feito, mas um hábito", chegamos a conclusão de que se passarmos a agir de acordo com a Lei de Amor, perdoando os nossos inimigos constantemente, isso passará a ser um hábito e a dor ocasionada pelo orgulho ferido não existirá mais.
Reconheço o quão és difícil e confesso que ainda não tenho essa evolução espiritual, mas ao escrever aqui começo a tomar consciência e retomar o meu papel aqui na Terra. O caminho é longo, mas com perseverança e humildade conseguiremos reverter o jogo e combater a vaidade e o ego. Afinal, tudo posso naquele que me fortalece.
Um comentário:
Estava com saudades...não abondone o bendizer, esse blog é minha fonte de reflexão.
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