domingo, 11 de maio de 2008

Não vou me adaptar...


Cá estou eu, pensativa. Pensei tanto nesses dois últimos dias que comecei a falar sozinha. Cansada de algumas coisas. Chateada com muitas escolhas. Êta livre-arbítrio complexo! No meio de um turbilhão de pensamentos, aproveito para lembrar de canções que tocam minha alma. Comecei por "Paciência", de Lenine, transitei por "A Via Láctea", do meu saudoso Rê Russo, percorri por "Onde Deus possa Me Ouvir", de Vander Lee (amo esse cara!), fiz um pout-pourri só com Ana Carolina, mas chorei mesmo ouvindo "Não vou me adaptar", de Nando Reis.
Sabe quando você escuta uma canção e pensa..." putz... tem tudo a ver com o que estou sentindo... tem tudo a ver com os meus questionamentos?" É isso que ela representa para mim. Além, é claro, de uma batida perfeita, que desperta em nosso íntimo dor e alegria. Esperança, talvez.


A chuva que iniciou na quinta-feira já anunciava que estava por vir uma tempestade. E cá estou eu. Com capa, guarda-chuva e abrigo. Só esperando ela passar... E quando essa nuvem negra sair da minha cabeça, lá estarei eu. "Rabiscando o sol, que a chuva apagou".


Não vou me adaptar

(Nando Reis)


Eu não caibo mais nas roupas que eu cabia,
Eu não encho mais a casa de alegria.
Os anos se passaram enquanto eu dormia,
E quem eu queria bem me esquecia.
Será que eu falei o que ninguém ouvia?
Será que eu escutei o que ninguém dizia?
Eu não vou me adaptar.

Eu não tenho mais a cara que eu tinha,
No espelho essa cara já não é minha.
Mas é que quando eu me toquei, achei tão estranho,
A minha barba estava desse tamanho.

Será que eu falei o que ninguém ouvia?
Será que eu escutei o que ninguém dizia?
Eu não vou me adaptar.

Nenhum comentário: