quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

"E quando vejo o mar existe algo que diz que a vida continua e se entregar é uma bobagem..." (Renato Russo)

Sinto-me de férias. É verdade que nunca tirei férias, de fato, mas os últimos dias têm sido de descanso e sossego. Hoje fiquei a manhã inteira na praia. Estou toda rosadinha... ihihhihih E amanhã, se Deus quiser, tem mais. Só que o fato de ir à praia me trouxe uma reflexão. Moro em Piatã há mais de 17 anos e, só agora, o mar que consigo ver da minha janela do quarto começou a fazer sentido. Sempre passava por ele, admirava o seu valor, mas não tinha coragem de visitá-lo com tanta intensidade e amor como tenho feito nos dias anteriores. Normalmente, ia aos sábados bem rapidinho. Mas nesta estação meu compromisso com ele foi firmado. Digo isso, porque, muitas vezes, valorizamos o que não está ao nosso alcance. É como se o que temos pertinho de nós não fosse tão precioso como aquele que desejamos. É a velha história que santo de casa não faz milagre.

Quantas vezes parei um trabalho e pensei: "queria tanto estar em Boipeba agora... no meio daquele mar, sem pensar em nada..." E hoje, enquanto mergulhava, cheguei a conclusão de que Boipeba também é aqui, porque, na verdade, não me interessa o lugar, mas a paz e o momento de desapego que aquela ilha me proporciona. Também senti isso com o que tenho aqui bem próximo a mim. Além de um mar verde-azul, ele possui um temperamento totalmente atraente: ora calmo, ora com ondas.  A simplicidade da vida está ao nosso redor. Mas a "cegueira da alma" ou a nossa vaidade exacerbada nos leva a escolher o que está mais longe, o que nos representa o impossível naquele momento. A sabedoria popular diz que "só percebemos o valor da água depois que a fonte seca".  

Por isso, vamos valorizar o que nos cerca. Perdemos muito tempo valorizando o vizinho e esquecemos que bem perto de nós também existem tesouros. Isso vale não apenas para a natureza, mas também para as nossas relações sociais. Por que para alguns é melhor reconhecer o potencial de quem está fora do seu meio do que aquele que está dentro? Acredito que seja a síndrome do sucesso alheio. Quando o sucesso do outro faz parte dos seus planos e você não o tem deixa de ser reconhecimento e passa a ser inveja. É como dizia Salvador Dali: "o termômetro do sucesso é apenas  a inveja dos descontentes". Isso merece outro post. (rsrsrs)

terça-feira, 15 de dezembro de 2009

"Mude, mas comece devagar, porque a direção é mais importante do que a velocidade" (Clarice Lispector)

Ano novo, vida nova! Não é assim que dizemos neste período? É interessante como fechamos determinados ciclos de acordo com o calendário. E como bem ressaltou Carlos Drummond de Andrade, "quem teve a ideia de cortar o tempo em fatias, a quem se deu o nome de ano, foi um indivíduo genial".  Isso porque a cada ano renovamos a esperança em algo. Costuramos novas histórias e novos caminhos. Desejamos o novo sem medo de deixar de lado o que passou.

O que fazer, então, para dar um novo rumo à vida? Afinal, parafraseando Camões, "jamais haverá ano novo se continuar a copiar erros velhos".

Acredito que o primeiro passo é identificar o que nos incomoda e, a partir daí, montar uma estratégia para superar tais desafios.  Não adianta só querer mudar é preciso ter atitude para seguir em frente. O mais interessante nessa época é que nossos corações transbordam tanto de bons sentimentos que tudo em nossa ganha um novo sabor. Vamos apreciar esses momentos, exalar amor e esperança e, claro, reforçar a nossa fé.

Escrevendo esse post, lembrei da música Do It, de Lenine. Tem tudo a ver com a dinâmica da vida e a beleza da mudança! Sejamos práticos também, né? Remoer o que nos faz mal é pedir para sofrer. Mude !

Do It
Lenine

Tá cansada, senta

Se acredita, tenta
Se tá frio, esquenta
Se tá fora, entra
Se pediu, agüenta
Se pediu, agüenta...


Se sujou, cai fora
Se dá pé, namora
Tá doendo, chora
Tá caindo, escora
Não tá bom, melhora
Não tá bom, melhora...


Se aperta, grite
Se tá chato, agite
Se não tem, credite
Se foi falta, apite
Se não é, imite...


Se é do mato, amanse
Trabalhou, descanse
Se tem festa, dance
Se tá longe, alcance
Use sua chance
Use sua chance...


Hê Hô, Hum! Nanananã!
Hê Hô, Hum! Nanananã!
Hê Hô, Hum! Nanananã!
Hê Hô!, Hum!...


Se tá puto, quebre
Ta feliz, requebre
Se venceu, celebre
Se tá velho, alquebre
Corra atrás da lebre
Corra atrás da lebre...


Se perdeu, procure
Se é seu, segure
Se tá mal, se cure
Se é verdade, jure
Quer saber, apure
Quer saber, apure...


Se sobrou, congele
Se não vai, cancele
Se é inocente, apele
Escravo, se rebele
Nunca se atropele...


Se escreveu, remeta
Engrossou, se meta
E quer dever, prometa
Prá moldar, derreta
Não se submeta
Não se submeta...

segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

"Não tenho medo de sofrer, eu não me importo em chorar. Tudo que quero é viver um sonho lindo" (Léo Maia)

Depois de pesquisar muito na Internet, encontrei a letra de uma das canções mais lindas que ouvi nos últimos dias na Nova Brasil FM e, claro, gostaria de compartilhar aqui no Bendizer. A letra é muito interessante e, apesar de falar de um amor não correpondido e do sofrimento do amor platônico, traz uma mensagem linda para a nossa vida.  É como se pudéssemos atribuir um novo sentido à letra, não limitando-a ao universo amoroso. Afinal, precisamos enfrentar nossos medos. Precisamos redesenhar novas histórias e abrir novos ciclos. Precisamos observar as pistas que a vida nos dá diariamente para sermos felizes. "Se caiu levanta desse chão. Viver é se arriscar..."


Revanche
Léo Maia


Não tenho medo de sofrer
Eu não me importo em chorar
Tudo que eu quero é viver
Um sonho lindo


Com tanta gente nesse mundo
Alguém será meu bem querer
Porque não vou envelhecer
Triste e sozinho


Se a dor marcou seu coração
Outro amor vai te curar

Sai da solidão
Tem medo não
De novamente se entregar


Se caiu levanta desse chão
Viver é se arriscar
Quando ele chegar
Os sinos vão tocar
Os pés vão flutuar
A boca vai secar
A terra há de tremer
Os pássaros cantar o amor


Pode vir do mar
Da terra ou do ar
Das asas do avião
Da mesa de um bar
Promessas de verão
Nos beijos de um beija-flor

"Se tudo no mundo nos leva para baixo, então a leveza é o ato de dizer não ao peso" (Ítalo Calvino)

Como podem ver, o Bendizer está de cara nova. Já estou me preparando para 2010 e esse espaço reflete o que carrego em mim. Estou numa fase leve. Digamos, assim, que estou projetando a leveza para minha vida como algo fundamental, essencial. Aliás, é, sem dúvida, uma grande meta para o ano que vem. Digo isto, porque quem me conhece sabe que levo (ooops, levava... o poder da mente ajuda... rsrs) tudo muito a sério. Diante dessa triste constatação e de todos os sabores que experimentei no último ano, aprendi que preciso tirar o peso das coisas.

E, engraçado, como revalorizamos algo quando construímos novos sentidos. Essa frase-título do post é de um texto que li na disciplina "Metodologia de Pesquisa", no mestrado, e como estava muito envolvida nos estudos, minha leitura do texto de Ítalo Calvino, intitulado Leveza, naquele momento, se resumiu apenas ao universo acadêmico. "É preciso estar leve para enfrentar o insuportável peso de ser". Naquele contexto, ele foi como um bálsamo para as minhas inquietudes como pesquisadora, mas depois de fazer um balanço sobre minha vida e as minhas perspectivas precisei resgatá-lo.

Comecei a elencar o que queria, de fato, para 2010. Saúde, amor, paz em família, prosperidade. Claro. Isso tudo está no ranking dos meus desejos, sempre, diga-se de passagem. Mas alguma coisa estava faltando. Aí pensei: "preciso não levar tudo tão a sério. Preciso voltar a sorrir mais e me estressar menos. Preciso ter inteligência emocional". E como resumir isso em uma palavra? Leveza. Pimba! Batata-frita... rsrsrs

O que fazer, então, para conseguir essa tal leveza? Bem... não sei, ao certo, mas acredito que a leveza não tem a ver com a camuflagem de sentimentos. Não significa marginalizar os sentimentos com medo de sofrer, nem tampouco ser omisso. A leveza, sem dúvida, está na capacidade de nos reinventarmos, de transformar o feio em algo belo. Em nos proporcionar momentos de paz quando tudo parecer fugir ao nosso controle. É reforçar a fé e semear o amor. Em nós mesmos e também no outro.

Uma semana leve para vocês! :)

sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

Qual o motivo das nossas aflições?

Como qualquer adolescente, era extremamente ansiosa. Fazia tudo correndo e tinha pressa de não sei o quê. E em um belo dia disse em alto e bom som que estava muito ansiosa com as provas escolares. Uma pessoa próxima virou para mim e disse: “Não precisa ficar ansiosa. Ansiedade é sintoma de quem não tem fé em Deus”. Ao ouvir isso, dei risada. Não como um deboche, mas achei que naquele contexto a pessoa que emitiu tal opinião estava sendo extremamente alienada. Afinal, eu jamais iria imaginar que o fato de estar ansiosa estivesse atrelado a algum questionamento religioso. Até porque, desde sempre fui muito ligada à espiritualidade e conversar com Deus sempre foi uma prática contínua em minha vida.

Os tempos passaram e mais amadurecida resgatei aquelas palavras que, naquele momento, não fizeram tanto sentido para mim. Ela queria dizer que quem tem fé em Deus não precisa ficar ansioso ou temer qualquer situação, porque Ele está à frente de tudo e no controle das nossas vidas. Nessa perspectiva, concordo. Acredito, mesmo, que estamos acompanhados e que não precisamos ter medo do amanhã, porque tudo acontecerá de acordo com a vontade de Deus e, também, com as nossas escolhas.

Mas aí eu pergunto. Por que as pessoas sofrem tanto? Por que as aflições as arrebatam de tal ponto que pensam em retirar a própria vida? Por que a angústia permanece em nossos corações por muito tempo? Como um Pai deixaria que seu filho sofresse tanto? Acredito que cada um já tenha pensado sobre isso e que vai de cada religião. O Espiritismo, religião que acredito, diz que o sofrimento faz parte do processo de evolução do espírito. Ressalta, ainda, que muitas aflições de hoje são conseqüências de encarnações passadas, mas que a grande maioria é causada nesta própria vida.

Acredito que a todo o momento nos deparamos com situações que fogem o nosso controle. Mas, cá entre nós, por mais doloroso que seja admitir isso, somos os principais causadores das nossas aflições. Uma escolha errada. Uma teimosia aflorada. Um sentimento de mágoa transbordando a garganta. Seja lá qual for o motivo, estimulamos e criamos a maioria das nossas aflições. Pode ser involuntário. Pode ser, inclusive, inconsciente.


Mas se fizermos uma reflexão do que tem tirado o nosso sono vamos identificar que temos “culpa no cartório”. Culpa aqui nesse contexto é apenas um termo popular, mas não acho que temos culpa de nada. Somos eternos aprendizes. Caminhamos tentando acertar e, nessas tentativas, também erramos. O importante é aprender com os erros e ser humilde para aceitar que não somos os donos da verdade e nem melhores do que ninguém.

Só que pense pelo lado positivo. Também poderemos eliminar as aflições que tanto nos entristecem. Que tanto nos colocam para baixo. Basta identificarmos quais são. Uma vez, dei uma dica aqui no Bendizer de como faço para resolver as minhas angústias. Anoto no papel tudo aquilo que tira o meu sono ou me deixa triste. Identifico ponto por ponto e vou para o ataque. Temos livre-arbítrio para mudar o que nos incomoda. Podemos recomeçar sempre. E, garanto, responsabilizar o outro pelas nossas aflições é dar vazão a um dos principais causadores da guerra: o orgulho.



O importante é seguir em frente, ter força, fé, acreditar em si mesmo e dissipar as aflições. Aprenda com elas, agradeça o aprendizado e se policie para não repetir novos erros. É difícil. Eu luto diariamente para que as mesmas aflições não venham ao meu encontro. Mas estou de olho nelas e, claro, em mim também.

segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

Que venha 2010! :))))

Resolvi reescrever o mesmo questionário que escrevi no final de 2008, fazendo um balanço do ano de 2009. Tudo bem que ainda não terminou, mas como sou ansiosa resolvi postar logo... ihihihihi


1) O que você fez em 2009 que nunca tinha feito antes?

Apresentei trabalhos científicos em congressos e amei essa novidade na minha vida profissional.

2) Você manteve as resoluções de ano novo de 2009 e fará novas para 2010?
Nem tanto. Queria ter emagrecido mais e mudei alguns planos no decorrer do ano, como a gravidez. Se Deus quiser, em 2010 realizarei o sonho de ser mãe. Quanto aos pedidos para 2010, já fiz a minha lista, sim. Não mantive quase nada do ano que passou...

3) Que lugares você visitou?

Este ano viajei para Belo Horizonte e Paraíba para participar de dois congressos. Ano que vem, pretendo viajar mais com o Queridão para relaxar a mente e a alma.

4) O que você gostaria de ter em 2010 que faltou em 2009?
Leveza. Deixei que pequenas situações me tirassem do sério e, em 2010, a leveza estará entre os meus três primeiros desejos, perdendo apenas para Saúde e Paz em Família.
5) Que data de 2010 vai ficar marcada em sua lembrança?

4 de fevereiro. Dia que recebi a ligação dizendo que passei no mestrado. Só em lembrar, fico emocionada. Um sonho concretizado.

6) Qual sua maior realização no ano?

Foram duas realizações: o mestrado e ter voltado à espiritualidade com o Evangelho no Lar.

7) Qual foi o seu maior fracasso?

Não lembrei de nada que pudesse caracterizar como fracasso. Tive momentos difíceis, de tristeza, de reflexão. Mas fracasso, não identifiquei... Tudo que tentei, corri atrás, fui presenteada. Deus existe.

8) Você teve alguma doença?
Graças a Deus, sem problema algum.

9) Qual foi a melhor coisa que você comprou?

Livros. Esse ano passei boa parte do tempo em livrarias. O investimento foi alto e valeu a pena. Amo ler.

10) Que comportamento mereceu comemoração?

Um pedido de desculpas a uma pessoa que foi muito importante para a minha vida profissional e que eu decepcionei. Depois que assumi os meus erros e pedi perdão me senti mais feliz e me reconheci no espelho. Essa é a Gaby Lacerda. :)

11) Que comportamento foi deprimente?

Todas às vezes em que perdi o equilíbrio emocional e alterei o tom de voz. Deprimente e, aos poucos, vou lapidando isso...

12) Pra onde foi a maior parte do seu dinheiro?
Livros e congressos...
13) O que te deixou realmente excitado?

O mestrado. Ingressar na área acadêmica mexe com os meus hormônios!
14) Que canções sempre vão te lembrar de 2010?

Onde Deus Possa me Ouvir (Vander Lee), Lucky e I´m Yours (Jason Mraz)
15) Comparando-se com essa época, no ano passado, você está:
I. mais feliz ou mais triste? Muito mais feliz!
II. mais magro ou mais gordo? Um pouco mais magra...
III. mais rico ou mais pobre? Mais rica... rsrsrs
16) O que você queria ter feito mais?

Queria ter sido mais socialmente responsável. Mas 2010 que me aguarde! rsrs
17) O que você queria ter feito menos?

Ficado nervosa... ihihihiihh Ter sido menos pavio curto...
18) Como vai passar o reveillon?

Sabe que ainda não sei?
19) Você se apaixonou em 2010?

Sou apaixonada pelo meu marido. Já estamos há quase 5 anos juntos, sendo que 3 anos de casados!

20) Qual foi seu programa de TV favorito?

Nossa... foram tantos! Saia Justa, Oprah, Dr. Phill, The Hills, Irritando Fernanda Young, entre outros...

21) Você odeia alguém hoje que não odiava há um ano?

Graças a Deus, não!

22) Qual foi o melhor livro que você leu?

Eu sou viciada em livros da minha área de jornalismo, mas me encantei por jornalismo ambiental. Amei o livro Meio Ambiente no Século XXI. Comecei a enxergar o mundo com outros olhos.

23) Qual foi a sua maior descoberta musical?

Jason Mraz.

24) O que você quis e conseguiu?

Saúde em ordem, ter passado no mestrado e muitas conquistas profissionais, como ter trabalhado na Agecom, emprego que desejei há muito tempo, e job nas assessorias de imprensa do Barra Fashion e na mega turnê do Rei. Ahhhh... parei de roer as unhas também! Uhuuuuu !!!
25) O que você quis e não conseguiu?

Ficar bem magra. Ainda não consegui...

26) O que você fez no seu aniversário?

Fiz uma festa com meu irmão, que também faz niver em fevereiro. Foi super legal !!!

27) O que teria feito o seu ano infinitamente melhor?

Sou muito grata a Deus pelo ano que tive. Foi muito bom do jeito que foi. Não queria que tivesse mudado nada!!! Saúde, paz em família, realização profissional, remuneração, amigos, enfim...
28) Como descreveria seu modo de se vestir em 2010?

Entre o formal, por causa do trabalho e da vida acadêmica, e o jovial. Mas estou pensando em implantar o estilo hippie... hahahaha

29) O que manteve a sua sanidade?
Fé em Deus.

30) Qual episódio da política que te deixou mais puto?

O caso Arruda, além de alguns pontos da política baiana... Prefiro não comentar.

31) De quem sentiu falta?

Sou saudosista por natureza. Senti falta de pessoas que já não estão mais aqui entre nós e falta da infância, do meu pai morando em Salvador, dos momentos com minhas amigas na faculdade...

32) Quem foi a pessoa mais legal que você conheceu?

Eunice, uma colega do mestrado que tem um coração enorme. Além disso, adorei conhecer os novos amigos de Thi da faculdade.
33) Diga uma lição valorosa que aprendeu em 2010:

Aprendi que precisamos dar leveza a nossa vida, nos preocuparmos menos e agradecermos mais. Além disso, deixar os preconceitos de lado, aprender a pedir perdão e reforçar a fé em Deus diariamente.

domingo, 6 de dezembro de 2009

“O importante é que emoções eu vivi...”

Demorei, mas cheguei ! rsrsrs Sim, tudo bem que fiquei ausente do Bendizer por longos dias, mas estou de volta e trago boas notícias.


Em 18 de julho deste ano, escrevi um post sobre um sonho que tive:

"... gostaria de contar um sonho que tive essa noite. Sonhei que estava dentro de um mar calmo e ao lado de um tinha uma ponte enorme de madeira. Eu estava ao lado dessa ponte e, sozinha, cantava, como se fosse um mantra, versos da música Emoções de Roberto Carlos. Entre lágrimas, sentia a energia positiva de cada palavra. "Em paz com a vida e o que ela me traz. Na fé que me faz otimista demais".

Num primeiro momento, pensei que fosse apenas um sonho recheado de esperança, mas cinco meses depois recebi a ligação que comprovaria toda a minha fé: “Gaby, você está a fim de fazer a assessoria de imprensa do show do Rei em Salvador? Confio em você, em seu texto e em sua competência”.

Na mesma hora, disse: “Claro!”. Ao desligar o telefone chorei. Fiquei extremamente feliz. Primeiro, por ter sido lembrada e reconhecida profissionalmente, segundo por assessorar um mega show como este, ainda mais, de um ícone brasileiro.

Deus, de fato, reconhece as nossas necessidades. Esse trabalho que realizei durante os últimos 10 dias e que se encerrou ontem com um show de arrepiar e emocionar me trouxe muitas coisas boas.

A cada dia, Deus prova que está o tempo todo nos guiando e nos levantando. Durante o trabalho, conheci um colega que dizia não ter fé. E eu disse para ele: “Você já desejou algo que queria muito, que achava impossível e o milagre aconteceu?” Ele me respondeu: “Não. Não sou de pedir. Sigo de acordo com a vida”. E eu disse: “Talvez, você precise desejar algo e, ao ser concretizado, você vai perceber que não está sozinho. Além disso, observe as pistas que Deus envia. Os sinais nos levam a realizar sonhos quase impossíveis”, disse a ele.

Não consigo me enxergar neste mundo sem a fé em Deus. Não consigo receber uma notícia dessas sem estabelecer uma relação de benção. Digo isso, porque estava num momento estático, estudando muito, e três semanas antes, em minhas orações pedi que Deus me enviasse algo dinâmico para a minha vida profissional. E não é que Ele mandou?

E tenho percebido que estou mudando. Aos poucos, mas estou. Antigamente, era muito vaidosa, imatura. Precisava me autoafirmar (é junto mesmo, agora com a nova regra... fica estranho, né? Rsrsrs) e por isso saía contando para todo mundo as minhas alegrias. Hoje, sei que quanto mais barulho faz a carroça, mas vazia ela é.

Quando recebi a ligação para fazer essa assessoria compartilhei com meus pais e meu marido. Não queria que esse trabalho representasse status, porque sei que todo mundo me diria: “Que chique, Gaby!”

Percebi que o bom da vida é a simplicidade. Quando alardeamos nossa participação em situações que simbolizam, no imaginário coletivo, poder e ostentação, no fundo, buscamos reforçar para o outro como somos importantes. E, cá entre nós, nos limitamos à superficialidade desses momentos, que não nos tornam pessoas melhores do que o nosso próximo.

Executar um trabalho desse porte, para mim, é um sonho, uma grande conquista e uma grande benção. É a certeza de que lá em cima Deus acompanha o nosso íntimo. O nosso coração.

Se quiser muito algo, peça. Peça com vontade. Quando faço meus pedidos sempre ressalto que “se for do meu merecimento” que Deus realize a minha vontade. E lá de cima Ele sinaliza. Por isso, não deixe que a fragmentação da contemporaneidade, as práticas desumanas e a perversidade alheia retirem a sua fé. Não desista e abra seu coração.