Tenho dado mais valor a mim. A minha essência. Ao meu corpo e a forma como me apresento ao mundo. Por algum tempo, protelei em fazer uma faxina interna e externa. Acho que era um misto de medo em ter de vivenciar fatos já conhecidos e ressalva de perder o controle das situções. Mas acredito que tudo na vida tem seu tempo. É preciso saber recuar. É preciso saber chegar e é preciso saber mudar o destino, o "disco" e o que aparentemente já está traçado.
Ahhh... demorou, mas está valendo a pena. Começo a me reencontrar. Às vezes, tenho medo do que penso e do que acho dos outros. Da maneira como enxergo o próximo. Sinto frio na barriga. As rodas de amigos parecem que fugiram da minha alçada. Em muitas, me vejo fora de órbita. Será que sou a vilã ou o peixe fora d´água da história ou será que nossos pensamentos já divergem de forma descontrolada a ponto de eu pedir para descer na parada mais próxima?
Estou num momento de refletir, sem me culpar. Seu culpar ninguém. Estou revertendo os questionamentos em prática. A prática da paciência, da tolerância e da humildade para apontar os três dedos para mim enquanto aponto um para o outro. Sei, entretanto, que não terei todas as respostas que me faço tão cedo. Mas sei, que um dia terei maturidade para entender o que "eu também não entendo", parafraseando a música do Jota Quest.
Meus pais sempre diziam que cada vez que a gente adquire novos conhecimentos, nós ficamos mais exigentes. E é a mais pura verdade. O que eu via antes de forma tão simplificada, hoje já vejo sob uma perspectiva mais intensa, mais complexa. E essa complexidade é que me deixa com uma sensação de impotência, por entender que quanto mais complexo, mais difícil de compreender.
Acho que essa prosa está seguindo um outra rumo! (risos) Mas, para finalizar, a faxina está no meio do caminho. Ainda há muita coisa para guardar e muitas outras para me desfazer. Preciso atrair o novo, porque só ele me permite sonhar e ver um mundo mais cor-de-rosa.
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