segunda-feira, 31 de agosto de 2009
"A maior parte dos homens é como a pedra do ímã. Tem um lado que atrai e outro que repele" (Voltaire)
Com meu jeito falastrão, sempre tive facilidade em fazer amigos e inimigos. É verdade. A mesma habilidade que tinha para atrair pessoas que simpatizavam com o meu jeito, também tinha com aquelas que me rotulavam. Acredito que muita gente também passou por isso na infância, na adolescência, na juventude e também na fase adulta. Acontece nas melhores famílias.
Talvez por isso na escola terminava me "juntando" àquelas pessoas que tinha afinidade. Os famosos "grupinhos". Na faculdade, foi o local que firmei alguns dos grupinhos, que me renderam boas e verdadeiras amizades: as cyberamigas e a diretoria. Apesar dessa introdução, não vou me ater a falar sobre a importância deles para mim - porque isso é fato -, mas sim para ser o gancho de um outro assunto que quero abordar adiante.
Acredito que a sintonia com um determinado grupo de pessoas é salutar quando não rejeitamos os demais que estão ao nosso redor. O que não significa dizer que precisamos inseri-los na intimidade das pessoas pertencentes ao grupo ou que sejam convidados para encontros confidenciais. Hoje, me permito não fazer parte de nenhum grupo nos ambientes que freqüento, porque, nesse momento, reconheço que cada pessoa tem algo a me acrescentar e que me unindo a um, estarei desperdiçando o saber do outro.
É meio que automático. Quando você forma aquele grupinho em sala, você só faz trabalho com ele, só sai com ele nas aulas vagas, só telefona para os membros dele, enfim. Com isso, a vida vai seguindo esse ciclo. Mas, ao mesmo tempo, você exclui os outros. E hoje, pensando friamente, vi quantas pessoas deixei de conhecer, realmente, porque me fechei num mundinho um tanto quanto egoísta. O pior de tudo, para mim, foi constatar o quão inconseqüente fui em ter marginalizado alguns colegas, mesmo que inconscientemente.
O mais triste é que ali dentro, daquela sala, daquele espaço, alguém se sentiu rejeitado. Excluído. Lesado. Depois que consegui criar um distanciamento, vejo como os grupos se estruturam, como se articulam e como causam intrigas desnecessárias. Além disso, observo como essas pessoas são intolerantes com as outras. Basta uma falar, para outra retrucar ou virar a cara. É. Talvez não tenhamos consciência do quanto somos cruéis.
Precisamos nos policiar e, acima de tudo, nos conscientizar de que somos todos seres humanos. Meu olhar mudou. E, se pudesse, faria tudo diferente no meu período escolar. Sem dúvida, fiz alguém infeliz e, aproveito o Bendizer para pedir perdão. Peço desculpas sinceras para todos aqueles que fui indiferente, mesmo que inconscientemente, e causei algum sentimento de rejeição. Foi mal ! :(
sexta-feira, 28 de agosto de 2009
Honrai o vosso pai e vossa mãe...
Todas as segundas-feiras, às 19 horas, faço o Evangelho Segundo o Espiritismo em casa, sozinha. Aproveito que Thi está na faculdade para me conectar - de forma mais intensa - à espiritualidade. Essas leituras têm me feito um bem danado, porque retomo às passagens bíblicas na perspectiva que acredito e, com isso, vou aproximando os ensinamentos para a minha realidade. Na última segunda-feira, abri numa página que não caía há muito tempo: Honrai o vosso pai e vossa mãe. Como não acredito em coincidências, li pacientemente cada parágrafo, cada palavra, mesmo já sabendo de "cor e salteado". E aquilo me tocou profundamente.
O texto traz, de forma clara e assertiva, que devemos cuidar dos nossos pais de forma desinteressada, com o coração aberto, ciente de que não estamos fazendo um favor. É a nossa obrigação de filho. Não importa se seus pais não agem como você gostaria, não sabem, muitas vezes, demonstrar o amor que sentem, nem o quanto você é especial, mas, entenda, eles são os responsáveis por você nesta vida. O que percebi nesta passagem é que precisamos reforçar o quão são valiosos e precisamos respeitá-los e compreendê-los mesmo quando não nos compreendem.
Tem um discurso de meu pai que acho interessante e, por isso, vou me apropriá-lo neste momento para abrir um outro questionamento. Vez por outra, meu pai diz que todo mundo é bom da porta de casa para fora. O que ele quer dizer com isso? Que nas nossas relações de trabalho, de amizade, de faculdade e escola buscamos ser agradáveis com o próximo, pacientes, tolerantes, gentis, educados e solícitos. Mas, da porta de dentro, não nos preocupamos em manter as relações familiares. Será que achamos que o amor entre as pessoas com o mesmo sangue não merece ser cultivado? Ou que nossos pais vão ter que nos aceitar de qualquer jeito a ponto de não tentarmos demonstrar o quanto são especiais? Será que eles também não merecem um bom dia, por favor, posso lhe ajudar e ouvir palavras de amor desinteressadas, como amo você e ainda bem que você é minha mãe/pai?
Meus pais são as pessoas mais importantes da minha vida. E, por isso, faço questão de cuidar dessa relação. Já errei, claro, principalmente, na minha fase rebelde, onde o não é torturante. Mas sempre tive na mente e no meu coração que eles são os meus alicerces, a minha força maior materializada aqui na Terra. Agradeço dia após dia por Deus ter me dado essa oportunidade de ter pais tão maravilhosos, tão queridos e tão presentes. E, por isso, sou um grude. Ligo todo dia. Faça chuva ou faça sol.
Diante disso, vamos honrar nossos pais e nossas mães dia após dia. Eles são o nosso escudo, os nossos reflexos, a nossa morada. Não importa o quanto eles lhe magoaram. Eles também são como nós, passíveis de erros e acertos. Dê uma chance. Limpe seu coração. Aceite-os.
E, para finalizar, gostaria de fazer uma alusão a esse tema, trazendo o que Dona Canô disse quando perguntaram a ela por que ela gostava mais de Maria Bethânia do que dos outros filhos. E ela respondeu: "eu gosto de todos os filhos igualmente, mas Maria Bethânia é quem mais me dá atenção. E, por isso, é quem mais recebe a minha atenção também".
Antes de ficar com ciúmes de seus irmãos, pense nisso. :)
segunda-feira, 24 de agosto de 2009
"É triste falhar na vida, porém mais triste ainda é não tentar vencer."
Estou numa fase "tentando ser feliz". Acho que na vida precisamos ter iniciativa. Prefiro tentar a viver numa verdadeira inércia. Estou tentando ser mais tolerante, estou tentando voltar ao peso ideal, estou tentando defender a minha dissertação antes do prazo, estou tentando gastar menos com futilidades, estou tentando viver em paz, estou tentando me libertar do que me faz mal, estou tentando mostrar para o outro que sou feita de carne e osso, estou tentando resgatar a minha inocência perdida pelas trapaças da sorte, enfim, estou tentando...
Essa tentativa que me faz dá sentido à vida. Claro que não quero ficar apenas almejando algo e que preciso, sim, colocar em prática. Mas sei, entretanto, que é preciso paciência, cautela e sabedoria para que tudo ocorra conforme o planejado. O triste, mesmo, é quando a gente não tem ânimo, se quer, para tentar mudar aquilo que nos incomoda intimamente. O importante é dar o primeiro passo e não desistir. Persistência. Força. Fé e Coragem.
Não vamos ter medo de tentar mudar o destino. Reaja!
Esse post me lembrou a música de Kid Abelha...
Essa tentativa que me faz dá sentido à vida. Claro que não quero ficar apenas almejando algo e que preciso, sim, colocar em prática. Mas sei, entretanto, que é preciso paciência, cautela e sabedoria para que tudo ocorra conforme o planejado. O triste, mesmo, é quando a gente não tem ânimo, se quer, para tentar mudar aquilo que nos incomoda intimamente. O importante é dar o primeiro passo e não desistir. Persistência. Força. Fé e Coragem.
Não vamos ter medo de tentar mudar o destino. Reaja!
Esse post me lembrou a música de Kid Abelha...
Boa semana! :)
Eu Tou Tentando
Eu tô tentando largar o cigarro
Eu tô tentando remar meu barco
Eu tô tentando armar um barraco
Eu tô tentando
Não cair no buraco...
Eu tô tentando tirar o atraso
Eu tô tentando te dar um abraço
Eu tô penando
Prá driblar o fracasso
Eu tô brigando
Prá enfrentar o cagaço...
Eu tô tentando ser brasileiro
Eu tô tentando
Saber o que é isso
Eu tô tentando ficar com Deus
Eu tô tentando
Que Ele fique comigo...
Eu tô fincando meus pés no chão
Eu tô tentando ganhar um milhão
Eu tô tentando ter mais culhão
Eu tô treinando prá ser campeão...
Eu tô tentando
Ser feliz (Ser Feliz!)
Eu tô tentando
Te fazer feliz...(2x)
Eu tô tentando entrar em forma
Eu tô tentando enganar a morte
Eu tô tentando ser atuante
Eu tô tentando ser boa amante...
Eu tô tentando criar meu filho
Eu tô tentando fazer meu filme
Eu tô chutando prá marcar um gol
Eu tô vivendo de Rock'n Roll...
Eu tô tentando
Ser feliz (Ser Feliz!)
Eu tô tentando
Te fazer feliz...(4x)
sexta-feira, 21 de agosto de 2009
"Pouca sinceridade é uma coisa perigosa, e muita sinceridade é absolutamente fatal" Oscar Wilde
Estou precisando de novas emoções. Sabe quando tudo está calmo demais, sem novidades? É assim que me sinto. Preciso agilizar os meus sonhos. Claro que eu sei que tudo tem seu tempo e que estou vivendo uma fase de estudos e estudos, mas sou adepta às novidades. Esses dias sem postar aqui no Bendizer estão diretamente relacionados com os meus dias de dedicação ao mestrado. Ainda não acabei de estudar tudo o que preciso, aliás acho que é sempre uma ação de vir a ser, ou seja, não existe término nesse processo, mas também quero fazer isso e outras coisitas más.
Tenho pensado muito sobre a forma que condicionamos a nossa vida e as interferências que deixamos tomar conta da nossa rotina. E elenquei um monte de itens que preciso dizer tchau o quanto antes. Não podemos deixar que certas situações se repitam, porque o hábito tende a naturalizar o que é extremamente surreal. Mas como fazer isso sem sofrer?
E ainda nesse processo de autoconhecimento que me encontro cheguei a conclusão de que mudei. Antigamente, sempre dizia muito o que pensava, na lata, e não me preocupava com a forma de me expressar. O famoso sincericídio que Bial falou no Big Brother. Matar os outros com palavras, sabe? E por receber sempre um feedback sobre isso: "Gaby, vc é mt estourada. Fala o que vem na cabeça e as pessoas terminam tendo medo de você. Não precisa falar tudo o que pensa, assim". De tanto ouvir isso, meio que, involuntariamente, resolvi mudar isso. Mas não foi uma mudança equilibriada. Hoje, tenho consciência disso. Ao invés de falar o que penso, permiti engolir sapos. Sabe aquela história de você não concordar e de não aceitar o que o outro fala, mas você não revida para não criar problemas? Pois bem. Enquanto isso, ouço os sapos gritando internamente como se pedissem liberdade.
Não sei ainda como fazer para aliviar isso, porque não dá para somatizar tudo. A infelicidade meio que consegue se alojar nesses espaços demarcados pelos desafetos não verbalizados e vai me martirizando com mágoa, dúvidas e desamor. Vou trabalhar isso na terapia, porque sozinha é difícil, viu? rsrsrs Mas estou confiante de que podemos superar nossas imperfeições com fé em Deus, é claro, e também fazendo a nossa parte. Não sou orgulhosa a ponto de me achar a grande maravilha do mundo. rsrsrs
No mais é isso...
Vamos mudar sempre. Vamos fortalecer o que temos de melhor e lapidar aquilo que nos faz infeliz.
quarta-feira, 19 de agosto de 2009
...
Estou no meio de um artigo científico e sem cabeça para pensar em mais nada. É verdade. Não sou mais tão multi quanto pensava. rsrsrs...
Espero que estejam todos bem. Em paz com você e com o mundo!!! :)
Acredito que a partir de segunda-feira consiga a retomar minha vida blogueira... Saudades fortes!!! :))
quarta-feira, 12 de agosto de 2009
Estou de volta pro meu aconchego...
Não morri não, meus queridos leitores do Bendizer! ahahahha A verdade é que o "bicho está pegando". As aulas se quer começaram direito e lá vem o calendário, prazos e correria. Pense que preciso escrever muito, muito mesmo que o não domino e é novo para mim? Nossa... fico tensa só em pensar. Mas ainda bem que tudo passa, né? Até uva! :)
Mudando de assunto, sábado passado foi o niver de meu maridão. Fizemos uma festinha aqui, recebemos amigos queridos, papeamos e festejamos por mais um ano de vida de quem está aqui ao meu lado sempre. Agora, ele está na faculdade de novo e já avisei: " se tiver alguma sem noção com conversinha fiada para o seu lado é só falar que vou lá tirar satisfação" ahahhahaa Barraqueeeeeira!!! Brincadeirinha... eu até sou brava, confesso, mas não sou ciumenta com essa intensidade, porque nossa relação é de muito respeito. ;)
Também queria registrar aqui que mereço parabéns. Sim, sim! Hoje estou agindo mais com a razão e de forma menos impulsiva. Não é o máximo!? Pra mim, que sempre sofri com as minhas atitudes impensadas, hoje já percebo que sei contornar melhor as situações que enfrento diariamente. Além disso, cada dia que passa estou mais envolvida com a terapia. Acho que encontrei a psicóloga certa e estou quase pedindo a ela para ser minha amiga de verdade! ahahahahah É vero... não há nada melhor do que você abrir seu coração com uma pessoa que não tem vínculo com você, de fato, e que possui uma visão diferenciada, longe de sentimentos. Quando sento naquele sofá, sou eu mesma. Ela disse que adora meu humor e como sou divertida, mas Queridão andou reclamando disso uns dias aí. Disse que eu estava mal-humorada demais. Respondi tendo palas de riso: "claro, você só me vem com problemas para resolver" hahahahahaha
Não vou mentir, né? Mas quem me conhece sabe que sou brincalhona, divertida, "boca suja"... só quando me sinto pressionada demais é que sou grossinha... aahahahahah Fazer o quê, né? Quem não tem defeito?
No mais é isso...
Hoje escrevi besteirinhas sobre minha vida, mas amanhã quero refletir um outro tema aqui: orgulho! :)
Fiquem em paz e deixem comentário...
Estou carente. :P
terça-feira, 4 de agosto de 2009
"Esqueça tudo, que tudo sobrevive" (Wilson Simoninha)
Estou light internamente. Nada de grandes emoções, nem revoltas, nem questionamentos. Na verdade, a terapia tem me ajudado, viu? São tantas emoções... rsrsrs Mas sinto que começo a colocar cada qual em seu cada qual. Vale a pena cuidar da mente. Vale a pena cuidar da gente. Hoje aproveitei para fazer uma faxina aqui nos meus livros. Aproveitei para separá-los por tema e por prioridade de uso. Separei exatamente os livros especializados e que me ajudam a refletir sobre o meu projeto no mestrado. Já os livros literários, resolvi guardá-los numa caixa. É verdade. Nessa altura do campeonato, não tenho como retomar e iniciar leituras que fujam do meu objeto de estudo. Isso é chato, eu sei, mas faz parte da minha escolha, né? O que mais queria, cá entre nós, era ler uma Marie Clarie e uma revista Nova sem culpa. Estou até pensando em ir ao salão de beleza o quanto antes para realizar esse desejo sem me pressionar demais. kkkkkk Parece brincadeira, mas a responsabilidade de ter que defender uma dissertação é muito grande e como sou extremamente exigente comigo, a situação chega a ser pior. rsrsrs
Amanhã começam as aulas de novo. Mais um semestre que me avisa: lá vem o exame de qualificação. Frio na barriga. Medo. Pavor! rsrs Por tudo isso, estou precisando seguir os "conselhos" do cantor Wilson Simoninha em sua canção É bom andar a pé e viver as coisas simples e boas da vida. Relax! "É bom andar a pé sem dinheiro, sem documento à favor do vento".
Vejam que canção emocionante:
É bom andar a pé
É bom andar a pé
sem sapato, sem direção a toa
na cabeça o sol
um boné
É bom andar a pé
devagar para aguentar o calor
e olhar a vista pro mar
melhor
É bom andar a pé
sem dinheiro, sem documento
a favor do vento
semi nu
É bom andar a pé
devagar para aguentar o calor
e olhar a vista pro mar
melhor
esqueça tudo
que tudo sobrevive
isto é tempo livre pra viver
é bom saber
andar acompanhado de ti
faz meu coração se sentir
melhor
É bom andar a pé
sem sapato, sem direção a toa
na cabeça o sol
um boné
É bom andar a pé
devagar para aguentar o calor
e olhar a vista pro mar
melhor
esqueça tudo
que tudo sobrevive
isto é tempo livre pra viver
é bom saber
saber não ocupa lugar
andar acompanhado de ti
faz meu coração se sentir
melhor
laralaralarará...
uh uh uh uh uh...
melhor
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