Essa máxima popular tão antiga ainda circula bem na contemporaneidade. Costumamos ser rotulados a depender do nosso físico, do tipo de roupa que usamos, se temos tatuagens, piercing, se falamos palavrão, enfim, somos o tempo inteiro resumidos a estereótipos, como se fôssemos uma fórmula pronta, de fácil acesso, sem particularidades. Isso me incomoda um pouco. Quando me pego definindo uma pessoa por um detalhe, somente, vejo o quanto preciso evoluir. Na grande maioria das vezes, consigo ter discernimento para impedir qualquer ponto de vista taxativo baseado em superficialidades. Acredito que o tempo ajuda a percebermos que nada é tão simplório. O ser humano é complexo, mesmo, e limitá-lo a uma característica é subestimar os homens e as mulheres.
É por isso que sou fã do Big Brother Brasil. Para muitos, o programa vai na contramão da intelectualidade, mas, para mim, é muito mais do que uma atração noturna. O BBB me faz refletir bastante e me faz transportar ali para detro e trazê-lo aqui para fora também. Vivemos num verdadeiro BBB. Observe: no trabalho, na faculdade, em casa, com os amigos. Podemos não ser vigiados por uma câmera, mas sempre tem alguém nos observando e, além disso, muitas vezes agimos como os participantes que "detonamos". É a própria contradição do ser humano, mesmo. E, cá entre nós, buscamos nos editar o tempo inteiro para os outros. Precisamos ser aceitos. Precisamos agradar. Mas até que ponto?
Trago o BBB nesse post como exemplo. Quer dizer, o exemplo, de fato, é Michel, um dos participantes que tenho menos afinidade nesta edição. Ele será utilizado aqui como uma referência ao que escrevi anteriormente. Quando Tessália, sua namoradinha, estava na casa, ele compactuava as suas maldades com ela, julgava todos os seus concorrentes e chegava a não se preocupar com o que iam pensar dele. Talvez, não tivesse consciência da forma que se posicionava, porque estava envolvido emocionalmente. Quando ela saiu, ele também mostrou, em muitos momentos, a sua dissimulação, mas nada comparado quando estava ao lado da sua "querida" Tess.
E assim acontece em nossas vidas também. Vamos mostrando quem somos de acordo com as situações que vivenciamos. Se andamos com pessoas perversas, muito provavelmente repetiremos tais ações como forma de nos incluirmos socialmente naquele contexto. Se andamos com pessoas caridosas, vamos nos mobilizar mais para ações de responsabilidade social. Se vivemos num ambiente onde roubar é natural, também tenderemos a naturalizar esse tipo de atitude. Daí a coerência dessa máxima popular que utilizei como frase-título. O que fazer, então? Será que somos tão influenciáveis, assim?
Não sei responder, de fato. Já me peguei contrariando muitas amigas por discordar de algumas ações, mas também já compactuei atitudes das quais não concordava para me sentir "inserida". Será que agimos de acordo com a nossa conveniência? Será que temos um lado Michel, mesmo, a ponto de demonstrarmos o nosso melhor ou pior lado a depender das circunstâncias? Ficam essas perguntas no ar. Alguém sabe responder? Help me!!! rsrsrs
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