domingo, 22 de março de 2009

Quanto vale o amor?

Que vivemos num mundo "irritantemente" capitalista, acredito que todos nós tenhamos consciência disso. Mas, o que você pensa a respeito dessa temática? Eu, particularmente, fico completamente angustiada com a inversão do ser para o ter. Uma certa feita, ouvi uma pessoa dizer que há algum tempo nos preocupávamos mais com o ter do que com o ser, mas que, na contemporaneidade, queremos transmitir uma imagem de que "parecemos" que temos e "parecemos" que somos. Tudo fica apenas no campo da aparência. Do que está ali, evidente. Do que está na camada superficial do ser humano. Do que nos permite julgar o outro ou avaliar quanto ele vale. E concordo com isso. Muitas vezes me pego preocupada com a roupa que vou vestir, se meus cabelos estão sedosos e se a minha maquiagem tem filtro solar. Confesso que fico tensa com algumas posturas que tomo diariamente, mas sempre separo um tempinho do meu dia para revaliar atitudes e conceitos próprios. 

E nesse universo onde tudo tem um preço, qual é o seu? Quando me questionei sobre isso, pensei: "como assim, eu tenho um preço? Vai procurar o que fazer..." Mas depois, com sensatez e razão, constatei, com alguns exemplos, que, de fato,tenho um preço. Ou melhor, minha mão-de-obra tem um preço. Meus valores, não! Por exemplo, quando vou fechar algum contrato com cliente estabeleço um valor-base, ou seja, estipulo um preço para meu trabalho, mínimo. Caso não atinja esse número, não tenho como realizar de forma profissional a minha proposta de trabalho e, com isso, rejeito. Pois bem. Isso tenho bem claro na minha vida. Mas, jamais, vou estabelecer um valor para  a minha moral, para os meus sentimentos, para o que existe de melhor em mim: o meu coração. Não consigo separar sentimento afeitvo de pureza; nem amor de sinceridade. Mas não julgo que troque sentimentos por roupas, sapatos, status, beleza, din din e conforto. Só não conseguiria agir assim. Não gosto de depender do outro e, muito menos, usar as pessoas para me beneficiar com artifícios materiais. Posso até pedir um favor a alguém muito próximo numa situação de socorro. Não sou orgulhosa a tal ponto de achar que não preciso de ninguém. Eu preciso. E muito! Não sou ilha e, graças a Deus, muitas pessoas especiais reforçam essa afirmativa em minha vida. Mas daí ser calculista a ponto de "colar" em alguém para se beneficiar por tabela... jamé!

Aproveito esse tema para deixar aqui a nova música do Jota Quest, La Plata. Essa canção é justamente uma crítica a tudo isso. E eu? Assino embaixo!

la plata

jota quest

Composição: Rogério Flausino

Grana suja
Grana justa
Grana fácil
Grana curta
Grana pra você comprar ajuda

Grana sexy
Grana vídeo
Grana moda
Grana vício
Grana pra você comprar destinos

Pedágio, plágio
A grana do tráfico
Suborno, conforto
A grana do jogo
Grana pra você comprar o almoço

Quanto vale o show?
Quanto vale o amor?
Quanto vale, então, fazer das tripas coração?
Quanto vale o som?
Quanto vale a dor?
Quanto vale a culpa e um pouquinho de atenção?

Grana suja
Grana justa
Grana fácil
Grana curta
Grana pra você comprar ajuda

Grana sexy
Grana vídeo
Grana moda
Grana vício
Grana pra você comprar destinos

Pedágio, plágio
A grana do tráfico
Suborno, conforto
A grana do jogo
Grana super-star 3º mundo...

Quanto vale o show?
Quanto vale o amor?
Quanto vale, então, fazer das tripas coração?
Quanto vale o som?
Quanto vale a dor?
Quanto vale a culpa e um pouquinho de atenção?

"Yo estoy sen un puto man...
Yo estoy na capa...
La plata que me mata...

¿La plata, donde está?
Bésame mucho...Bésame...
Bésame muuucho..."

Quanto vale o show?
Quanto vale o amor?
Quanto vale, então, fazer das tripas coração?
Quanto vale o som?
Quanto vale a dor?
Quanto vale a culpa e um pouquinho de atenção?
Quanto vale o show?
Quanto vale o amor?
Quanto vale, então, fazer das tripas coração?
Quanto vale o som?
Quanto vale a dor?
Quanto vale a culpa e um pouquinho de atenção?

"¿Por qué no te callas?"


sexta-feira, 13 de março de 2009

Você sabe o que é ter um amor, meu senhor? (Lupicínio Rodrigues)

Difícil definir o que é amor. Mas, cada um de nós, possui um conceito em torno desse assunto. Não precisamos concordar, afinal, amor é, simplesmente, o maior sentimento de qualquer relação. O que me refiro neste post tem a ver com o amor entre homem e mulher. O amor que desejamos diariamente. O amor companheiro; o amor cúmplice; o amor admirado; o amor sincero; o amor respeitoso; o amor fiel; o amor honesto; o amor especial, enfim, o amor. A essência é sempre a mesma, porque, se não for, não é amor. 

Não quero entrar nas diferenças do amor e da paixão, porque hoje quero celebrar o AMOR. O amor que encontrei ainda na faculdade e que hoje comemoramos 4 anos juntos. Desse total, 2 anos e três meses são de casados. Agradeço diariamente a presença de meu Queridão em minha vida, porque fomos feitos um para o outro - desculpe-me o clichê, mas é verdade! rs 

Sabe aquela história da tampa e da panela? Da metade da laranja? Pois bem. A nossa sintonia é boa parte do tempo harmônica. A pequena parte também perpassa por conflitos, afinal, somos, enquanto humanos, formados por pensamentos divergentes e lutamos para emplacar as nossas opiniões. Mas tudo isso é contornado quando se tem amor. Desejamos, a todo tempo, aumentar a nossa família. Sentimos que está chegando a hora. E estou tão feliz por isso! :)

Desejo a todos que ainda buscam o amor sorte, fé e determinação. Porém, acredito que cada um já tem um amor a sua espera. Basta só o quebra-cabeça da vida costurar o caminho desse encontro. O amor é um bálsamo. É um motivador para viver mais feliz. 

Hoje, a sexta-feira será de comemoração a dois. ;)

Bom final de semana a todos e lembrem-se: vamos amar, meu povo!!!

terça-feira, 10 de março de 2009

Tenha felicidade bastante para fazer a vida doce!

Não, não é descaso ou indiferença com o Bendizer. Mas o tempo tem passado depressa e os afazeres começam a ocupar todos os minutos do meu dia. Tenho consciência de que, daqui para frente, será assim. Mas sei, também, que assim que estiver familiarizada com a minha nova rotina vou me dedicar mais ao meu blog que tanto gosto. Escrever me faz um bem danado, ainda mais quando começo a internalizar boa parte do que redijo. A escrita sempre foi um grande referencial para minha vida pessoal e também como estudante. Não consigo apenas ouvir. Para compreender, preciso escrever. Foi o mecanismo que encontrei para assimilar informações sem equívocos, além de não sobrecarregar a minha memória. 

Hoje, imprimo aqui, nesse espaço, um texto belíssimo de Clarice Lispector, que é, sem dúvida, um bálsamo para nossos olhos e para o nosso coração. Perpassa pela felicidade, pelo perdão, pela esperança, pela insegurança e, é claro, pelas diversas maneiras de vivermos mais felizes. 

Leia:  


Há momentos na vida em que sentimos tanto
a falta de alguém que o que mais queremos
é tirar esta pessoa de nossos sonhos
e abraçá-la.

Sonhe com aquilo que você quiser.
Seja o que você quer ser,
porque você possui apenas uma vida
e nela só se tem uma chance
de fazer aquilo que se quer.

Tenha felicidade bastante para fazê-la doce.
Dificuldades para fazê-la forte.
Tristeza para fazê-la humana.
E esperança suficiente para fazê-la feliz.


As pessoas mais felizes
não têm as melhores coisas.
Elas sabem fazer o melhor
das oportunidades que aparecem
em seus caminhos.


A felicidade aparece para aqueles que choram.
Para aqueles que se machucam.
Para aqueles que buscam e tentam sempre.
E para aqueles que reconhecem
a importância das pessoas que passam por suas vidas.

O futuro mais brilhante
é baseado num passado intensamente vivido.
Você só terá sucesso na vida
quando perdoar os erros
e as decepções do passado.

A vida é curta, mas as emoções que podemos deixar
duram uma eternidade.
A vida não é de se brincar
porque um belo dia se morre.

segunda-feira, 2 de março de 2009

"Quem é bom já nasce feito"

Diz a máxima popular que quem é bom já nasce feito. Apesar de acreditar na modificabilidade do ser humano, confesso que concordo com tal afirmativa. O ser humano é capaz do que julgamos ser incapaz. Acredito que cada um de nós deseja um mundo perfeito e ideal, dando vazão ao lado Alice. Eu também sou assim. Costumo enxergar o outro sempre da melhor forma possível. A palavra, para mim, ainda está acima de qualquer papel, qualquer documento, qualquer lei. E é aí, justamente, que mora boa parte das minhas decepções com o outro. Odeio gente esperta. Odeio, mais ainda, gente dissimulada. Não dá. Não desce. E nos dias de trabalho durante o Carnaval, conheci cada picareta, cada serzinho sem escrúpulo que senti vergonha por ele. Como pode alguém inventar histórias mirabolantes e inventar cargo, função e falsas amizades para fazer parte de um "mitiê" que não é o seu? Como disse um professor de Marketing da pós, se você reclama ou sente falta de algum dinheiro quando compra algo fora da sua realidade, você não é o público-alvo, você é metido. E é verdade, mesmo. Pior ainda é quando utilizam a profissão como moeda de troca. "Eu sou jornalista". Grandes coisas, né? Meu Deus... as pessoas são sem noção demais. Pior ainda é fingir que vai trabalhar para tomar wisky de graça... 

Enfim... fiquei pasma com a capacidade do ser humano. Pra mim chega, preciso tomar um banho de mar numa Ilha qualquer dessas. O ser humano me cansa.