segunda-feira, 1 de junho de 2009

"Seu muito para mim é pouco. Eu quero a paz de viver solto" (Djavan)

Se você é daquelas pessoas que não se abala com a opinião alheia e seu coração não fica pequenino quando você sabe que estão lhe julgando, difamando e reforçando estereótipos sobre você, parabéns! Eu, confesso, ainda não faço parte dessas pessoas bem resolvidas a ponto de não se importarem com a "avaliação" do outro. A única maneira que faço para contornar quando isso ocorre comigo é conversar com meu subconsciente. Quando reconheço que a visão de outrem não passa de implicância, preconceito ou vaidade chuto o pau da barraca. Mas, se lá no fundo, acho que tenho culpa no cartório, dou um jeito de me desculpar ou amenizar tal impressão. A grande sacada em situações como esta é não estimular o sentimento de culpa. Aquela idéia fixa que martela as nossas mentes como se fôssemos os grandes causadores do sofrimento do outro. Essa sensação de culpa, quando não tratada por nós mesmos, lá na frente pode virar uma baita frustração, tornando uma psicose. A mente da gente é traiçoeira, viu? Por isso, se algum sentimento desse bater em sua porta não se desespere. Todos nós somos passíveis de erros e acertos. O mais importante é reconhecer a sua parcela nesse processo e, com isso, tentar minimizar a situação, principalmente, a que envolve outras pessoas.
O tema para mim é oportuno, porque na sexta-feira fiquei um tanto quanto atordoada com alguns posicionamentos e sei que poderia ter agido de outra forma. Mas não deixei a peteca cair. Conversei comigo mesma, reavaliei e busquei reduzir os impactos do ocorrido. Não me "acho" ao ponto de me colocar num pedestal como se fosse a pessoa mais certa do mundo, mas naquela momento e naquelas circustâncias, não consegui agir de outra maneira. Aprendi. Preciso, de fato, encontrar a inteligência emocional. É. Preciso de terapia. (rsrsrsrs)
E acho que por isso a nova música de Djavan, Avião, tem tudo a ver comigo. Sou meio revoltada, é vero. Partindo do contexto sentimental desse cantor, acredito que a música traz em seu bojo uma relação amorosa de altos e baixos, mas como a música nos permite diversas interpretações, para mim, tem tudo a ver com as relações profissionais que se tornam simbióticas, dependentes, enlouquecedoras e, muitas vezes, desumanas. Chega de ser avião, né não? Eu quero a paz de viver solta !!!


Avião
Djavan

Pode quebrar, sofrer, cair, descer, contorcer de dor
Não vou mais me prender a você, fazer o mesmo show
Vou bater na porta da vida, receber e pagar
Sem ter que me entregar a ninguém, seu mundo pra mim
É pouco eu quero a paz e viver solto
Vai dizer que sou louco sou não
Eu me cansei de ser seu avião não vou voar não

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