Quando criança, sempre desejei me tornar logo uma mulher cheia de responsabilidades, graduada, casada, mãe de família e trabalhadora. No meu imaginário infantil tudo ocorria de forma pacífica e animadora. Não ia imaginar que a maturidade tem muitos problemas e que, muitas vezes, iria pensar em retornar para o úterno materno (rsrsrs). E é essa dificuldade, as fases da vida, os questionamentos e o mundo cruel - mercado de trabalho, disputa, inveja, poucos amigos - que o filme aborda de maneira didática e deliciosa. Me vi em muitas cenas do filme e talvez por isso tenha chorado em boa parte das cenas.
E apesar de ter 25 anos - tudo bem, já estou mais na casa dos 26 -, eu já me sinto incluída no contexto do filme. Prova disso, foi o chá de fraldas que fomos no sábado. Sim, não vou mais pra formatura, nem pra 15 anos... agora só festa de criança e chá de fraldas! hahahahaha De repente 30, meu bem! O povo da minha época está assim: casando, engravidando... É muito estranho falar "o povo da minha época". Quando meus pais dizem isso eu até entendo. Mas eu falando? MEEEEEDO!
O chá foi de um cliente-amigo nosso e a sobrinha dele, muito meiga e educada, simplesmente começou a me chamar de TIA! Sim, a garotinha tem 11 anos e era um tal de "tia, quer refrigerante?", "tia, você viu o final da novela?" rsrsrs Mesmo achando um doce e relembrando também esse meu jeito - porque chamo todas as amigas da minha mãe e as mãe de minhas amigas de tia - senti uma dor no peito! É chegada a hora de encarar mesmo a idade e as cobranças todas que vêm com ela. Filhos, bons empregos, estabilidade financeira, família.
De repente 30, mesmo. Passou tudo tão rápido que nem vi direito. Dá para alguém me devolver a casa e jogar as purpurinas???? Só quem assistiu ao filme vai saber. Crescer é bom, mas ser criança é muito melhor!!!
O que me resta é curtir o tempo de forma mais eficaz e aproveitar as fases dos filhos...
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