Um brinde ao destino. Ou melhor, um brinde àqueles que conseguem recomeçar e refazer novos trajetos na vida. Como bem destacou Shakeaspeare, o destino é o que embaralha as cartas, mas somos nós quem jogamos. Somos nós os autores da nossa própria história e se uma coisinha ali não está legal, vamos lá, mude. Eu sempre fui muito pragmática. Nunca gostei desse lance de "deixa a vida me levar" e quando percebia que algo não ia bem dava uma forcinha para o destino e mudava o óbvio. Estou começando a modificar o que mais me incomoda, atualmente, que é a profissão que escolhi. Não me sinto mais jornalista e quando isso acontece é o momento de fechar esse ciclo. Foi legal, aprendi muito, pude conhecer as pessoas, me apavorei muitas vezes, me senti lesada também, participei socialmente, exerci minha função social... MAS meu coração já não é mais jornalístico. Meu olhar também já não é jornalístico e, diante disso, estou com prazo de validade para romper com esse vínculo de mais de oito anos. Não é fácil chegar a essa conclusão, mas aprendi, aqui dentro, que devemos seguir o nosso coração e mantermos a nossa saúde mental em dia. E é apenas disso que preciso. Paz. Serenidade. Exercer a profissão com amor. Quando digo que vou me afastar do jornalismo quero dizer que ficarei longe das redações, dos feriados trabalhando, dos plantões. Mas, algo ainda me prende a esta profissão que é, justamente, entendê-la como ciência. Por isso, me dedico ao mestrado e, se Deus quiser, emendarei com o doutorado. Prefiro observar o jornalismo de longe. Preciso estabelecer o distanciamento necessário para encará-lo como tal. Essa decisão não foi fácil. Mas é o que meu coração pede e vou respeitá-lo. Hoje pela manhã, já dei o primeiro passo para essa mudança. A afirmativa só final do mês. Estou confiante.
2 comentários:
Muito bom parabens vejo que voce e uma pessoa com foco e nao tem medo de mudanças rapidas, meus parabens continue assim.
Brunoredlini.com@hotmail.com
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