sábado, 24 de outubro de 2009

"Não posso escolher como me sinto, mas posso escolher o que fazer a respeito" (William Shakespeare)

Ufa! A viagem foi cansativa, mas deu tudo certo! :))) Cheguei ontem à noite e estou muito feliz por estar em casa. Conhecer outros lugares é bom, mas nossa casa... é nossa casa, né não!? rsrs
E nesses três dias de isolamento aumentei as doses de devaneios... hahahaha É verdade. Apreciar a solidão tem lá seus pontos positivos. Fiquei horas e horas pensando sobre o que tenho feito da vida e o que gostaria de fazer. Mas sabe o que descobri? Para sermos felizes precisamos combater a superficialidade. É verdade. Se pensamos em abrir um negócio, temos que fugir do óbvio. Se queremos arranjar um emprego "bom", precisamos sair do "senso comum" e investir no estudo. Se desejamos juntar dinheiro para fazer aquela viagem dos sonhos, precisamos deixar de comprar objetos supérfluos. Se resolvemos investir emocionalmente em alguém, precisamos apresentar os nossos diferenciais... Mas, depois de ir e vir nesses pensamentos que terminam beirando a vida material, cheguei a uma conclusão dolorosa. Será que nossas angústias e tristezas não decorrem dos nossos desejos tão efêmeros e superficiais? Digo isso porque, muitas vezes, o nosso supérfluo é a necessidade do outro...
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Para refletir, um texto de Chico Xavier.
Uns queriam um emprego melhor; outros, só um emprego.Uns queriam uma refeição mais farta; outros, só uma refeição.Uns queriam uma vida mais amena; outros, apenas viver.Uns queriam pais mais esclarecidos; outros, ter pais.
Uns queriam ter olhos claros; outros, enxergar.
Uns queriam ter voz bonita; outros, falar.
Uns queriam silêncio; outros, ouvir.
Uns queriam sapato novo; outros, ter pés.
Uns queriam um carro; outros, andar.
Uns queriam o supérfluo; outros, apenas o necessário.

terça-feira, 20 de outubro de 2009

"Passei a vida tentando corrigir os erros que cometi na minha ânsia de acertar..." (Clarice Lispector)

Já estou de malas prontas para Campina Grande. Frio na barriga! Sozinha. No avião. No hotel. Vou beber um pouco de mim mesma. Espero voltar melhor... Rezem e orem por mim, viu? rsrsrs Se Deus quiser, sábado eu volto contando novidades.
Ah... e não deixem para amanhã o que se pode fazer hoje. Quando erramos, admitimos e voltamos atrás conseguimos neutralizar algumas situações. Mas quando deixamos para lá e colocamos a poeira debaixo do nosso orgulho, reforçamos as nossas deformidades morais e espirituais. Essa semana fiz algo que queria ter feito há muito tempo. Obrigada, Senhor, por essa oportunidade. Hoje me sinto mais feliz e mais eu também. Muitas vezes agimos de forma equivocada e demoramos um longo tempo para pedir desculpas ou reconhecer tal atitude. Pior ainda é quando reconhecemos nossos erros e temos medo de nos expor. Vamos nos libertar do medo. O medo inibe o que temos de melhor: a humildade.
Se você vacilou e sabe que precisa pedir perdão não espere o Natal. Talvez até lá o tempo seja longo demais...
Boa semana para vcs!!!

domingo, 18 de outubro de 2009

"Se tens fé, acharás que o caminho da virtude e da felicidade é muito curto" (Quintiliano)

Muitas vezes escolhemos o caminho mais difícil, mais longo, mais trabalhoso e também mais doloroso. Isso para corresponder as nossas expectativas e reafirmar para nós mesmos que somos capazes de alcançar o que parece ser impossível. Nos dois últimos anos, passei boa parte do tempo agindo assim. Tracei os planos mais mirabolantes e que, ao mesmo tempo, me trariam realização em alguns setores da vida e tristeza em outros. Achava que seria importante para mim conseguir tais objetivos e que, apesar da solidão, da dor da saudade e a ausência, teria mais benefícios do que malefícios.
Já tinha praticamente definido dentro de mim que seria assim. Mas, de uma hora para outra, parei tudo e repensei. Foi quando me questionei: por que tenho que escolher o caminho mais longo, mais tortuoso? Por que preciso correr tantos riscos quando posso realizar muitos sonhos sem precisar abrir mão de tanta coisa? E por tudo redesenhei novas metas. Quero o caminho mais fácil, não por ser acomodada. Mas porque a vida é muito efêmera para projetar algo tão inquietante. Existem planos nossos que são planos de todos. Já percebeu isso? A depender da sua escolha, afetará a vida de outras pessoas, inclusive, as que mais amam você.
Como diz o título do post, "o caminho da felicidade é muito curto". É simples. É prático. É possível. Primeiro porque a felicidade tem que estar dentro de nós sempre. Precisamos buscá-la seja qual for a situação. Está difícil? Facilite. Está desesperada? Resolva o problema. Está sem dinheiro? Economize e corra atrás de novos trabalhos. Está se sentindo sozinha? Sinta a presença de Deus. Está com medo? Tenha fé e esperança. Está sem saúde? Busque ajuda médica e confie na força divina.
O que não dá é para desistirmos da vida, do outro e da felicidade. Vamos encurtar os caminhos e realizar sonhos grandiosos em qualquer lugar que estivermos. Fiquei feliz com a decisão que cheguei, porque ao invés de viver de futuro resolvi viver "de presente", literalmente... rsrsrs

sábado, 17 de outubro de 2009

O sofrimento alheio e a compaixão

Acabei de chegar de uma viagem a Belo Horizonte. Fui apresentar trabalho num congresso de jornalismo científico. Gostei muito da experiência, dos colegas que conheci e de poder vivenciar de forma intensa esse meu processo no mestrado. O difícil foi ter ido sozinha. Desde andar de avião até ficar num quarto de hotel olhando para as paredes. O bom foi que pude escutar mais meu silêncio e cheguei a um monte de conclusão... Coisas de Gaby Lacerda... hahahaha
A viagem valeu a pena. Pude conversar com estudiosos na área que pretendo seguir, comprei livros, fiz amizade. O bom de ser aquariana e falar pelos cotovelos é isso. Acredita que quando estava saindo do quarto para comer sozinha em algum lugar por perto, na mesma hora uma outra garota do congresso saía do quarto do lado para almoçar? Coisas de Deus. Pronto. Ficamos amigas e pude ficar três dias em companhia pelo menos nos momentos de isolamento - café, almoço e jantar.
A parte mais tensa da viagem foi o avião, claro. O voo, em si, foi bem tranquilo. Sem turbulência ou qualquer anormalidade. Mas, para mim, aquilo foi uma grande tortura. Fiz questão de pegar um voo direto, sem escala, para chegar logo. Ficar dentro daquele tubo branco com pedacinhos de vidro e avistar aquela paisagem panorâmica me dão náuseas. Tomei um calmante antes de embarcar e levei três revistas femininas. Minha salvação! Quando o comandante disse que iríamos passar por uma área de turbulência, me apeguei a entrevista de Taís Araújo na Marie Clarie e ali fiquei. Deu certo. Nem vi a turbulência. rsrsrs... Além disso, dei uma de "bonita" e, apesar do medo, fiz como aqueles passageiros que parecem adorar viajar de avião. Você está ali, tremendo, e ele está andando no avião, lendo um livro e até dormindo... Deu certo... pensamento positivo! rsrs
E eu nunca tive muita sorte para fazer amizade em aeroporto. As pessoas estão sempre correndo e introspectivas. Mas, dessa vez, foi diferente. Descobri que nos aeroportos existem histórias que nos fazem refletir e repensar o nosso propósito aqui na Terra. No check in de volta a Salvador uma jovem de 26 anos começou a puxar conversa comigo. Vejam o diálogo:
ELA: - Oi, você tá indo para onde?
EU: - Salvador e você?
ELA: - João Pessoa, Paraíba.
EU: - Que legal. Semana que vem vou para Campina Grande, João Pessoa. Você é de lá?
ELA: - Não, sou daqui de MG. É porque eu acabei de ficar viúva e estou indo recomeçar a vida lá na casa de uma amiga...
EU: (segundo de silêncio)
EU: - Nossa... que triste. Foi acidente?
ELA: - Não, foi câncer no intestino. Casamos em abril deste ano e ele faleceu tem um mês, foi muito sofrimento...
E nesse diálogo ficamos 40 minutos, enquanto aguardávamos o atendimento. Conversei muito com ela. Que vida sofrida, meu Deus! Os dois iam se formar em direito no final deste ano, cheios de sonhos, queriam ter filhos... Ela vendeu tudo que eles tinham do casamento e foi para Paraíba recomeçar. Disse a ela que, sem dúvida, era uma dor grande e que iria demorar passar, mas que ela confiasse em Deus, porque Ele tem um propósito. Que não deixasse a tristeza tomar conta. E ela me disse que era evangélica e sabia que não era um castigo e que confiava no Senhor. Trocamos orkut e email. Espero que a vida dê novas alegrias para ela.
Ao sair do check in, desejei a ela boa viagem, força, fé e resignação. Sugeri que buscasse nos sites, blogs, fóruns e comunidades no orkut histórias de jovens garotas que ficaram viúvas cedo. Acredito que essa troca poderá ajudá-la a superar essa dor. Superar sim, acabar não. Histórias como esta marcam para sempre a vida de qualquer pessoa. Ela falava com amor nos olhos, com saudade. E tem dor pior do que a saudade de uma pessoa que nunca mais encontrará aqui na Terra? Nossa... fiquei anestesiada com isso. Além disso, ela estava morrendo de medo de andar de avião sozinha. A solidão é muito cruel. Nos despedimos e fui para um cantinho do aeroporto chorar. Chorei tanto e pedi tanto a Deus que a ajudasse e acalmasse seu coração que precisei de um bom tempo para me recompor. Aquela história me deixou em pedaços.
Moral da história: vamos viver os dias com a certeza que estamos de passagem. Vamos amar ao próximo, vamos deixar as pequenas coisas de lado, vamos ser tolerantes e compreensivos com o outro. Vamos fazer o bem, acima de tudo. Vamos nos dedicar a vida e aproveitar ao máximo. Vamos caminhar juntos, porque a separação é certa...
Que Deus abeçoe a todos nós e quem puder, faça uma oração para a Bruna e para o Guilherme.

quinta-feira, 8 de outubro de 2009

"Eu preciso de Ti Senhor..."

Deus é tão maravilhoso e absoluto na minha vida que, às vezes, acho não merecer tanto. Ele me ouve, Ele me atende, Ele, de fato, sabe as minhs necessidades e, a todo momento, dá pistas de que anda comigo lado a lado. Não existe nada melhor e nada mais tranquilizante do que sentir essa presença divina diariamente. Sempre fui muito ligada a Deus e meu pai até conta que ao nascer me carregou nos braços e me colocou em direção ao céu como se entregasse a minha vida ao Senhor. E deu certo.
Quando começo a ficar inquieta com algo, Ele vai lá e pimba. Manda o que desejo. E não é só isso não. Eu também reconheço quando erro e quando preciso melhorar. O sofrimento vem e aceito como forma de aprendizado mesmo. Sei, entretanto, que somos os causadores dele. Agimos de forma impensada ou pensamos de forma muito pequena quando comparamos com o todo.
Esse post é só para registrar a minha gratidão a Deus pela vida. Por ter me permitido viver aqui na Terra.
Que Deus esteja sempre ao lado de vcs. E que ele acalme, sempre, os nossos corações inquietos.
PAZ.

quinta-feira, 1 de outubro de 2009

"O importante é ser você, mesmo que seja estranho..."

"Estou de volta pro meu aconchego, trazendo na mala bastante saudade..." É assim que inicio meu post saudoso!!! Quanto tempo sem visitar o Bendizer... Como assim, né? kkkkk Os motivos já registrei aqui: tive que me dedicar às leituras e também à escrita. Mas ufa! Agora posso parar tudo ao meu redor para matar as saudades do meu blog. Uhu!
E, durante essa ausência, refleti sobre a necessidade de sermos aceitos socialmente. Vocês já pararam para pensar o que fazemos, diariamente, para vivermos em sociedade? Primeiro que nos editamos o tempo inteiro: para o outro e para nós mesmos. Deixamos de falar o que pensamos (para não magoar ou nos inserirmos num determinado contexto), de comer o que queremos (para emagrecermos e ficarmos no padrão de beleza da contemporaneidade), de frequentarmos lugares que não gostamos para agradar o outro (os eventos sociais), de demonstrar felicidade (quando estamos tristes... tem algo pior?) e de fazermos piadas imbecis para chamarmos a atenção dos amigos (às vezes somos tão palhaços que assumimos o papel do Bobo da Corte), entre outros...
É ou não é duro tentar ser o que não é para ser aceito?
O pior é que quando você não entra nesse "esquema" vem os rótulos: "nossa, como você é mal-humorado", "vocês estão falando de quem? da gordinha?", "você viu como fulano é grosso? fala o que pensa e pronto?", "acho que aquele seu colega está numa depressão pronfunda, só anda reclamando da vida, não sorrir..."
O que fazer, então?
Como encontrar o equilíbrio?
Eu, confesso, estou numa fase "cansei de me editar"... rsrsrs É muito chato!!! Mas também sei que existem algumas convenções sociais que não têm como escapar. E, além disso, precisamos preservar o respeito e o amor ao próximo. O argumento religioso faz parte de mim... kkkk E acho válido tudo isso, porque também como seria o mundo se não tivéssemos o interesse em nos adequarmos a ele? Acredito que seria ainda mais violento.
As respostas para estes questionamentos não tenho, de fato, só sei que nenhuma edição fará de você uma pessoa essencialmente melhor. A edição está atrelada ao superficial. Aquilo que um dia acabará. Ou você acha que conseguirá renegar seus sentimentos e desejos a vida inteira em troca de relações sociais?
Sei não, mas qualquer dia desses chuto o pau da barraca!!! ihihiihihih