sábado, 13 de dezembro de 2008

Ado, ado, ado... cada um no seu quadrado?

Cada dia que passa tenho ainda mais redefinido o que quero e não quero para mim. Com tanta determinação, deixo vir à tona um lado meu completamente egoísta. Foi a forma que encontrei para me aproximar da felicidade que tanto busco. Concordo que é muito bom pensar no coletivo e sermos sempre caridosos e solidários, mas existem momentos e situações que nos pedem também um momento de reclusão espontânea para atrair um futuro mais satisfatório. Não sei se consigo definir em palavras o que sinto, mas as provações aqui na Terra me levam a crer que apesar de estarmos rodeados de pessoas estamos sempre sozinhos. A decisão é nossa. O livre-arbítrio é nosso. Tenho pensado muito na minha carreira, nos meus desejos como mulher, esposa, filha e futura mãe. Não dá mais para deixar o tempo passar sem intervir de alguma forma. Cansei das pessoas decidirem por mim. Cansei também de aceitar tudo para não estremecer relações sociais. Chega. Deixo 2008 certa de que tudo isso ficará para trás. Assim como Vander Lee, "estou revendo a minha vida, minha luta, meus valores". 

Sempre tive uma predisposição para ser a mãezona, seja nas relações de amizade, de família ou amorosa. Mas também preciso ter meus momentos de filha, que precisa de proteção e cuidado. Tenho observado que as pessoas ao meu redor dançam conforme a música "ado, ado, ado cada um no seu quadrado". Apesar dessa posição me incomodar completamente, começo a entrar nesse ritmo também. Tudo isso pela minha sanidade mental.  O post hoje tem um ar de desabafo. O post hoje tem um ar de ponto final. Amanhã, estarei em outra vibe. E, talvez, no meu quadrado. 

Abaixo, uma linda canção. Gonzaguinha, um dos maiores compositores do País, para mim, consegue expressar um pouco do que sinto neste momento. Aliás, ele consegue pontuar a inquietude humana como poucos. Ele sabe escrever o nosso "grito de alerta". 

sangrando

gonzaguinha

Composição: Gonzaguinha

Quando eu soltar a minha voz
Por favor entenda
Que palavra por palavra
Eis aqui uma pessoa se entregando

Coração na boca
Peito aberto
Vou sangrando
São as lutas dessa nossa vida
Que eu estou cantando

Quando eu abrir minha garganta
Essa força tanta
Tudo que você ouvir
Esteja certa
Que estarei vivendo

Veja o brilho dos meus olhos
E o tremor nas minhas mãos
E o meu corpo tão suado
Transbordando toda a raça e emoção

E se eu chorar
E o sal molhar o meu sorriso
Não se espante, cante
Que o teu canto é a minha força
Pra cantar

Quando eu soltar a minha voz
Por favor, entenda
É apenas o meu jeito de viver
O que é amar

Nenhum comentário: