segunda-feira, 13 de julho de 2009

"Quantas guerras terei que vencer por um pouco de paz" (Mairia Bethânia)

Às vezes, tenho a impressão de que ando em círculos e essa percepção me incomoda imensamente. Contrariando Raul Seixas - que disse que "um sonho sonhado sozinho é só um sonho. Um sonho sonhado junto é realidade" - acredito que é possível realizar sonhos sonhando sozinho, sim! Não sou muito adepta à perspectiva de que precisamos sempre de alguém para potencializar o nosso destino. Aliás, odeio os processos seletivos, seja vestibular ou mercado de trabalho, porque percebo que uma pessoa "qualquer" definirá o que farei ou não. No caso dos sonhos é diferente. Normalmente, compartilhamos isso com nossos familiares e amigos, pessoas que integram o nosso círculo de amizade. Mas, nem sempre, o que eu sonho é o que o outro sonha. O que fazer nesses casos? Abrir mão do seu sonho pelo outro? Ceder? Exigir do outro que sonhe o seu sonho? Não sei ao certo, mas o que percebo é que precisamos, acima de tudo, respeitar o sonho do outro. Se meu sonho não é o seu sonho, realize-o. Quando gostamos, de verdade, queremos ver o outro bem. Queremos que o outro se sinta realizado, mesmo estando fora daquele contexto.
Por isso, já bolei a minha lista de prioridades dos grandes sonhos que ainda quero realizar nesta vida. O mais importante nisso tudo é ter coragem. Caminhar sozinho também é sinônimo de amor próprio. É sinal de que você se reconhece a ponto de reorganizar seus sentimentos e desejos. É você perceber que aí dentro há muito mais do que órgãos, tecidos e ossos. Há alma. E onde há alma, há sentimento. Há verdade.
Sonhe. E transforme-o em realidade mesmo sozinho fisicamente. Acompanhado sempre estaremos.
Boa semana para todos e fiquem com a linda canção de Maria Bethânia (adoro ela!):


Sonho Impossível
Maria Bethânia
Composição: J.Darion / M.Leigh / Ruy Guerra

Sonhar mais um sonho impossível
Lutar quando é fácil ceder
Vencer o inimigo invencível
Negar quando a regra é vender
Sofrer a tortura implacável
Romper a incabível prisão
Voar num limite provável
Tocar o inacessível chão
É minha lei, é minha questão
Virar este mundo, cravar este chão
Não me importa saber
Se é terrível demais
Quantas guerras terei que vencer
Por um pouco de paz
E amanhã se esse chão que eu beijei
For meu leito e perdão
Vou saber que valeu
Delirar e morrer de paixão
E assim, seja lá como for
Vai ter fim a infinita aflição
E o mundo vai ver uma flor
Brotar do impossível chão

2 comentários:

Teresa Cristina disse...

Olá....vc está de parabéns!!....traduziu super bem tudo o que tenho em mente, mas sempre me faltam na dinâmica de me expressar em palavras, caramba!!!to bestinha aqui e com a música de Maria Bethânia vc fechou com cahve de ouro, só posso agradecer por compartilhar.
Fica na Paz!
Bjs

Rafaela Manzo disse...

Esse é um dos textos mais bonitos que você já escreveu, amiga. Você é uma das poucas pessoas neste mundo que me atrevo a dizer que conseguirá realizar tudo que colocar em mente que pode. Seu sonho vira realidade, não apenas porque você é iluminada - mas porque tem uma força interior imensa. Estou no coro dos que crêem que você é capaz. Sempre, de mais. Um beijo, te amO!