quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

Ping Pong - Que venha 2011 !!!


Desde 2008, preencho um questionário sobre o ano que se passou, meus aprendizados e o que espero do ano seguinte. Foi uma maneira didática que encontrei para fazer uma análise sobre a minha vida. O engraçado disso tudo é que consigo retomar os meus desejos antigos e fazer um balanço daquilo que alcancei, do que não consegui, enfim...


Abaixo, seguem as respostas: 


1) O que você fez em 2010 que nunca tinha feito antes? 

Dado aula. Graças ao tirocínio docente do mestrado, tive essa experiência maravilhosa de ministrar aulas para estudantes universitários do curso de Letras. Amei ! 


2) Você manteve as resoluções de ano novo de 2010 e fará novas para 2011?

Sim! Esse ano consegui alcançar 90% das metas que lancei em 2009. Fiquei muito feliz por isso! Ficou faltando somente o sonho de ser mãe, que, na verdade, protelamos para o ano que vem. :) Com tantas mudanças na vida profissional, preferimos adiar um pouquinho esse sonho. 

3) Que lugares você visitou?

Em 2010 não viajei tanto quanto gostaria. Fomos apenas para Morro de São Paulo e Boipeba...

4) O que você gostaria de ter em 2011 que faltou em 2010?

Leveza. Deixei que pequenas situações me tirassem do sério. Preciso me reencontrar, deixar de lado as mágoas e tudo aquilo que tira a minha paz. Em 2011, quero focar no meu lado espiritual. 

5) Que data de 2010 vai ficar marcada em sua lembrança?

20 de setembro de 2011. Dia em que fiz o exame de qualificação do mestrado e fui aprovada. Na verdade, tiveram datas muito importantes: o dia que fui contratada na Record e o dia que fui contratada pela Duma. Dois desejos realizados. 

6) Qual sua maior realização no ano?

Todas ligadas ao trabalho e a saúde

7) Qual foi o seu maior fracasso?

Não ter evoluído como ser humano. Não priorizei a espiritualidade como deveria. Terminei focando mais na vida material, o que contraria totalmente a minha essência. Esse foi, sem dúvida, o meu maior fracasso. 

8) Você teve alguma doença?

Não! Graças a Deus, a saúde está bem. 

9) Qual foi a melhor coisa que você comprou?

Livros! Sempre fico feliz quando compro livros. AMO!!!

10) Que comportamento mereceu comemoração?

O feedback que recebi do tirocínio docente. Fiquei muito feliz com o reconhecimento da professora responsável pela disciplina e carinho comigo. O fato de ser reconhecida numa área totalmente nova trouxe à tona a minha humildade. 


11) Que comportamento foi deprimente?

Falta de equilíbrio emocional quando as situações fogem do meu controle. 

12) Pra onde foi a maior parte do seu dinheiro?

Contas, contas e mais contas... rsrs

13) O que te deixou realmente excitado?

O mestrado. Ingressar na área acadêmica mexe com os meus hormônios! (mesma resposta do ano passado...) 

14) Que canções sempre vão te lembrar de 2011?

Sonda-me (Aline Barros); Sonda-me (Marcelo Rossi) e Pra você guardei o amor ( Nando Reis). 

15) Comparando-se com essa época, no ano passado, você está:

I. mais feliz ou mais triste? Muito mais feliz!
II. mais magro ou mais gordo? Mais magra...
III. mais rico ou mais pobre? Mais rica... rsrsrs


16) O que você queria ter feito mais?

Ter ajudado mais pessoas, ter colocado em prática aquilo que acredito espiritualmente.

17) O que você queria ter feito menos?

Ficado nervosa... ihihihiihh Ter sido menos pavio curto...

18) Como vai passar o reveillon?

Com o meu marido que eu amo!!!

19) Você se apaixonou em 2010?

Sou apaixonada pelo meu marido. Cada ano mais!!!

20) Qual foi seu programa de TV favorito?

Happy Hour, Junto e Misturado, telejornais, entre outros...

21) Você odeia alguém hoje que não odiava há um ano?

Graças a Deus, não!

22) Qual foi o melhor livro que você leu?

Sustentabilidade: Desafios no Século XXI. Adorei e me fez repensar muito como ser social. 

23) Qual foi a sua maior descoberta musical?

Seu Jorge.  

24) O que você quis e conseguiu?

Parar de roer as unhas, emagrecer um pouco, saúde boa, paz em família, emprego... Deus me enviou três! É muito benção, Senhor. Obrigada. 

25) O que você quis e não conseguiu?

Ser menos pavio curto... Ver leveza quando tudo parece pesado...

26) O que você fez no seu aniversário?

Fui para um spa tomar banho de ofurô e massagem relaxante. Durante o dia trabalhei - feliz da vida - no Camarote do Reino e à noite saí para jantar com amigos. Amei !!!

27) O que teria feito o seu ano infinitamente melhor?

Sou muito grata a Deus pelo ano que tive. Foi muito bom do jeito que foi. Não queria que tivesse mudado nada!!! Saúde, paz em família, realização profissional, remuneração, amigos, enfim... OBRIGADA, SENHOR!!! Só tenho a agradecer.

28) Como descreveria seu modo de se vestir em 2011?

Entre o formal, por causa do trabalho e da vida acadêmica, e o jovial. 

29) O que manteve a sua sanidade?

Fé em Deus.

30) Qual episódio da política que te deixou mais puto?

As eleições, de uma forma geral...

31) De quem sentiu falta?

Sou saudosista por natureza. Senti falta de pessoas que já não estão mais aqui entre nós e falta da infância, do meu pai morando em Salvador, dos momentos com minhas amigas na faculdade...

32) Quem foi a pessoa mais legal que você conheceu?

Grace Kelly!!! Amiga, ser humano bom, astral único... AMO!!!

33) Diga uma lição valorosa que aprendeu em 2010:

Aprendi que precisamos dar leveza a nossa vida, nos preocuparmos menos e agradecermos mais. Preservamos a nossa essência e, além disso, deixar os preconceitos de lado, aprender a pedir perdão e reforçar a fé em Deus diariamente (mesma resposta de 2009).

Feliz 2011 !




Quem teve a ideia de cortar o tempo em fatias,
a que se deu o nome de ano,
foi um indivíduo genial.
Industrializou a esperança
fazendo-a funcionar no limite da exaustão.
Doze meses dão para qualquer ser humano
se cansar e entregar os pontos.
Aí entra o milagre da renovação e tudo começa outra vez
com outro número e outra vontade de acreditar
que daqui para adiante vai ser diferente...
...Para você,
Desejo o sonho realizado.
O amor esperado.
A esperança renovada.
Para você,
Desejo todas as cores desta vida.
Todas as alegrias que puder sorrir.
Todas as músicas que puder emocionar.
Para você neste novo ano,
Desejo que os amigos sejam mais cúmplices,
Que sua família esteja mais unida,
Que sua vida seja mais bem vivida.
Gostaria de lhe desejar tantas coisas.
Mas nada seria suficiente...
Então, desejo apenas que você tenha muitos desejos.
Desejos grandes e que eles possam te mover a cada minuto,
ao rumo da sua FELICIDADE!!!

(Carlos Drummond de Andrade)

quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

Nunca é tarde para recomeçar...

Essa ausência do Bendizer reflete um pouco do que sinto aqui dentro: vazio. Muitas vezes, passamos pela vida sem apreciá-la. Deixamos o ponteiro do relógio caminhar sozinho, sem reflexão, sem foco, sem direção. De outubro para cá, algumas coisas novas surgiram. Mudei de trabalho, deixei a unha crescer, comecei a emagrecer. Teoricamente, consegui atingir muitas metas que lancei no ano passado, só que não contava que elas me trariam alguns conflitos internos. Elas me fizeram enxergar o quanto preciso reencontrar aquela Gabriela mais crente no ser humano; aquela Gabriela otimista; aquela Gabriela prestativa; aquela Gabriela mais consciente do seu papel aqui na Terra; aquela Gabriela que odeia injustiça, mas sabe que violência - seja ela física ou verbal - só gera violência e revolta; aquela Gabriela que gosta de chegar chegando, porque faz parte da sua natureza e não para chamar a atenção do outro; aquela Gabriela que por onde passa esbanja alegria e esperança; aquela Gabriela que não se preocupa com o que os outros vão pensar; aquela Gabriela generosa; aquela Gabriela que aceitava o erro do outro; aquela Gabriela que não deixa o lado profissional abalar a sua vida pessoal, enfim, aquela Gabriela que deixou saudades para mim mesma, mas que já começa a desabrochar novamente. 

Confesso que no meio de tanta decepção - o que é totalmente natural na vida - não soube manter o mais valioso que tenho aqui dentro do coração: a minha essência. Fui criando escudos, cavernas, lixos em prateleiras internas, que, posteriormente, se transformaram em mágoas. E tem sentimento mais venenoso do que a mágoa? É ela quem gera a raiva, o ressentimento, a ira e muitas doenças físicas. Hoje sei que preciso entender que aquilo que o outro faz nem sempre tem o sentido que a gente dá aquela tal ação. Às vezes, a pessoa nem tem consciência de que está lhe machucando, mas com as nossas frustrações tendemos a super dimensionar atitudes que, em outras situações, poderiam não ter representatividade alguma. 

Por isso, voltei a fazer terapia. Estou retornando a minha consciência, porque, cá entre nós, estava num outro planeta...  Em 2010, aprendi que o desafio da vida é vivenciar as suas variadas etapas preservando a nossa própria natureza, respeitando os nossos reais sentimentos. Diante disso, em 2011 vou me policiar ao máximo para me melhorar como ser humano. O Bendizer sempre foi uma terapia para mim, porque escrevendo externalizo o que penso e, ao mesmo tempo, assimilo com mais intensidade meus pensamentos. Neste novo ano, voltarei a cuidar do Bendizer, porque muito mais do que um blog virtual ele é um espaço de reflexão sobre a vida. Espero que não somente para mim, mas para você também. Juntos, nesta caminhada, poderemos nos ajudar. Eu topo. E você?

quarta-feira, 20 de outubro de 2010

"É tão estranho, os bons morrem jovens..."

Não pude escrever ontem, porque a semana está demais tumultuada para mim. De fato, nada se compara com a notícia triste que recebi nesta terça-feira e que impactará em meu coração cada vez que acessar o Bendizer. Um de nossos seguidores e por quem tenho um carinho virtual imenso faleceu em um acidente aqui em Salvador. Tom Marcelino acabou de se separar do corpo e seguiu para outro plano. Fiquei triste. Orei. Pedi para que a espiritualidade maior o acompanhe nesse processo de desencarne, bem como a sua família aqui na Terra. Não nos falávamos sempre. Mas sempre que sentíamos necessidade trocávamos comentários pelos nossos blogs. Gostava de ler as suas poesias e o seu domínio com a escrita tão sempre verdadeira. Acho que só o vi pessoalmente uma vez, por intermédio de uma amiga - Rafaela Manzo. 

Lembro que no dia que postou a morte de seu pai, no ano passado, senti profundamente. Na mesma hora não hesitei em tentar confortá-lo. 



Gaby Lacerda disse...




Olá Tom,
Que Deus lhe abençoe e lhe dê força neste momento. Sei que nada pode ser feito para amenizar essa dor, além da resignação e a certeza de que haverá um reencontro depois. Confie em Deus e agradeça a todo instante por ter tido um pai tão especial como vc colocou no texto. Fique em paz. Resignação, coragem e fé para vc e sua família.

quinta-feira, 30 de setembro de 2010

Desabafo

Vivemos numa época em que tudo é descartável. Já não gostamos mais do que gostávamos antes. Já não desejamos mais os mesmos desejos. Já não sonhamos mais os mesmos sonhos. No meio de tantas mudanças sociais precisamos acompanhar as tendências. Só que nesse processo de tudo-ao-mesmo-tempo-agora vamos entupindo os lixos ao nosso redor. Não temos mais tempo para esperar que o outro decida por nós. Não temos, na verdade, nem mais tolerância para que isso ocorra. Queremos mais. Sempre. E essa busca frenética e incessante de sermos alguém - mesmo sem saber, de fato, quem somos - implica na perda de alguns valores.

A contemporaneidade mexeu (mexe!)com nossas estruturas. Todas elas. Não quero mais o previsível. O amor também traz novo gosto. O tradicional, fechado, idealizado ganha outro formato. O amor também passou a ser colocado em prateleiras internas, em lixos imaginários que guardamos dentro de nós. O trabalho já não é mais suficiente, porque a cultura das organizações não avança e, por isso, as empresas não conseguem corresponder as nossas expectativas. A gestão falseada em participativa é tão angustiante quanto a declarada autoritária. A política "fala que eu te escuto" verticalizada ainda se mantém mesmo ciente que somos muito mais do que empregados, funcionários que devem apenas servir.

A família também começa a projetar novas estruturas. E o discurso religioso tenta resgatar o conceito clássico de que família é formada por pais e filhos juntos e que o casamento existe somente entre homens e mulheres. O conflito está feito. Vivemos no entremeio das convicções impostas pelas religiões e aquilo que, de fato, queremos fazer...

No meio de tantas angústias, como viver em paz?

Queria um receituário pronto, mas até o conceito de paz mudou. Aliás, tudo que escrevi já começa a perder sentido. Estamos nos refazendo a todo instante. E o tempo-espaço já perdeu também o valor. Esqueçam esse post. Ele já é passado.

sábado, 10 de julho de 2010

"O destino decide quem entra na minha vida. Minha atitude decide quem fica" (Martha Medeiros)

Nesses longos meses em que fiquei sem postar muita coisa aconteceu. Precisei fazer escolhas, algumas acertadas, outras não. Tentei ao máximo preservar a paz interior, porque aprendi que nada é mais valioso para o nosso bem-estar do que manter a serenidade dos pensamentos e o amor-próprio. Mas, muitas vezes, me deixei levar pelo senso de responsabilidade e de justiça que integram um lado extremamente ideológico e - talvez rebelde - meu. Tive que frequentar novos ambientes, conhecer novas pessoas e estabelecer um novo reencontro comigo mesma. Essa foi a parte mais difícil. É muito cômodo andar ao lado de quem gostamos, de quem temos afinidades e em espaços que dominamos. O desafio, mesmo, mora no desconhecido. Lutar contra aquilo que não temos controle é um exercício diário. Para muitos, a forma mais fácil é se camuflar. Exagerar na gentileza, sorrir mesmo sem sentir graça, ser prestativo quando em casa é incapaz de carregar uma sacola do supermercado ou lavar um prato. Para mim, essa é a maneira mais difícil. Meu corpo fala, meu olho fala, a entonação da minha voz me entrega. E não é todo mundo que entende isso. A grande maioria prefere a velha "mentira sincera" de Cazuza. Eu, a "verdade" (claro que a verdade é relativa, arbitrária, mas aqui, nesse contexto, refere-se ao meu ideal de verdadeiro, ao verossímil).
Chegar em uma área ainda não percorrida, mesmo acessada por pessoas que você já conhece, é um entrave para mim, hoje. Percebi que a alienação tem lá seus lados positivos. Quando pensamos e ultrapassamos o óbvio nos tornamos companhias chatas, "reclamonas" e rebeldes. Isso quando não recebemos o rótulo de "geniosa". An ran... porque o bom mesmo era entrar na onda do senso comum e achar graça de tudo aquilo. Tudo bem que mais parece um espetáculo, mesmo, com performances surreais, mas daí omitir o que penso, as minhas convicções, é algo inadmissível para mim. Gosto de ter voz, gosto de ser gente, gosto de me sentir agente social. Nada que me cale ou me faça sentir uma marionete em cena permanece por muito tempo em minha vida. Aprendi a tomar decisão, aprendi que se pudermos mudar o nosso destino, que façamos isso. Não deixe que o outro escolha o seu próximo passo. Por isso, já coloquei meu tênis. Falta só tapar alguns buracos da estrada para que a minha passagem siga tranquila. Sou fã do livre-arbítrio e do direito de ir e vir. 

Seja lá em qual situação estiver sem sentir prazer e bem-estar, mude. Somos protagonistas da nossa história e podemos com erros e acertos traçarmos caminhos mais saborosos. Não seja refém. Livre-se das amarras mesmo que, para isso, precise enfrentar o seu pior inimigo: você mesmo. 

segunda-feira, 22 de março de 2010

"Pra você guardei o amor que nunca soube dar..." (Nando Reis)

Depois dessa breve pausa, voltei. E ao som de Nando Reis. Poderia ser melhor? (rsrsrs) A frase-título deste post é um verso da linda música "Pra você guardei o amor", que toca meu coração profundamente. Fico completamente emocionada com essa canção, porque me faz lembrar do meu marido. Deus foi tão maravilhoso com a gente que nos uniu ainda na faculdade. Poderia estar até hoje beijando a solidão ou sofrendo por um amor platônico, mas não. Para a minha felicidade, há cinco anos conheci o grande amor da minha vida. Meu parceiro. Meu amigo de todas as horas. Meu cúmplice. Meu protetor. 

E essa música me deixa emotiva e, ao mesmo tempo, orgulhosa por ter tido discernimento e maturidade para aceitar o amor aos 21 anos. Fico orgulhosa de mim mesma, porque, muitas vezes, vamos assimilando experiências alheias e, com isso, reproduzimos discursos circulantes de que o casamento é uma "instituição falida" ou que morar na mesma casa é sinônimo de rotina e fracasso. De todas as escolhas que fiz nesta vida, tenho plena convicção de que casar com Thi foi a mais acertada. Não poderia ter marido melhor. Ele entende meus "fefes" (mau-humor) e até me ajuda a dissipá-los; me liga várias vezes ao dia e em todas diz "eu te amo"; faz as minhas vontades sem me jogar nada na cara; me aceita do jeito que sou; consegue manter aquilo que acordamos não para a sociedade,nem para o juiz, nem tampouco para a igreja, mas para os nossos corações com as palavras que trocamos desde 13 de março de 2005. Isso tudo é um bálsamo para a minha vida.

Claro que no começo foi difícil, porque a dúvida juvenil parece martelar as nossas cabeças e cria barreiras a todo tempo: a distância dos amigos, os relacionamento antigos, a incerteza dos sentimentos, a falta de maturidade, a abdicação pelo outro, enfim... Mas o que importa, de fato, é se permitir. Não precisa ser um amor avassalador que lhe faça ter dor de barriga, sentir arrepios ou insônia para você dar vazão à felicidade. Não precisamos rotular o amor para que ele aconteça. Precisamos apenas senti-lo e pararmos de nos sabotar.

Espero que todos vocês encontrem um amorzão logo e nada de rejeitá-lo ou engessá-lo, hein? Muitas vezes, nós mesmos desconstruimos uma possível história de amor. Então, se você puder escolher viver um grande amor, mesmo que a dúvida se manifeste, não hesite. Vale muito a pena.

Pra você guardei o amor
Nando Reis

Pra você guardei o amor

Que nunca soube dar
O amor que tive e vi sem me deixar
Sentir sem conseguir provar
Sem entregar
E repartir


Pra você guardei o amor
Que sempre quis mostrar
O amor que vive em mim vem visitar
Sorrir, vem colorir solar
Vem esquentar
E permitir


Quem acolher o que ele tem e traz
Quem entender o que ele diz
No giz do gesto o jeito pronto
Do piscar dos cílios
Que o convite do silêncio
Exibe em cada olhar


Guardei
Sem ter porque
Nem por razão
Ou coisa outra qualquer
Além de não saber como fazer
Pra ter um jeito meu de me mostrar


Achei
Vendo em você
E explicação
Nenhuma isso requer
Se o coração bater forte e arder
No fogo o gelo vai queimar


Pra você guardei o amor
Que aprendi vem dos meus pais
O amor que tive e recebi
E hoje posso dar livre e feliz
Céu cheiro e ar na cor que arco-íris
Risca ao levitar


Vou nascer de novo
Lápis, edifício, tevere, ponte
Desenhar no seu quadril
Meus lábios beijam signos feito sinos
Trilho a infância, terço o berço
Do seu lar

quinta-feira, 11 de março de 2010

Pausa (...)

Quinta-feira, 11 de março de 2010. Hoje não quero pensar em nada que me estresse, que tire a minha paz, que me angustie. Hoje quero ser poupada de tudo o que me incomoda. De tudo o que foge ao meu controle. De tudo o que me tira do ar. Hoje quero apenas ouvir o silêncio das paredes, a solidão do telefone, o colorido da televisão. Hoje, na boa, quero somente ouvir o barulho do mar. Qualquer outra zoada será dispensável.  Ah e, por favor, as luzes apagadas. Assim é mais fácil adormecer.


quarta-feira, 10 de março de 2010

Aquilo que temo, crio...

A televisão tem sido a minha maior companhia à noite. Revezo com o twitter para burlar a solidão, mas, na maioria das vezes, consigo dissipar a inércia com os programas televisivos. Na última segunda-feira resolvi assistir a um programa norte-americano que traz os problemas das famílias estadunidenses, tendo como apresentador e conselheiro Dr.Phil, que é o título da atração. É sempre muito bacana as intervenções desse terapeuta nos assuntos em cena e consigo extrair algo que possa acrescentar para a minha vida.

E, nesta semana, não foi diferente. A história foi de um casal que brigava muito. Ela estava disposta a se separar e já tinha cogitado até um novo relacionamento. O marido já tinha traído a esposa no início do casamento e ambos tinham muitas mágoas. Entre um conselho e outro, Dr. Phil soltou uma frase que me tocou profundamente e que me motivou a escever esse post e compartilhar com vocês. "Aquilo que temo, crio". Nessa hora, nada mais me interessou. O resto da história daquele casal sumiu diante do impacto dessa frase para mim.

Mas por que essa máxima me deixou paralisada? Porque consegui aproximá-la para a minha realidade. E, de fato, é verdade. O medo nos impulsiona a materializarmos o que não querermos e o que não existe. Quantas vezes achei que estava doente, porque temia estar doente? Quantas vezes fantasiei situações que não existiam porque temia que as acontecessem? E daí fui além, confrontando as situações do nosso cotidiano. Alguém aqui conhece uma amiga que teme algo e consegue projetar isso para a sua vida como se fosse real? Eu tenho várias. Pode ser uma psicose? Talvez...

Entretanto, o mais importante em identificar isso é perceber que podemos contornar tal fato. Somos capazes de reverter e vencer os nossos medos. Parafraseando Paulo Coelho, "quantas coisas perdemos por medo de perder?" Por isso, vamos combater esses temores que amarram as nossas vidas e nos levam à infelicidade? Vamos marginalizar o nosso lado criativode fantasiar o que não existe com medo de que exista. Será melhor assim. Você vai ver. :)))

terça-feira, 9 de março de 2010

"O mundo não está ameaçado pelas pessoas más, e sim por aquelas que permitem a maldade" (Albert Einstein)

"Todo mundo tem um lado ruim". É o que afirma a sabedoria popular. Mesmo concordando com tal afirmativa, algumas atitudes ainda me chamam bastante atenção. Não quero aqui justificar atrocidades alheias, mas tem algumas perversidades que você até consegue criar uma autojustificativa, mesmo que continue condenando o causador da maldade. Lembrei agora do Lindemberg, do caso Eloá. Claro que não tem como amenizar a culpa dele e nem o seu lado perverso, mas conseguimos, pelo menos, encontrar um motivo para grotesca e desumana atitude. Um amor louco, obsessivo, paranoico, doentio.

O que me deixa descrente no ser humano é o humor ácido e maquiavélico de algumas pessoas. Com a Internet ficou fácil atenuarmos nosso lado maldoso. Basta criar um nick falso e um avatar nada a ver com você e pimba! Vamos à guerra. Será que quem faz isso não percebe que a maldade não usa codinome? Que mesmo camuflando a sua identidade é a sua essência e os seus sentimentos que dão vida ao que criou? E que, do outro lado, há alguém sendo atingido por sua covardia e falta de respeito com o próximo?

Está aí uma coisa que me irrita. Ver pessoas criando piadinhas com o outro sem o mínimo de piedade. E com o twitter, então, nossa... ficou mais simples "tirar de engraçadinho". Algumas pessoas já parei de seguir há muito tempo por isso. É o caso do Danilo Gentili, do CQC. Nossa... como ele é sem noção. Não aguentei aos seus comentários infames. São irritantes. Bastava ler algum tweet para me estressar. Daí pensei: "O que ainda estou fazendo seguindo esse cara? Não tem nada que admiro nele". E, na mesma hora, unfollow nele. E olha que ainda tentei segui-lo mesmo sabendo que não tinha lá tantos atrativos.Cheguei a assistir uma apresentação dele em Salvador, no TCA, e foi decepcionante. Ele é muito ruim como humorista. Nossa...

Mas por que será que trouxe esse exemplo aqui para o Bendizer? Porque acabei de sentar no computador e fui acessar meu twitter (www.twitter.com/gabylacerda). Daí vejo várias pessoas reenviando uma mensagem dele sobre o programa da Hebe ontem. "@DaniloGentili: Assistam! O SBT está reprisando agora "O Retorno da Múmia". Enquanto o Brasil inteiro assistia ao programa de uma mulher, que completa 81 anos,  enfrenta um câncer e tem notoriedade no país, eis que surge um comentário desse tipo no twitter. O que pensar de um cara desses? Será que ele tem mãe? Irmã? Tia? Será que ele foi educado, mesmo, ou faltou mediação em sua infância? Achei tamanha falta de respeito. É... Pelo menos ele não criou um nick falso e assume as suas colocações.

Por isso, o post anterior tem tudo a ver com o nosso dia a dia. Se o amor semeasse as relações, certamente, ele faria um comentário que até despertasse algum tipo de gargalhada, mas não seria recheado de preconceito. É... Que Deus dê muita saúde e sorte para que ele chegue a idade de Hebe com tamanha vivacidade, alegria e lucidez. Fiquei emocionada com a garra dela. Espero que consiga vencer a doença e continue fazendo a alegria dos seus telespectadores. Ela é um ser humano. Assim como eu, como você. Tenhamos piedade acima de tudo.

segunda-feira, 8 de março de 2010

"Aquilo que se faz por amor está sempre além do bem e do mal" (Friedrich Nietzsche)

O fim de semana foi bem tranquilo, graças a Deus. Ensaiei estudar algumas vezes, mas terminei mudando o foco. Chega uma hora que a mente da gente também cansa, né? E foi bem isso que senti neste "findi". Para relaxar, no sábado, eu e maridão assistimos "Novidades no Amor" com Catherine Zeta Jones, que está impecável no papel de uma quarentona. Muito bacana e divertido o filme.

No domingo, acordei com uma enxaqueca que só Deus mesmo para ter misericórdia (rsrsrs). Tomei remédio, água de coco e descansei muito. Quando melhorei fomos assistir "O Amor Acontece" com Jennifer Aniston. Eu amei esse filme! A história é bem interessante e consegui estabelecer relações com o nosso Bendizer. Muito mais do que uma simples comédia romântica, o longa traz temas que têm tudo a ver com o nosso cotidiano, a exemplo das perdas (morte), do sentimento de culpa, da dificuldade em confrontarmos as nossas dores, a construção da imagem que queremos mostrar para os outros e o que somos, de fato, enfim, é um miscelânea de assuntos que nos interessam e muito. E claro que no meio de tantas frustrações e sentimentos confusos, eis que aparece quem? O amor. E não é assim que acontece na vida também?

Acredito que todas as histórias de amor - seja a minha, a sua, a da sua vizinha, entre outros - trazem como pano de fundo encontros e desencontros, certezas e incertezas, solidão e coletividade, amor e ódio. Engraçado que para encontrarmos a tampa da panela precisamos vivenciar enredos dignos e característicos de novela mexicana. E acredito que isso tudo é bom para criarmos referenciais do que, sem dúvida, é relevante e fundamental numa relação.

Mas o que também me chamou atenção no filme e que consegui transportar para a "vida real" é que o amor não está limitado ao romance. O amor perpassa todas as relações e é impressionante que quando evidenciamos esse sentimento tudo parece estar no lugar, estar em paz, mesmo. Por exemplo: o filho agiu de forma equivocada, contrariando os ensinamentos do pai. Se o pai agir movido a raiva e se sentir lesado pelo filho ter agido contra os seus princípios certamente ele irá alterar a sua voz e até partirá para agressão física. Mas se o pai agir com amor e se colocar no lugar do filho - como um ser humano que também erra e age contra determinados valores -, de certo, ele sentará, conversará com o filho e fará com que ele repense as suas atitudes.

Pode parecer clichê, mas acredito, realmente, que se semearmos o amor nas nossas relações poderemos ter uma sociedade mais unida e harmônica. Não é à toa que dizem que o amor transforma. E transforma mesmo. Vamos deixar o amor acontecer. E sempre que algo nos tirar do sério, vamos abrir a nossa prateleira interna para pegarmos o potinho de amor. Atitudes como essa poderão mudar o nosso dia e, claro, a nossa vida. "Quando fala o amor, a voz de todos os deuses deixa o céu embriagado de harmonia". (William Shakespeare)

sexta-feira, 5 de março de 2010

"Diga-me com quem andas, que eu te direi quem és"

Essa máxima popular tão antiga ainda circula bem na contemporaneidade. Costumamos ser rotulados a depender do nosso físico, do tipo de roupa que usamos, se temos tatuagens, piercing, se falamos palavrão, enfim, somos o tempo inteiro resumidos a estereótipos, como se fôssemos uma fórmula pronta, de fácil acesso, sem particularidades. Isso me incomoda um pouco. Quando me pego definindo uma pessoa por um detalhe, somente, vejo o quanto preciso evoluir. Na grande maioria das vezes, consigo ter discernimento para impedir qualquer ponto de vista taxativo baseado em superficialidades. Acredito que o tempo ajuda a percebermos que nada é tão simplório. O ser humano é complexo, mesmo, e limitá-lo a uma característica é subestimar os homens e as mulheres.  

É por isso que sou fã do Big Brother Brasil. Para muitos, o programa vai na contramão da intelectualidade, mas, para mim, é muito mais do que uma atração noturna. O BBB me faz refletir bastante e me faz transportar ali para detro e trazê-lo aqui para fora também. Vivemos num verdadeiro BBB. Observe: no trabalho, na faculdade, em casa, com  os amigos. Podemos não ser vigiados por uma câmera, mas sempre tem alguém nos observando e, além disso, muitas vezes agimos como os participantes que "detonamos". É a própria contradição do ser humano, mesmo. E, cá entre nós, buscamos nos editar o tempo inteiro para os outros. Precisamos ser aceitos. Precisamos agradar. Mas até que ponto?

Trago o BBB nesse post como exemplo. Quer dizer, o exemplo, de fato, é Michel, um dos participantes que tenho menos afinidade nesta edição. Ele será utilizado aqui como uma referência ao que escrevi anteriormente. Quando Tessália, sua namoradinha, estava na casa, ele compactuava as suas maldades com ela, julgava todos os seus concorrentes e chegava a não se preocupar com o que iam pensar dele. Talvez, não tivesse consciência da forma que se posicionava, porque estava envolvido emocionalmente. Quando ela saiu, ele também mostrou, em muitos momentos, a sua dissimulação, mas nada comparado quando estava ao lado da sua "querida" Tess.

E assim acontece em nossas vidas também. Vamos mostrando quem somos de acordo com as situações que vivenciamos. Se andamos com pessoas perversas, muito provavelmente repetiremos tais ações como forma de nos incluirmos socialmente naquele contexto. Se andamos com pessoas caridosas, vamos nos mobilizar mais para ações de responsabilidade social. Se vivemos num ambiente onde roubar é natural, também tenderemos a naturalizar esse tipo de atitude. Daí a coerência dessa máxima popular que utilizei como frase-título. O que fazer, então? Será que somos tão influenciáveis, assim?

Não sei responder, de fato. Já me peguei contrariando muitas amigas por discordar de algumas ações, mas também já compactuei atitudes das quais não concordava para me sentir "inserida". Será que agimos de acordo com a nossa conveniência? Será que temos um lado Michel, mesmo, a ponto de demonstrarmos o nosso melhor ou pior lado a depender das circunstâncias? Ficam essas perguntas no ar. Alguém sabe responder? Help me!!! rsrsrs

quinta-feira, 4 de março de 2010

"Deixe eu tentar ser alguém bem melhor, deixe eu tentar ser quem eu sou" (Hori)

Três meses sem aparecer por aqui? Nossa, como sou desnaturada! rsrsrs A ausência tem justificativa. Precisei me dedicar a alguns projetos profissionais e pessoais também. E como sou muito intensa e inteira, não conseguiria fazer tudo ao mesmo tempo agora. O que posso dizer é que tudo valeu a pena. Estou de volta ao nosso Bendizer, um blog que criei com a finalidade de compartilhar boas palavras com os internautas, despertando uma reflexão íntima e particular. Escrever aqui me faz um bem danado, porque consigo me enxergar e também enxergar o outro com mais amor no coração. E, cá entre nós, com tantas adversidades e tantas pessoas diferentes que precisamos lidar, diariamente, é muito difícil mantermos a serenidade e o amor ao próximo. Daí a importância de nos policiarmos cada vez mais.

Dia desses fiz uma reflexão disso e pensei: "meu Deus, como estou amarga. Por que tenho julgado tanto os outros?" E parei para refletir. Quando doamos nosso tempo em prol das atitudes de alguém que julgamos erradas é porque estamos míopes para nós mesmos. Graças a Deus, podemos curar essa miopia sem cirurgia. A dor talvez ocorra, porque a autoanálise costuma ser bastante dolorosa e só pode ser realizada sem nenhum tipo de anestesia, neste caso, a vaidade, que nos ajuda a amenizar - de forma equivocada- as nossas deformidades.

E o título desse post antecipa o que quero compartilhar com vocês. Para mudarmos, precisamos querer. E para querer precisamos reconhecer nossas falhas e abandonarmos o orgulho. E é difícil, viu? Quando estou mais cruel comigo mesma é quando dou vazão a esse sentimento. O orgulho massageia o super ego a ponto de me transportar para um lugar que não me pertence. Faz com que eu perca a clareza e me leva, posteriormente, para um local de extrema solidão. O orgulho nos afasta de nós mesmos. É fato.

Por isso, é necessário cultivar a humildade e a vontade de sermos pessoas melhores. Tentarmos. Dia após dia. O trabalho é árduo e talvez tenhamos a sensação de que nunca atingiremos o que gostaríamos, mas acredito que a longo prazo poderemos olhar para trás com o sentimento de dever cumprido. Utopia? Talvez. O discurso religioso circula a todo o tempo e, por isso, muitas vezes nos cobramos demais com medo da culpa. E se não conseguirmos ser melhores? Ahhh... pelo menos tentamos, né? rsrs Ruim é continuar agindo de forma inconsequente e descrente de que podemos, sim, mudar. Acredito na modificabilidade do ser humano, porque acredito em mim mesma e em você. Não vamos deixar que as circunstâncias desviem o nosso foco e nos leve para o lugar comum. Ao contrário de Zeca Pagodinho, não vamos deixar a vida nos levar. Vamos orientá-la com muita resignação!