quinta-feira, 22 de janeiro de 2009

Xô, hipocondria!

Dia desses saiu uma matéria imensa no jornal A TARDE sobre hipocondria. E, claro, meu marido muito bem-humorado e cheio de risos disse que queria fazer um teste comigo para saber se sou ou não hipocondríaca. Isso porque, segundo ele (e eu também concordo) de uns quatro anos para cá tenho demonstrado algumas atitudes que convergem com quem sofre com essa patologia. Fizemos o teste e quem fizesse 40 pontos era considerado hipocondríaco. O meu deu 55, acredita? Pronto. Thi, o meu médico (kkkk), diagnosticou a enfermidade. 

O tom deste post parece brincadeira, mas, realmente, vou buscar ajuda especializada para tratar isso. Quando criança não tinha medo de médico e nem medo de ficar doente, me achava forte e segura para combater qualquer adversidade. Com o passar dos anos e com o despertar de alguns traumas, fui percebendo que não sou tão forte assim e tenho medo de doença. Uma certa feita, precisei fazer um exame específico e como estava sem plano de saúde precisei ir para o Hospital Roberto Santos, o hospital público daqui de Salvador. Fiquei horrorizada. O exame que todos diziam que era simples e sem dor se transformou num pesadelo e, desde então, tenho PAVOR a médico. Sempre acho que vão me fazer algum mal e, mesmo perguntando passo-a-passo aos profissionais de saúde, sempre fico com o coração na mão. 

Na verdade, acho que já venho com essa obsessão em não ficar doente desde as aulas de biologia do colégio, quando cursava o ensino médio (antigo segundo grau). Eu e um amigo, Shanon, brincávamos e muitas vezes saíamos da sala quando a professora falava de uma determinada doença, explicando tais sintomas, porque simplesmente começávamos a sentir tudo aquilo. Era o suficiente para achar que estávamos enfermos. Parece loucura, começou com uma brincadeira, mas hoje acho que preciso tratar isso. Na boa! Não posso ler uma matéria no jornal falando sobre um caso específico que pronto: sinto tudo. E a cabeça da gente é muito insana. E o pior: quando vou conversar com Thi sobre tal sintoma ele não leva a sério. E isso me deixa P da vida. Aí ciente de que poderia realmente ter desencadeado a hipocondria, ele começou a respeitar mais. Ainda bem, né? Já tava ficando de mau-humor... haahhaha

Para abrir um exame médico é um processo... Pior do que isso é a noite que antecede o resultado. Fico tensa, angustiada. É um sofrimento danado. Por isso, vou mesmo tratar isso. Daqui a pouco, vai que vira uma síndrome do pânico e eu inicie outro processo? Acordei pensando nisso, porque quero me ver livre dos medos. Eu achava que hipocondríaco era aquela pessoa "fissurada" em remédio, por isso não levei a sério essa minha angústia. Afinal, não ando tomando tanto remédio assim. Mas depois que busquei mais informações sobre a doença vi que não. "Hipocondríaco é um pessoa que se preocupa em demasia, e sem necessidade, com a saúde. É o típico indivíduo que acha que sofre de todas as doenças que conhece". 

E todo esse contexto é para dizer que ontem tive uma crise dessas de hipocondria. Desde sábado, comecei a sentir uma dor do lado esquerdo do rim. Já tinha sentido uma dor similar antes, mas do lado direito, e foi diagnosticado infecção urinária. Mesmo reclamando de dor chata, resolvi dar tempo ao tempo antes de procurar um médico. Comecei a beber bastante água e chá para ver se amenizava. E nada. Domingo, segunda e terça permaneci com essa dor que ia e voltava a depender dos movimentos. Só que ontem, resolvi ir ao médico. Já comecei a ficar preocupada e aí já viu, né? Ainda mais depois que li a matéria de uma modelo que está com quadro grave por causa de uma infecção urinária. Pronto. Foi o que faltava para começar a paranóia de que poderia estar doente e ser algo grave. 

Fomos à emergência do Hospital São Rafael. Chegamos às 5h50 e saímos às 00h20. Pode? Ninguém merece! Fiz os exames que passaram (ultrassonografia e sumário de urina) e acredite: NÃO ERA NADA! Os exames deram todos bons e, com isso, não é que a dor começou a passar?ahahahahhaa É, meu bem. Depois que passa, a gente ri! Aí Queridão brinca: "É psicológico, amor..." E isso me irrita mais ainda (rs!). 

E sexta-feira passada fui fazer um raio-x do pulmão. Tivemos um caso de uma parente que teve pneumonia e daí todo mundo precisou fazer o exame como forma preventiva. Eu tive pouco contato, então, confesso que mesmo com medo, meu coração dizia que a probabilidade seria mínima. Até então, tudo bem. Todo mundo fez, inclusive Thiago. Não deu nada, graças a Deus. Passaram duas semanas e aquilo ficou na minha cabeça: vá fazer o exame. De repente, comecei a sentir uma dor na região do pulmão e comecei a sentir vontade de tossir. Aí prendi a tosse para não acreditar que estivesse com a doença. Resumindo a história: os "sintomas" fictícios eram tão reais que fui fazer o tal exame na sexta-feira passada e, graças a Deus, não deu nada... 

Diante do exposto, o próximo passo mesmo é buscar ajuda psiquiátrica. É verdade. Acho que esse meu medo todo tem a ver com uma certa insegurança que adquiri com alguns fatos que ocorreram em minha vida. Tenho medo de ficar doente e não me sentir protegida. Eu acho que é isso, não sei ao certo. A única certeza que tenho é que sofro toda vez que acho que tenho uma doença grave. O coração fica apertado, a cabeça dói e os pensamentos me angustiam. É. Preciso cuidar disso. Senão vou ficar louca.

Um comentário:

Anônimo disse...

Oi, prima!!!
Muito legal o tema deste post. Confesso que ri mto ao lê-lo, mas isso é sério.
Aliás, nunca me preocupei mto com doença, mas atualmente o povo da nossa família anda manifestando um monte de doenças perigosas (hipertensão e diabetes principalmente) e isso tem me deixado mais alerta.
Morro de medo de ter diabetes. Mas tá repreendido em Nome de Jesus.
Bjos
Priscilla