"O corpo enruga, mas o cérebro não"

Fiz questão de anotar essa frase que ouvi hoje no mestrado para compartilhar aqui no blog. As pessoas com mais de 50 anos tendem a pensar que estão velhas demais para estudar ou redesenhar a sua história quando completam bodas de ouro. E isso tem a ver com o preconceito da sociedade, que não faz apenas questão de lembrar a idade, como também reforça a ideologia de que a partir desta faixa etária homens e mulheres deixam de ser "produtivos". Acho terrível tudo isso e sou da linha de que a idade é apenas um marco da nossa existência aqui na Terra. Os corações, os sentimentos, a nossa forma de enxergar o mundo não pode ser tão mensurável assim.

Por isso, dedico esse post a todos aqueles que estão iniciando uma nova fase aos 50 anos. O corpo pode e vai, sim, enrugar, porque faz parte natural da matéria, mas o cérebro, o seu intelectual, não. Além disso, você pode atrelar todo o conhecimento adquirido até então para aumentar a sua bagagem e a sua participação aqui nesta vida. Você ainda tem esse plus a mais.

Vez por outra ouço meu pai e minha mãe falarem do mestrado deles e se questionam se vale a pena fazer o doutorado "já com essa idade" - parafraseando eles. Como disse a eles, digo para vocês: claro que vale a pena. O saber é infinito e é a única coisa, de fato, que levamos dia-a-dia só com a gente. O conhecimento é nosso. É singular. É único.

Por isso, permita que seu corpo fique enrugado sem culpa. Só não deixe que enruguem seu coração. O cérebro, meu caro, é independente. Ele permanece firme e forte. Você só vai precisar estimulá-lo. Mas isso é simples. O universo das letras, os livros literários, técnicos ou seja lá qual texto você tenha afinidade poderão oxigená-lo potencialmente. Leia, leia muito. Leia sempre.

É isso. :)