sábado, 1 de novembro de 2008

"Não existe vento favorável para o marinheiro que não sabe aonde ir"

É com esse pensamento do filósofo romano, Séneca, que inicio meu post nesse sábado ensolarado. De fato, hoje deu praia. Acordei cedo e fui caminhar nas areias que tenho a 100 metros de casa. Água cristalina, gelada, ondas fracas e temperamentais. Ora elas vinham com força, ora se quer se transformavam. Assim como o clichê imortalizado por Lulu Santos em sua música "Como uma Onda", estabeleço uma analogia entre a vida e a onda. Observo, sem preciosismo, uma estreita relação. Estamos sempre "no indo e vindo infinito". Algumas ondas são traiçoeiras. Outras, bem amigas. 

E quando ainda estava no mar, lembrei desse filósofo Séneca, que em pleno Império Romano já trazia pensamentos contemporâneos sobre a existência humana e, principalmente, sobre ação e reação. Quando ele utiliza a metáfora "não existe vento favorável para o marinheiro que não sabe aonde ir", Séneca ressalta a importância de termos foco na vida, porque, só assim, conseguiremos atingir um objetivo. Quando seguimos o estilo "deixa a vida me levar", entoado por Zeca Pagodinho, dificilmente conseguiremos alcançar os nossos desejos. Para isso, precisamos deixar claro para nós mesmos o que queremos, mesmo que seja num determinado momento. Quando paro para imaginar a minha vida daqui a cinco anos, percebo que já não é mais o mesmo que queria há três meses. Somos mutáveis. Vivemos de escolhas! Nossos desejos mudam. Graças a Deus! 

Por isso, devemos sempre não apenas mentalizar, como também colocar em prática, pensar estratégias e realizar sonhos. Tem coisa melhor do que você olhar para trás e dizer para você mesmo: eu consegui? Nosssa... é bom demais! Todo esforço é válido. E caso não consiga, não se desespere. Nada acontece por acaso. Essa semana mesmo passei por isso. Estava super confiante que ia passar na seleção do Mestrado, porque consegui uma boa pontuação no projeto (9,2), mas, para minha tristeza, não foi dessa vez. Fiquei super triste quando saiu o resultado, mas hoje estou mais feliz e confiante. Sei que não cai uma folha da árvore sem a permissão divina. E sei, ainda, que o que é nosso ninguém tira. Fiz minha parte. Estudei, comprei livros, me empenhei, deixei de sair, tive foco. Se não consegui é porque, sem dúvida, tinham pessoas mais preparadas do que eu. O que também não significa dizer que preciso ficar deprimida ou com baixa auto-estima por isso. Fui até aonde pude. E, próximo ano, talvez tente de novo. Talvez, não. Até lá, vou redefinir o meu foco. 

Um ótimo fim de semana. E o sol continua lá fora!!!



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